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A INDUSTRIA EM RIO VERDE E AS MODIFICAÇÕES NA CIDADE

Por:   •  20/12/2018  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  321 Visualizações

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Figura 3: Vista aérea de Rio Verde.

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Fonte: http://www.rioverde.go.gov.br (2017)

Atualmente, embora o estado de Goiás englobe predominantemente uma série de municípios de pequeno porte, sendo apenas seis cidades com mais de 100 mil habitantes e que juntas somam 44% da população estadual – Goiânia, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Anápolis, Lusitânia e Santo Antônio do Descoberto –, Rio Verde continua se desenvolvendo. Segundo o último censo do IBGE, estima-se que a cidade conte com 212.237 habitantes, com índice de desenvolvimento humano de 0.754 e densidade demográfica de 21,5 habitantes por quilômetro quadrado.

Figura 4: Índice de Desenvolvimento Humano.

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Fonte: https://www.ibge.gov.br (2017)

Apesar do bom desempenho econômico de Rio Verde e da abundante oferta de empregos, a falta de qualificação das pessoas impede a contratação de trabalhadores e moradores locais. O município de Rio Verde possui 76% da população adolescente fora da escola e apresenta uma alta taxa de analfabetismo (20% da população com 15 anos ou mais). Assim, as empresas que possuem um patamar mínimo de empregabilidade (usualmente a formação básica no ensino fundamental e uma qualificação) acabam por não absorver a mão de obra migrante e local. Então, esse processo de crescimento populacional acelerado juntamente com a falta de mão de obra qualificada tende a agravar a situação do emprego na região.

Nesse processo econômico, além da concentração fundiária proveniente do agronegócio e da industrialização, o capital agregado ao solo produz a valorização de determinados pontos do espaço urbano, fazendo com que a população de baixa qualificação e renda se veja obrigada a concentrar-se nas periferias da cidade, enquanto a burguesia em ascensão disputa os pontos de maior influência e se adensa por meio da verticalização urbana, evidenciando o caráter desigual da distribuição demográfica. Assim, o setor público passa a amparar a burguesia e a acumulação privada, criando condições em que a concentração fundiária e o caráter especulativo da terra fossem legitimados, permitindo, pois, a transferência de patrimônios a determinados indivíduos (HAVERY, 2004, 2005).

A cidade torna-se excludente a partir do momento em que nem todos poderão usufruir de seu espaço. Conjuntos habitacionais, como o “Programa Kit Moradia” e loteamentos como o “Céu Azul”, vão sendo construídos na cidade a fim de evitar aglomerações e invasões de habitantes menos abastados. Tais estâncias são instaladas na periferia da cidade, usufruindo de infraestrutura precária, poucos equipamentos urbanos (como escolas e hospitais), e vias de transporte coletivo insuficientes, promovendo um afastamento evidente do centro regional. Além disso, grande parte da população não conta com serviços básicos em suas residências, como distribuição de água, tratamento de esgoto e acesso à energia elétrica. Além disso, quando as habitações populares se mostram insuficientes, áreas de risco e de preservação ambiental passam a ser ocupadas de maneira indevida, causando degradação e gerando riscos para a biodiversidade da região.

A organização social acontece, portanto, baseada nas transformações socioeconômicas, influenciada pela organização privada e pelo interesse burguês, buscando adaptar a região à necessidade de acumulação, deixando em segundo plano questões sociais.

Sendo assim, a urbanização intensa e rápida, e o crescimento econômico pelo qual Rio Verde passou, culminam tanto no desenvolvimento da indústria e no aumento das arrecadações regionais como numa série de problemáticas, como o alto custo de vida, a ocupação indevida de áreas de preservação ambiental pela população carente, a formação de um excedente populacional que não se insere no mercado de trabalho e o aumento dos índices de criminalidade.

Hoje, parcerias com o governo federal têm sido feitas e programas como a “Planta Solidária”, que oferece plantas assinadas a famílias que irão construir ou reformar, têm sido propostos. A intenção do governo é aplicar a receita municipal com gastos em urbanismo sustentável, a fim de superar os problemas urbanos vindos da industrialização acentuada, presentes também em cidades com processos urbanísticos semelhantes.

Referências bibliográficas

DIAS, Jorciane Souza; RIBEIRO, Alessandro Morais; SÁ, Janailson Leônidas. Animais Silvestres no perímetro urbano do município de Rio Verde, Goiás. 2015.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 10/2017.

SANTOS, Maria Divina Guimarães Santos; GUIMARÃES, Rejaine Silva. Áreas de Preservação Permanente na cidade de Rio Verde.

CABRAL, Aleks Rodovalho; ARAÚJO, Weliton Eduardo Lima de. Avaliação da arborização urbana do setor central do município de Rio Verde – GO. 2012.

PREFEITURA DE RIO VERDE. Disponível em: http://www.rioverde.go.gov.br>. Acesso em: 10/2017.

MORAES, Thiago Vieira de; LOPES, Andreza de Mello; MOREIRA, Rodrigo Martins. Caracterização das águas do Córrego do Sapo na cidade de Rio Verde – GO. 2013.

SILVA, Mônica Cristina da; SANTANA, Neiva Maria Pio de; RODRIGUES, Ana Paula Rodrigues Costa; CALAÇA, Manoel. Mobilidade populacional e relações de trabalho no município de Rio Verde, Goiás, de 1970-2000. 2003.

LEFEBVRE,

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