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BACHAREL EM AGRONOMIA REVISÃO BIBLIOGRAFICA

Por:   •  17/5/2018  •  1.182 Palavras (5 Páginas)  •  449 Visualizações

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Variabilidade Espacial de Atributos Físico-Hídricos

O solo apresenta heterogeneidade e sua variabilidade espacial, horizontal e vertical é dependente dos fatores de formação, bioma local e manejo de culturas (SOUZA et al., 2001). A heterogeneidade é uma característica intrínseca dos solos, porém o cultivo resulta em alterações aumentando ainda mais a variabilidade nos seus atributos (SANTOS et al., 2006).

Assim, o conhecimento da variabilidade dos atributos do solo, no espaço e no tempo, é considerado o princípio básico para o manejo localizado das áreas agrícolas, qualquer que seja sua escala (GREGO; VIEIRA, 2005). Nesse sentido, Simões et al. (2006) ressaltam que os atributos físicos do solo influenciam diretamente o crescimento e desenvolvimento das culturas. Desta maneira, a avaliação da variabilidade espacial desses atributos é importante ferramenta na determinação de estratégias de manejo do solo que procuram aumentar a produtividade agrícola e diminuir a degradação destas áreas.

A resistência mecânica do solo à penetração é uma importante propriedade que afeta o desenvolvimento das plantas e é relativamente fácil de ser medida (MERCANTE et al., 2003; SOUZA et al., 2006). A resistência à penetração é mais afetada pela variação nos teores de água do solo no momento da amostragem, do que pela densidade do solo. Por esta razão, muitos dos trabalhos que objetivam caracterizar o efeito da compactação sobre o desenvolvimento radicular e sobre a produtividade das culturas utilizam a umidade como parâmetro de referência (TORRES; SARAIVA, 1999; MERCANTE et al., 2003).

Utset e Cid (2001) encontraram comportamentos distintos da variabilidade espacial da resistência à penetração em condições de solo seco e solo úmido. Em solo seco, eles obtiveram coeficiente de variação de 25 %, enquanto no solo úmido o CV foi de 80%, mostrando o efeito da umidade do solo na variabilidade espacial da resistência à penetração. Souza et al. (2006), quando mediram a resistência à penetração 24 e 72 horas após uma chuva de 38 mm, verificaram que a variabilidade espacial desta variável foi menor na primeira situação.

Apesar de não existir um consenso na literatura quanto aos valores restritivos de resistência à penetração, Torres e Saraiva (1999) descreveram que valores em torno de 2,5 MPa são considerados baixos, ao passo que valores em torno de 3,5 a 6,5 MPa são capazes de causar problemas de impedimento mecânico para o desenvolvimento radicular das culturas.

GONÇALVES et al. (1999) estudaram a variabilidade temporal da umidade do solo e verificaram que essa não se distribui de forma aleatória na área, possuindo dependência espacial bem definida. Diversos estudos mostram a relação entre o aumento da resistência do solo à penetração e a redução da umidade do solo, fato indesejável para o crescimento das plantas e que reduz o crescimento do sistema radicular (GONÇALVES et al., 1999; GENRO JÚNIOR et al., 2004; CAVALHO et al., 2012). Falta, contudo, estabelecer quantitativamente a relação matemática da resistência com a densidade e umidade do solo para os diversos solos e ecossistemas.

Conclusão

Os indicadores de qualidade física do solo evidenciam a necessidade da adoção de sistemas que favoreçam a estruturação do solo, como aqueles que elevam os teores de matéria orgânica. Os indicadores de qualidade física do solo existentes são gerados para situações específicas, demandando número maior de estudos para validação e aplicação confiável, o que configura oportunidade para o desenvolvimento de novos indicadores físicos de qualidade do solo.

Literaturas Citadas

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