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Relatório de pesquisa transporte hidroviário

Por:   •  31/8/2018  •  3.658 Palavras (15 Páginas)  •  339 Visualizações

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Na primeira República surge o primeiro plano integrado de transportes, visando o aproveitamento dos grandes rios nacionais como vias naturais de navegação (São Francisco, Araguaia, Tocantins, Guaporé, Madeira, etc.). Previram-se articulações com as malhas ferroviárias Norte/Nordeste e Centro/Sul. Mas a expansão ferroviária colocou em segundo plano as interseções fluviais, devido ao rodoviarismo que praticamente anulou os transportes hidroviário e ferroviário, apesar da ampla malha de hidrovias, da longa costa marítima e, sobretudo, da experiência de vários séculos de operação aquaviária que deram ao Brasil um impulso notável

Principais Hidrovias:

As principais Hidrovias encontram-se nas bacias: Amazônica, Nordeste, Tocantins/Araguaia, São Francisco, Sudeste e Uruguai

∙ Bacia Amazônica - compreende as Hidrovias do Madeira, Solimões, Tapajós e Teles Pires, tendo como principais características a movimentação de petróleo e derivados; passageiros; transporte de granéis sólidos (grãos e minérios); e carga geral.

∙ Bacia do Nordeste - abrange as Aquavias do Parnaíba, Itapecuru, Mearim e Pindaré. De pequeno porte, mas com potencial para movimentação de volume considerável de mercadorias destinadas à economia de subsistência.

∙ Bacia do Tocantins e Araguaia - a movimentação de cargas nas Aquavias do Tocantins e Araguaia é ainda incipiente uma vez que as condições de navegabilidade se estendem apenas por um período do ano, e as obras necessárias para viabilizar a implantação definitiva da Aquavia estão, hoje na dependência do licenciamento ambiental.

∙ Bacia do São Francisco - através da Aquavia do São Francisco se transportam cargas de soja em grãos, milho, gipsita, farelo de soja, algodão, polpa de tomate e manganês destinados principalmente à região Nordeste.

∙ Bacia do Paraná - as principais cargas transportadas na Aquavia Tietê - Paraná são: granel sólido (70%, soja e outros); carga geral (20%, cana e outros); e granel liquido (10%, principalmente álcool).

∙ Bacia do Paraguai - cargas de soja granulada, reses, cimento, minério de ferro granulado, minério de manganês, fumo e farelo de soja, são cargas transportadas pela Hidrovia do Paraguai, que tem um programa de dragagens periódico para que ofereça navegabilidade e segurança.

Regiões Hidrográficas:

A descrição das hidrovias brasileiras é feita por região hidrográfica. A região hidrográfica é o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares. Abaixo citaremos as principais regiões hidrográficas.

1-Região Hidrográfica Amazônica:

Principais características: a movimentação de petróleo e derivados, grãos e minérios, carga geral e de passageiros. É a maior do país (e do mundo) e dispõe de uma extensão de mais de 18.000km de rios navegáveis de um total de 19.000km de rios. Cerca de 50% da rede hidroviária brasileira.

A Região Amazônica compreende as seguintes bacias:

- Hidrovia do Amazonas: liga as cidades de Manaus e Belém. Possui cerca de 1.650 km; calado permitido de 13,50m.

- Hidrovia do Solimões: é utilizada para a movimentação do petróleo e seus derivados, provenientes do Campo de Urucu, ligação até Iquitos (Peru). Tem cerca de 480 km no lado do Brasil dos 1630 km que compõe.

- Hidrovia do Madeira: Possui cerca de 1.056 km; calado permitido de 2,00 m; UHEs de Jiráu e Sto Antonio. Com a construção das Eclusas nas Usinas Hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, a navegação será estendida até a foz do rio Beni. Caso sejam superados os pontos críticos na região de Guajará-Mirim (RO), poderá ocorrer a interligação com os rios Mamoré e Guaporé e, assim, a Hidrovia Madeira-Mamoré-Guaporé teria uma extensão de mais de 3.000 km.

- Hidrovia Tapajós-Teles Pires: É considerada a única rota de exportação que pode viabilizar a produção de grãos de todo o norte do Mato Grosso. Possui cerca de 345 km (1043 km). Prevê a construção de um canal para ultrapassar o trecho de corredeiras além de dragagens e derrocamentos.

- Hidrovia do Marajó: Faz a ligação entre Belém e Macapá. Possui um canal de 32 km ligando o rio Atuá ao rio Anajás, reduzindo em mais de 140 km a distância fluvial entre Belém e Macapá.

- Hidrovia do Branco-Negro: Faz ligação com a Venezuela e provê o escoamento da produção do estado de Roraima.

2-REGIÃO HIDROGRÁFICA TOCANTINS-ARAGUAIA:

A região do Tocantins-Araguaia compreende as seguintes bacias:

- Hidrovia do Tocantins: Possui cerca de 1152 km. As eclusas de Tucuruí já foram construídas – PAC, com um custo aproximado de R$ 1,4 bilhões. A embarcação tipo para a qual a Hidrovia vem sendo preparada é um comboio de empurra composto de quatro chatas e um empurrador. Esse comboio tem 108,00 m de comprimento, 16 m de boca (largura) e cala 1,5 m no máximo em águas mínimas.

- Hidrovia do Araguaia: Possui cerca de 1.230 km. Essa hidrovia apresenta problemas sócio-ambientais devido a existência de inúmeros Parques Nacionais, Reservas Indígenas, Áreas de Proteção Ambiental e outras áreas de preservação na área de influência da hidrovia.

- Hidrovia do Rio das Mortes: Possui cerca de 580 km. Apresenta condições similares às do Araguaia (áreas indígenas).

- Hidrovia do Guamá / Capim: Possui cerca de 372 km. Transporta caulim e bauxita da região de Paragominas (PA). Nessa região há formação de pólos agropecuários.

3. REGIÃO HIDROGRÁFICA ATLÂNTICO OCIDENTAL/ORIENTAL

A Região compreende a seguinte bacia:

- Hidrovia do Pindaré-Mearim (Maranhão). Possui aproximadamente 646 km. Na região existe uma movimentação de carga geral e mercadorias de subsistência. A navegabilidade desses rios é beneficiada pela excepcional amplitude da maré que se manifesta na região. A navegação é feita por embarcações regionais, que mantêm irregular comércio de produtos regionais para o mercado de São Luís (MA) e de cidades ribeirinhas.

4. REGIÃO HIDROGRÁFICA PARNAÍBA

A região

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