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Gestão da Cadeia de Suprimentos: Aplicação da Metodologia FMEA em Uma Empresa do Setor Agrícola.

Por:   •  28/3/2018  •  2.885 Palavras (12 Páginas)  •  370 Visualizações

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A gestão da cadeia de suprimentos tem como seus fatores chave, as instalações, o estoque, o transporte e a informação.

2.1 Estoque

Para Viana (2002), o estoque é considerado tudo aquilo que passa pelos devidos processos produtivos até chegar ao produto acabado, como os produtos em processamento, a matéria prima, inclusive o próprio produto acabado, ou seja, todo e qualquer acúmulo de materiais, suprimentos e componentes que surgem em diversos canais da linha de produção.

Para ter uma gestão de estoques eficiente, é preciso levar em conta diversos fatores, como a exigência do consumidor final em relação ao prazo de entrega, o valor agregado do produto e a previsibilidade de demanda, podendo assim adequar a sua política de gestão, sabendo exatamente, quando pedir, o nível de segurança e onde localizar.

Segundo Fleury (2000), argumentos como, maior diversidade em relação aos mercados atendidos, número de produtos e o crescente foco gerencial na redução de contas do balanço pertencentes ao capital circulante, tem levado à continua redução dos níveis de estoque nas organizações, mas é preciso ficar atento para que não ocorra um aumento do custo logístico total, evitando-o através de uma analise antecipada com relação a processamento de pedidos, armazenagem e transporte.

Fleury (2000) ressalta ainda, que para o perfeito funcionamento de um sistema logístico em uma organização, se faz necessário analisar e escolher quais os meios de transportes mais adequados à situação, ou seja, escolher aquele que seja mais viável levando em consideração custo e o tempo.

2.2 Transporte

O transporte interage com o produto por diversas partes do processo desde a locomoção de matéria prima ate o seu local exato na linha de produção até a chegada do produto ao cliente final, podendo ser das seguintes formas: via aérea; caminhão; trem; navio; e transporte eletrônico.

Segundo Bressan (2004, p. 33), cabe à organização saber como conduzir o sistema de transporte, avaliando principalmente se o seu alvo é o cliente que exige maior eficiência e rapidez, ou o cliente que tem o preço como a sua principal referência de compra.

Dessa forma, quanto mais barato e eficiente o sistema de transportes for, mais ele se torna benéfico à organização, pois assim ele contribui para o aumento da competitividade no mercado, além de reduzir o valor total do produto.

Para que uma organização consiga alcançar sua meta, a qual seria uma quantidade correta de produtos, no momento certo, no local correto, com o menor custo possível, é de extrema importância a utilização de um sistema de transporte barato e eficiente, além disso, a localização da empresa é considerado um fator muito importante, pois o planejamento estratégico no que diz respeito às instalações, pode influenciar na parte de transportes de forma à reduzir custos, reduzir o tempo de entrega e ainda evitar possíveis atrasos na produção.

2.3 Instalações

De acordo com Gurovitz (2005), a correta localização de uma instalação em uma rede logística, caracterizadas como: setores industriais, armazéns e centros de transporte, é considerado um problema comum, mas, não se pode deixar de relevar a sua importância, pois, o custo logístico é extremamente influenciado por fatores como, decisão do ponto de localização e o alto investimento envolvido.

Segundo Stevenson (2001), as decisões de localizações podem afetar numa escala muito grande, negativamente ou positivamente, em uma empresa. Essas decisões precisam de muito estudo e planejamento das principais localizações e os motivos que levam a empresa a escolher ou não um determinado local.

De maneira geral, as empresas devem orientar-se, para a tomada de decisão sobre localização, da seguinte maneira:

a) Decidir quais critérios utilizar para avaliar as alternativas de localização.

b) Identificar os aspectos de relevância.

c) Identificar alternativas de localização.

d) Identificar a área geográfica que abrange os locais a serem considerados.

e) Identificar um pequeno número de comunidades a considerar.

f) Identificar alternativas de local entre as opções de comunidades consideradas.

g) Avaliar as alternativas e fazer a seleção.

2.4 Informação

Bowersox e Closs (2001) destaca que dentro da gestão da cadeia de suprimentos a informação é tratada como um dos um dos principais elos entre os diversos estágios do setor produtivo, pois auxilia de forma benéfica maximizando os lucros totais da cadeia.

Segundo Fleury (2000), algumas dos meios de informações logísticos essenciais são: pedidos de clientes; ressuprimento; necessidades de estoque; movimentações nos armazéns; documentação de transporte e faturas.

Devido a um rápido avanço tecnológico, hoje é possível enviar informações com maior eficiência, com maior rapidez e segurança, algo que não era possível a alguns anos atrás, tempo onde o papel era o principal veículo condutor da informação.

Com maior praticidade e agilidade no que diz respeito a informação, se torna mais fácil a identificação de possíveis falhas dentro de uma organização, facilitando também a escolha do método mais eficaz para a eliminação destas falhas.

2.5 FMEA

A FMEA (Failure Mode and effects analysis) surgiu em meados da década de 60, onde inicialmente foi usada principalmente nas indústrias nuclear e aeronáutica.

Com o passar dos anos a FMEA estendeu-se pelos diversos setores industriais, e atualmente tornou-se uma das ferramentas com maior importância utilizada para detecção de falhas dentro de qualquer tipo de processo produtivo. Segundo Miguel (1999), grandes montadoras nos EUA, como, GM, Ford e Chrysler, desenvolveram uma norma, a QS 9000, na qual os diversos tipos de FMEA são especificados como técnicas de analise e prevenção de falhas.

2.5.1 TIPOS DE FMEA

Existem diversos tipos de FMEA a serem utilizados, entre esses modelos, é possível encontrar alguns que os diferenciam uns dos outros, como forma de

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