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CRISE DA ÁGUA EM SÃO PAULO

Por:   •  26/10/2018  •  2.927 Palavras (12 Páginas)  •  282 Visualizações

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17 de março de 2014: a Sabesp inicia as obras para o uso do chamado “volume morto” nas represas de Nazaré Paulista e Joanópolis (reserva de 300 bilhões de litros de água, que fica abaixo das comportas que dão vazão ao sistema)

18 de março de 2014: o governo de São Paulo pede autorização à Agência Nacional das Águas para retirada de água do rio Paraíba do Sul, que percorre e abastece o Vale do Paraíba, mas também abastece grande parte do estado do Rio de Janeiro;

31 de março de 2014: o governo paulista anuncia a ampliação do desconto para todos os municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

21 de abril de 2014: o governador anuncia o início do uso de 500 litros/segundo da água do sistema Rio Grande para atendimento de parte da população antes atendida pelo Cantareira. É anunciado também o início da cobrança de multa de 30% para clientes que apresentarem aumento no consumo, em relação a média dos últimos doze meses;

15 de maio de 2014: Os reservatórios do Cantareira chegam ao seu pior nível desde sua criação, em 1974: 8,2 %;

24 de outubro de 2014: o nível dos reservatórios do sistema Cantareira, incluindo a primeira cota da reserva técnica, atingiu 2,9% de sua capacidade. Neste dia a Sabesp incorporou a segunda cota da reserva técnica à medição do nível dos reservatórios do sistema Cantareira. Esta segunda cota possui um volume total de 105 bilhões de litros e adicionou 10,7 pontos percentuais ao nível medido;

- SISTEMA CANTAREIRA E OUTROS SISTEMAS

O nível de água dos reservatórios do Sistema Cantareira ficou estável pelo sétimo dia seguido e se manteve em 19,7% nesta sexta-feira (22), segundo boletim divulgado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O sistema abastece 5,4 milhões de consumidores na capital e registra 45,2 milímetros de chuva neste mês, 57,8% dos 78,2 mm esperados para maio inteiro.

Os reservatórios ainda estão em situação crítica, já que a estação chuvosa terminou com apenas a segunda cota do volume morto recuperada.

Entre os demais sistemas, Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande caíram, Alto Cotia ficou estável, e o Rio Claro subiu.

Índices

O índice de 19,7% do Cantareira divulgado pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água.

Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quarta, o índice era de 15,3%.

O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta quarta, o índice era de -9,6%.

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- QUAIS SÃO AS CAUSAS E RESPONSÁVEIS?

De acordo com um grupo de especialistas, as causas da crise vão desde a diminuição das chuvas no Estado até o desmatamento, à ocupação desenfreada dos mananciais e à falta de planejamento do governo de São Paulo.

Há outras correntes de entendidos no assunto que acusam ainda o governo federal, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA), que é o órgão responsável pela implementação e gerenciamento de todos os recursos hídricos do Brasil. Para este grupo, a agência não recomendou de forma adequada e clara que São Paulo e outros estados diminuíssem o consumo de água e tampouco exigiu da Sabesp uma postura mais firme contra a crise hídrica.

Em 2014, a ONU criticou o governo de São Paulo por não realizar os investimentos necessários para que todos os habitantes do estado tenham água. Também fez críticas ao governo federal brasileiro por não estar cumprindo com a seu dever de fornecer água e saneamento básico para toda a população do Brasil.

- MEDIDAS REATIVAS

Medidas de curto prazo podem ajudar a conter crise da água em São Paulo. Os problemas no abastecimento de água enfrentados por São Paulo não resultam apenas das condições climáticas anormais, mas também da falta de eficiência do sistema do Estado.

10 AÇÕES URGENTES PARA A CRISE ATUAL:

1. Comitê de gestão da crise: instalar um comitê de gestão da crise no governo do estado, com ampla participação da sociedade e das prefeituras.

2. Salas de situação para gestão de crise: instalação pelo governo do estado de espaços físicos nas cidades para reunir os responsáveis pela gestão local da água.

3. Informação para a população: intensificar as ações das ONGs para informar e sensibilizar a sociedade sobre a dimensão da crise e a importância do uso racional da água.

4. Campanhas públicas: ampliar as campanhas sobre a importância da redução do consumo de água, captação de água das chuvas, entre outras medidas.

5. Transparência na gestão: divulgar locais e horários com maior risco de falta de água, além de trabalho integrado e coordenado com Sabesp e prefeituras.

6. Incentivos à redução de consumo: intensificar medidas dos governos estadual e municipal pela redução do consumo.

7. Multa para usos abusivos: aplicar multa para o desperdício de água, estabelecendo metas de redução de consumo por unidade consumidora.

8. Garantia de água em situação de emergência: divulgar lista de fornecedores de água de caminhão pipa regularizados; mapear possíveis situações de perfuração de poços, nascentes e bicas para uso coletivo.

9. Ações para grandes consumidores (indústrias e agricultura): garantir reposição de águas subterrâneas; estabelecer metas para redução do consumo por parte de indústrias.

10. Incentivo a novas tecnologias: reforçar programas de incentivo à instalação de equipamentos que permitam economia de água no uso doméstico, comercial e industrial.

- O FUTURO DO RECURSO HÍDRICO

Recursos Hídricos representam um estoque de recursos fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra e também para o funcionamento dos ciclos e funções naturais. Recursos Hídricos beneficiam direta ou indiretamente

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