Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC)
Por: Carolina234 • 5/11/2018 • 1.896 Palavras (8 Páginas) • 477 Visualizações
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6. REFERÊNCIAS 18
ANEXOS 18
- INTRODUÇÃO
No Brasil, a Lei Federal Número 9.433/97 determina a bacia hidrográfica como unidade territorial para aplicação da Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). A fixação dessas unidades básicas abrange a aplicação dos instrumentos da PNRH, tais como: enquadramento dos corpos d’água, outorga e cobrança pelo uso de recursos hídricos. Deste modo, padronização e automatização do traçado de bacias hidrográficas são fundamentais para a execução adequada da PNRH, evitando possíveis conflitos de utilização dos recursos hídricos.
A bacia do rio Pardo possui área de drenagem de 32.050 km2, abrangendo 26 municípios nos estados de Minas Gerais e Bahia. A porção mineira do vale é mais rural, enquanto a baiana é mais urbana. Uma das sub- bacias do Pardo é a Ribeirão que abastece a cidade de Ribeirão do Largo.
Devido às proporções continentais do país e de suas extensas redes hidrográficas, se torna uma tarefa complexa o monitoramento e manejo dos recursos hídricos de uma forma eficiente e ágil. As imagens de satélite são produtos de extrema relevância no processo de monitoramento do uso e cobertura do solo e mapeamentos regionais e locais com escalas de maior detalhe são muito viáveis no auxílio a preservação dos recursos hídricos.
O desenvolvimento e o aperfeiçoamento de técnicas de delimitação automática de bacias hidrográficas têm sido objeto de estudo em várias partes do mundo. Tais técnicas são implementadas em ambientes de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), promovendo resultados relevantes.
- JUSTIFICATIVA
Uma bacia hidrográfica é a área definida topograficamente, drenada por um curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, tal que toda vazão efluente seja descarregada por uma simples saída. Pela Lei 9433/97 a bacia hidrográfica é a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos. A análise morfométrica ou física de uma bacia é o primeiro passo para o planejamento de gestão. Diante do exposto, foi analisada a análise morfométrica da bacia do Ribeirão do Largo, afluente do rio Pardo -Bahia.
- OBJETIVO
Realizar análise morfométrica da bacia do Ribeirão do Largo através da utilização da ferramenta ArcMap.
- METODOLOGIA
O estudo foi realizado tomando-se por base a bacia do município de Ribeirão do Largo, afluente do rio Pardo na região sudoeste da Bahia. A localização espacial da bacia hidrográfica está representada na Figura 1.
[pic 1]Figura 1- Localização Espacial da Bacia.
O primeiro passo para a realização da análise morfométrica da bacia objetivo do trabalho, foi o aquisição das cartas de superfície topográfica do terreno que abrangesse a bacia do Ribeirão do Largo através do link “http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/”. Devido a bacia se encontrar em mais de uma carta topográfica foi necessário então a utilização das cartas 14S42_ e 15S42_ , sendo os modelos das cartas no formato SRTM sem referência geográfica.
Foi realizado então a união das cartas a partir da ferramenta mosaico (Windows - Image Analysis - Mosaic) do software ArcMap. Após mosaico pronto, definiu-se o sistema de referência através da ferramenta de definição de projeção (Data Management Tools - Projections and Transformation - Define Projection), optando-se pelo sistema de coordenada WGS1984, e posteriormente a definição da imagem para número inteiro para o sistema de coordenada Gcs Sirgas 2000.
O processo de delimitação automática da bacia hidrográfica foi desenvolvido no SIG ArcGIS (ESRI, 2006), juntamente com as extensões Spatial Analyst e Hydrology Modeling.
- Modelo Digital de Elevação Hidrologicamente Consistente (MDEHC)
Para se obter o Modelo de Elevação Digital Hidrologicamente Consistido (MDE-HC) adotou-se nesse processo as seguintes etapas: preenchimento de depressões (fill sinks), direção de fluxo (flow direction), fluxo acumulado (flow accumulation) e delimitação de bacias (watershed).
O primeiro passo foi extrair a drenagem. Em seguida, foi aplicado ao MDE valores maior que 2000 para se obter um número de feições de drenagem compatíveis com a escala do trabalho, quanto maior o valor escolhido menor o número de feições e vice-versa. Logo após analisou-se as ramificações identificando a sub-bacia de interesse, no projeto em questão, a bacia de Ribeirão do Largo.
- Preenchimento de Depressões - Fill Sinks
Os dados do SRTM contém falhas em áreas do globo,, denominadas de sinks que, conforme MENDES & CIRILO (2001), caracterizam-se por áreas rodeadas por elevações com valores de cotas superiores, semelhantes a uma depressão, conforme pode ser visto na Figura 2. Essas depressões ou sinks são consideradas empecilhos ao escoamento durante a aplicação de modelos hidrológicos, sedimentológicos e de poluentes de origem difusa.
[pic 2]Figura 2 - Áreas rodeadas por elevação.
- Direção de Fluxo - Flow Direction
A direção de fluxo define as relações hidrológicas entre pontos diferentes dentro de uma bacia hidrográfica, sendo necessária para que uma drenagem possa existir.
A direção de fluxo de água na rede de drenagem é obtida pela função flow direction, que gera uma grade regular definindo as direções de fluxo, tomando-se por base a linha de maior declividade do terreno, fornecendo o mapa de direção de fluxo apresentado na Figura 3, que possibilita a observação da direção do escoamento de água nas vertentes, além da visualização do relevo.
[pic 3]Figura 3 - Direção do fluxo de drenagem.
- Fluxo Acumulado - Flow Accumulation
O fluxo acumulado indica o grau de confluência do escoamento e pode ser associado ao fator comprimento de rampa aplicado em duas dimensões também nos fornece informações sobre a confluência e divergência das linhas de fluxo (VALERIANO, 2008), conforme pode ser observado na Figura 4.
[pic 4]Figura 4 - Fluxo acumulado.
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