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As Bacias Sedimentares Brasileiras

Por:   •  23/10/2018  •  4.608 Palavras (19 Páginas)  •  297 Visualizações

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As bacias sedimentares são grandes depósitos de toda a história geológica da Terra. É o resultado da movimentação das placas tectônicas que permitem a formação de cadeias de montanhas (soerguimento de blocos rochosos). São responsáveis pela preservação das características de uma determinada época e devido à grande porosidade e permeabilidade, são os principais meios de armazenagem de água, hidrocarbonetos e os mais variados recursos minerais.

De acordo com o Boletim de Geociência da Petrobras ( volume 15, nº 2, Maio/Novembro 2007), o Brasil é formado por 31 bacias sedimentares, que ao longo de sua formação passaram por várias fases evolutivas, sendo cada uma delas caracterizada por um conjunto de atributos geológicos comuns a diversas áreas. Entre os muitos aspectos, a disposição de suas camadas horizontalmente ou quase evidencia a ausência de movimentos importantes (tectonismo) desde remotos tempos geológicos.

BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS

As Bacias Sedimentares Brasileiras estão classificadas em cinco grandes grupos, de acordo com a idade de sua formação (caracterizado pelo preenchimento sedimentar-magmático) e o contexto sedimentar no qual a Bacia se desenvolveu: Sinéclises Paleozóicas, Bacias Meso-Cenozóicas de Margem Distensiva, Bacias Meso-Cenozóica de Margem Transformante, Riftes Mesozóicos Abortados e Bacias de Antepaís Andino

Sinéclises Paleozóicas

Fazem parte desse grupo as Bacias do Solimões, Paraná, Amazonas e do Parnaíba. O processo de sedimentação tem início durante o Meso-Ordoviciano com condições que geram um amplo afogamento marinho. Durante o Devoniano as Bacias do Amazonas, Paraná e Parnaíba sofrem com a entrada de um amplo pacote basal de natureza arenosa, enquanto a Bacia do Solimões é preenchida com Diamictitos e arenitos.

Após o Devoniano, as Bacias passaram por um intervalo de deposição de folhelhos marinhos com grande potencial fossilífero e para a geração de hidrocarbonetos. Mas também sofreram com um período de grandes mudanças climáticas, que permitiram a classificação dos ambientes de sedimentação e seus sistemas deposicionais.

Ao longo do Carbonífero e do Permiano, essas bacias estiveram expostas a condições de glaciação, clima árido (contexto marinho raso) e aportes deltaícos. E no fim do Permiano o supercontinente Gondwana deixou definitivamente de receber águas aceânicas, aumentando a aridez em todas as sinéclises.

Com a separação dos continentes americanos e africanos durante o Mesozóico, houve grande atividade magmática por todo o território, dessa forma, diques , soleiras e derrames de rochas ígneas se acomodaram em grandes volumes nessas bacias.

Bacia Meso-Cenozóica de Margem Distensiva

As Bacias brasileiras que fazem parte do segmento distensivo são as situadas no extremo Nordeste da margem brasileira (Bacia de Potiguar) até o limite da Bacia de Pelotas. Nesses locais a tectônica extensional foi o mecanismo formador de novos espaços para a acomodação sedimentar predominante durante o riftamento.

A visão que é tida hoje da margem leste brasileira (consolidada por Asmus e Ponte em 1973) determina que ela tenha evoluído durante quatro estágios:

- Pré-Rifte: período caracterizado pela deposição fluvial, eólica e lacustre de sedimentos avermelhados que ocorreu durante o Neojurássico e o Eocretáceo.

- Rifte: esse estágio se consolidou no Eocretáceo e é caracterizado pela abundante presença de formações ígneas básicas, principalmente entre as bacias de Pelotas e Espírito Santo, onde também ocorreu a acumulação de folhelhos, que são fundamentais para a geração de hidrocarbonetos.

- Marinho Restrito: é caracterizado por depósitos carbonáticos e siliciclásticos com algum magmatismo, situado sob as camadas de sais. Na bacia de Santos esses reservatórios carbonáticos constituem os reservatórios pré-sal.

- Marinho Aberto: Acima dos depósitos carbonáticos, quando condições verdadeiramente marinhas se instalaram, houve a deposição de sedimentos siliciclásticos (folhelhos e arenitos) de natureza variada.

Bacia Meso-Cenozóica de Margem Transformante

Compreende as bacias da margem equatorial brasileira (Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar) que possuem um estilo tectônico bem característico, pois o período de rifte ao longo da margem equatorial aconteceu de forma rápida através de um Binário de Cisalhamento Dextrógiro, permitindo que incursões marinhas provenientes do Atlântico Central influenciassem durante o Jurássico

Quanto a sedimentação da margem equatorial, ela é análoga a da margem leste, formada por folhelhos e arenitos de origem clástica.

Riftes Mesozóicos Abortados

São riftes continentais , formados com a dissociação de Gondwana e que se projetaram para o interior do continente a partir de sua respectiva margem continental, portanto sua idades variam de acordo com a formação do trecho da margem continental ao qual elas estão inseridas. Fazem parte desse sistema as Bacias do Tucucu, Marajó, São Luís, Bragança Viseo, Ilha Nova, Recôncavo, Tucano Sul e Central, e Tucano Norte e Jatobá.

Bacias de Antepaís Andino

São Bacias que estão situadas no interior do continente e tiveram seus pacotes sedimentares depositados em vários momentos e com ambientes deposicionais distintos, portanto não podem ser comparadas umas as outras. É o caso da Bacia do Acre, do São Francisco e do Araripe.

BACIAS

Bacia da Almada

Situado no litoral baiano, a bacia ocupa uma área de aproximadamente 1500 Km², dos quais 200Km² estão emersos. Sua configuração é típica de uma bacia de margem passiva que evoluiu após um estágio inicial de estiramento pela fragmentação do supercontinente Gondwana até a abertura do Oceano Atlântico.

A espessura sedimentar da bacia é de 1.800m no oceano e de 6000m na porção continental, e é preenchida por argilitos, folhelhos, margas, arenitos e por conglomerados. De acordo com os registros mais recentes das rochas do embasamento da bacia, elas datam de 680 Ma (Neoproterozóico), enquanto que a bacia em si, tem sua sequência sedimentar mais antiga pertencente ao Neojurássico e ao Eocretáceo.

Bacia de Camuruxatiba

Localizada

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