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O Manual de BIM

Por:   •  7/8/2018  •  1.549 Palavras (7 Páginas)  •  227 Visualizações

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O pequeno contexto supracitado reflete, atualmente, o uso de tecnologias fora dos canteiros de obra, dando apenas a aparência de uma melhor eficiência na construção, o que de fato não existe, sem contar que o decréscimo de produtividade apontado pelo gráfico revelam desentendimentos organizacionais dentro da indústria de construção, devido a baixa automação e o seu alto custo de investimento e os baixos salários dos trabalhadores que desencorajam o investimento em tecnologia.

A referida ineficiência possui um alto custo, que por sua vez são derivados da ausência de acesso de informações entre sistemas, bem como da falta de gerenciamento dessas informações, fatos que levam a diversos erros, dos quais elevam o custo operacional da construção, resultando na citada ineficiência laboral de manutenção e construção, além dos custos desnecessários com empregados retardatários e recursos inoperantes, revelando que a adoção do BIM é a medida cabível para superar custos excessivos.

No entanto, mesmo diante do contexto atual de modelos de construção, alguns outros foram criados formando, assim, modelos BIM, traduzindo-se nos modelos de CAD, geradores de arquivos digitais, que dão suporte não apenas às imagens produzidas por eles, mas, também, pelos dados que estes dispositivos contém, possibilitando diferentes vistas de diversos dados contidos dentro de um conjunto de desenhos, sejam eles 2D ou 3D, o que faz com que o BIM seja um conjunto associado de processos para formar e analisar modelos de construção.

Estes últimos, os modelos de construção, por sua vez, são constituídos basicamente de “componentes de construção; componentes que incluem dados que descrevem como eles se comportam; dados consistentes e não redundantes e dados coordenados”.

Apesar dos componentes do BIM serem os supracitados, a sua definição não é uníssona, fato que leva a diferentes conceituações, tais como a da “Mortenson Company”, que define o BIM como “uma simulação inteligente da arquitetura”, que apresenta pelos menos seis características, tais como, “ser digital; espacial (3D); mensurável; abrangente; acessível e durável”, que devem ser utilizados para uma prática integrada.

Vale destacar, que em meio ao contexto apresentado até o momento, deve ser diferenciado o BIM, que é um objeto paramétrico, dos objetos 2D tradicionais, já que, em comparação, o primeiro possui dados e regras associadas, bem como geometria integrada não redundante, os objetos se modificam automaticamente às geometrias associadas e são definidos em diferentes níveis de agregação e, por fim, os objetos possuem a capacidade de se vincular ou receber, divulgar ou exportar conjuntos de atributos.

Tais atributos permitem um maior suporte à colaboração da equipe do empreendimento, isso porque o BIM permite a importação de informações e sua integração com outras variantes e processos de trabalho, que podem ser abordagens de duas maneiras: I) produtos oriundos de apenas um fornecedor de software; II) ou vários fornecedores de software com dados padronizados na indústria.

Nesse sentido, vale também destacar, que assim como é necessária a diferenciação entre BIM e objetos 2D, torna-se igualmente importante, a comparação entre o que pode, ou não, ser BIM, e que se expressam em modelos que contém apenas dados 3D sem atributos de objetos, ou modelos sem suporte para comportamento, ou, ainda, aqueles que são compostos de múltiplas referências a arquivos CAD 2D que devem ser combinados para definir a construção, entre outros.

Por fim, entre os benefícios e desafios do BIM, os mais recorrentes são apresentados na fase de pré-construção para o proprietário, bem como o aumento da qualidade e do desempenho da construção, porque é desenvolvido um modelo esquemático que possibilita uma avaliação mais cuidadosa e funcional da construção, que a auxiliam como um todo.

Ainda, há também a visualização antecipada e mais precisa do projeto, que poderá ser visualizado em qualquer etapa do processo em todas as dimensões; as correções automáticas de baixo nível quando mudanças são feitas no projeto, reduzindo as necessidades de gerenciamento de mudanças no projeto.

Entre os benefícios há, ainda, a geração de desenhos 2D precisos e consistentes em qualquer etapa do projeto, mediante desenhos consistentes que permitem modificações; a colaboração antecipada entre múltiplas disciplinas de projeto; a verificação facilitada das intenções do projeto; a extração de estimativas; a extração de estimativas de custos durante a etapa de projeto; a incrementação da eficiência energética e a sustentabilidade; a sincronização de projeto e planejamento da construção; descoberta de erros de projeto e omissões antes da construção; reação rápida a problemas de projeto ou canteiro; uso do modelo de projeto como base para componentes fabricados; melhor implementação e técnicas de construção enxuta; sincronização da aquisição de materiais com o projeto e a construção.

Existem, também, os benefícios pós-construção, tais como: I) melhor gerenciamento e operações das edificações; II) integração com sistemas de operação e gerenciamento de facilidades,

Por fim, mesmo diante dos diversos benefícios explanados, o BIM possui desafios

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