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Manual visão do tempo

Por:   •  13/11/2017  •  5.582 Palavras (23 Páginas)  •  452 Visualizações

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Por isso o Brasil foi enriquecido com as obras de Debret, e hoje podem desfrutar dessas artes maravilhosas e olhar as imagens da sociedade brasileira dos tempos imperiais ilustradas na obra de Debret é procurar ir além da figura, cores e modos ali registrados pelo artista francês. É enriquecer o trabalho histórico e construir uma história, onde a representação desta época está mais próxima da verdade representativa que tanto a história necessita.

Os pesquisadores podem identificar facilmente os usos e costumes, da terra boa e generosa que madrugava para a civilização As obras de Debret merecem destaque, pois retratam os modos de vida da sociedade brasileira no século XIX. As iconografias registradas por Debret, no século XIX são documentos básicos, que proporcionam aos novos historiadores um desafio para a análise da sociedade brasileira neste período.

Debret tenta mostrar aos leitores um panorama que extrapolasse a simples visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. Mais do que isso, tentou criar uma obra histórica; mostrar com detalhes e minuciosos cuidados a formação, especialmente no sentido cultural da nação brasileira; procurou resgatar particularidades do país na tentativa de representar e preservar o passado do povo, não se limitando apenas a questões políticas, mas também a religião, cultura e costumes dos homens no Brasil.

CARLOTA JOAQUINA, PRINCESA DO BRASIL, O FILME.

Influências exercidas pela Família Real nos costumes do povo Brasileiro.

Carlota Joaquina, princesa do Brasil, filme lançado em 1995, dirigido por Carla Camurati, que co-escreveu o roteiro com Melanie Dimantas e Angus Mitchell. O filme Carlota Joaquina, é uma produção global e atores como Marieta Severo, Marco Nanini e outros. CARLOTA JOAQUINA conta a história da princesa espanhola Carlota Joaquina de Bourbon (1775-1830), esposa do imperador D. João VI, o Príncipe Regente de Portugal que veio ao Brasil, trazendo sua corte, para fugir da invasão de Napoleão Bonaparte ao seu país. É a história da vinda da família Real ao Brasil, tendo por base a vida suntuosa e promíscua de uma princesa.

[pic 2]

No início do filme mostra um narrador falando espanhol, conversando com a sobrinha chamada Yolanda. Para chamar a atenção dela, ele diz ter ido ao Brasil e de todos os problemas de lá, o das borboletas gigantes era o pior e que uma o tinha atacado. Metaforicamente a história nos é passada de forma fantasiosa para nos agradar e não gerar conflitos. Essa distância faz com que o povo seja levado de um lado para o outro, como o movimento do mar. Será que as borboletas azuis não estão se referindo ao carnaval? Que o povo esquece toda sua miséria e preocupa-se ou coloca em primeiro plano os preparativos para o carnaval, por isso o personagem refere às borboletas azuis (cores e fantasias) como o pior dos problemas no Brasil? Mesmo que ele diz ser brincadeira, pode ter sido uma alfinetada a essa questão.[pic 3]

O filme nos apresenta de forma crítica e debochada, onde há uma corte corrupta e bajuladora que compunha os mais importantes papéis ao lado do Príncipe Regente D. João VI. A questão do deboche pode estar relacionada com a época de descrédito que o Brasil estava passando, havia acontecido o impeachment do presidente Fernando Collor e o governo de seu vice, Itamar Franco passava muita insegurança. Essa insatisfação é passada no filme de forma bem explícita, diante da manipulação internacional que dita as regras a serem seguidas, e que no caso do filme a Inglaterra tem esse papel de “manipulador”. O filme mostra a influência e pressão inglesa sobre o príncipe regente D.João VI, diante do ultimato de Napoleão que já tinha invadido a Espanha e estava próximo de Portugal, ele se viu num beco sem saída. A questão era França ou Inglaterra? Ele responde para sua corte que quando não se sabe o que fazer é melhor não fazer nada. Será uma crítica aos nossos governantes de hoje, que sofrem dessa mesma enfermidade?[pic 4]

Enfrentando as saunas em que os navios selados da época se transformavam nos Trópicos, com água e refeições racionadas, condições sanitárias precaríssimas, a Corte e seus inúmeros lacaios e bajuladores de ministros a clérigos e oportunistas com suas numerosas famílias penou três meses de céu e mar. Uma infestação de piolhos obrigou a todos a raspar a cabeça. Um fato curioso é que a princesa Carlota Joaquina, suas filhas e damas da corte desembarcaram com uns turbantes rústicos enrolados na cabeça para disfarçar a calva a que foram reduzidas pela infestação de piolhos. As damas da sociedade soteropolitana consideraram ser aquela uma moda europeia e aderiram com tal entusiasmo que até hoje as Baianas usam a indumentária.[pic 5]

Carlota Joaquina é retratada como uma mulher maquiavélica, geniosa, infiel e ninfomaníaca. Também se orgulhava de ter uma grande coleção de sapatos, “um sapato para cada dia do ano”. Eram sapatos de seda muito finos e de cores extremamente sensíveis. O que se pode contrastar nos dias de hoje é a influência da moda Europeia e Portuguesa na vida dos brasileiros, bem como o entendimento da moda como fator de prestígio e hierarquia social. Ainda se pode ver que algumas atrizes brasileiras como Claudia Raia e Suzana Vieira, possuem centenas sapatos talvez influenciados pela moda que veio de Portugal trazido pela princesa Carlota Joaquina, que nos mostra também o lado consumista das brasileiras, que poderia fazer um pouco deste investimento em questões sociais.

A República da Espada

Período de transição e poder oligárquico, instrumento de obtenção de poder.

República da Espada, assim denominada pela historiografia brasileira. Período de 1889 a 1894, assim que a monarquia foi derrubada. Onde o regime republicano, teve como presidentes dois militares: Marechal Deodoro da Fonseca e Marechal Floriano Peixoto. Houve separação oficial entre igreja e estado instituiu o casamento civil e criou-se o lema “ORDEM E PROGRESSO”. Os militares queriam um regime central, mas os ruralistas opuseram e os cafeicultores Paulistas queriam um regime voltado para estado. Foi considerado o 1º período ditatorial no Brasil. A repressão era forte contra os simpatizantes de Dom Pedro II. Muitos acreditavam que se tratava de uma parada militar. Assim, sem oferecer nenhuma resistência, Dom Pedro II saiu do poder.

O movimento foi liderado pelo alagoano Deodoro da Fonseca, apesar de sua grande amizade com o monarca deposto, instituiu

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