Resenha Critica

...

Na quarta seção trata-se os possíveis rumos para a indústria de transformação nos próximos anos. Durante um bom tempo a indústria brasileira só investiu na indústria de bens de capital e no setor energético, assim através de reformas estruturais elevou-se consideravelmente a capacidade de investimento nos anos seguintes. No entanto com o aumento da inflação prejudicou a taxa de investimento vindo a desfavorecer a indústria. Em 2000, retomou-se o crescimento e os investimentos em um âmbito internacional bem favorável. Vale ressaltar também a participação da indústria de transformação no produto interno bruto (PIB), que tem levado a um baixo crescimento da produtividade da mão de obra. Haja visto que dos anos 1950 até 1985 caracterizou-se por um intenso processo de crescimento, diversificação e consolidação da estrutura industrial brasileira. Já no início de 1986, observou-se uma expressiva perda de participação da indústria na produção agregada do país, o que configura um processo de desindustrialização. No Brasil, o processo de desindustrialização é precoce e nocivo à economia nacional, pois se associa a fenômenos negativos, como a perda de competitividade das exportações industriais, e também o aumento das importações não somente de bens de capital e de consumo, como também de insumos industriais, o que afeta nocivamente diversas cadeias produtivas da indústria brasileira.

Na conclusão é colocado em pauta a perda de importância da indústria de transformação nos últimos anos. Os principais fatores que impedem o crescimento da economia brasileira são, entre outros, a infraestrutura deficiente, o câmbio excessivamente valorizado, os entraves burocráticos, a elevada carga tributária e os juros acima da média mundial. Estes fatores impactam na competitividade da indústria de transformação instalada no país, que, ao ser exposta a uma concorrência internacional cada vez mais acirrada, acaba perdendo espaço na geração de emprego, renda e produção, ocasionando a estagnação da economia nacional.