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Relatório de Campo

Por:   •  1/3/2018  •  2.373 Palavras (10 Páginas)  •  375 Visualizações

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Terminada a medição do alinhamento em um sentido, chamada ida, repete-se pra o sentido inverso, chamada volta. A necessidade de repetir a medida decorre do fato de que uma única medição não permitiria detectar erros eventualmente cometidos.

Tomadas as medidas de ida e volta, totalizam-se as parciais obtendo-se os comprimentos totais de ida e volta. Estes devem então ser comparados entre si, observando-se a diferença entre as medidas, que deve ser menor que a tolerância admitida. Sendo a diferença aceitável, toma-se como comprimento da linha a média entre as duas medidas, caso contrário, procede-se a nova medição.

A tolerância de erro é previamente fixada, de acordo com a classe do levantamento ou do contratante do serviço.

- Erros na Medição a Trena: Como em qualquer outro tipo de trabalho de topometria, a medição a trena esta sujeita de erros específicos que podem ter sidos causados pelo operador ou de influências que não são de controle humano.

- Desvio de Alinhamento: Esse desvio ocorre por conta de que as balizas posicionadas entre os pontos de medição não estão em um alinhamento e acaba gerando um serpenteio em torno do alinhamento provocando uma medida maior. Na prática esse tipo de erro, se for à ordem dos cm, acaba sendo desprezado por ser quase imperceptível.

- Catenária: Catenária é o nome que se da para o fenômeno chamado comumente de barriga. Essa curvatura ocorre por conta do próprio peso da trena, gerando uma medida maior. Esse fenômeno se torna cada vez maior a medida que o comprimento estendido da trena aumenta. Para reduzir esse erro é preciso que se aplique uma tensão precisa para que isso não ocorra ou diminuir os espaços entre as balizas.

- Falta de Horizontalidade da Trena: Este erro ocorre quando se tenta realizar a medição utilizando a trena sem a sua maior horizontalidade, trena inclinada. Esse é um erro decorrente do operador. O mesmo tem que estar atento para que a trena se encontre sempre na sua maior horizontalidade.

- Dilatação Térmica: O aumento de temperatura pode vir a causar a dilatação do material constituinte da trena, fazendo que ocorra uma variação do comprimento. Contudo, esse erro pode ser compensado sabendo qual a temperatura do ambiente que se deseja trabalhar e o coeficiente de dilatação da trena. As trenas de fibra de vidro são as melhores para evitar esse tipo de fenômeno pelo fato de que possuem um baixo coeficiente de dilatação e acaba sendo desprezada a dilatação sofrida por ela.

- Elasticidade da Trena: É o fenômeno que ocorre como resposta ao esforço de tração sofrido pela trena. A trena que mais “sofre” com isso são as de vibra de vidro. A elasticidade da trena acaba provocando um erro menor na medida da distância.

- Distensão da Trena: É a deformação permanente que uma trena pode sofre quando se tem a aplicação de uma força excessiva de tração. Esse erro pode ser compensado levando em consideração a taxa de alongamento que a trena sofreu.

- Outros Erros: Além dos erros já mencionados, também podem ocorrer erros devido a imperícia ou negligencia do operador ou do anotador, como a leitura numa graduação incorreta. Estes erros só podem ser evitados usando bastante atenção e cuidado ao se realizar a medição.

- METROLOGIA

- ANÁLISE DO EQUIPAMENTO E DOS EIXOS

Para entender os procedimentos que serão abordados nesse relatório, é necessário o conhecimento prévio do equipamento utilizado nas medições, neste caso, a estação total, e suas propriedades.

A estação total trata-se de um instrumento utilizado na medição em campo de distâncias, através dos quais se podem se coletar diversas informações acerca da área e especificamente dos pontos estudados, principalmente avaliar os ângulos entre os pontos.

O instrumento possui três eixos, cujo conhecimento é fundamental para a compreensão das análises futuras.

- Eixo Vertical - Também conhecido como eixo principal, tem como finalidade garantir que a rotação do equipamento em torno deste eixo coincida com a rotação em torno do centro do círculo graduado horizontal.

- Eixo Horizontal - Também chamado de eixo secundário, ele é perpendicular ao eixo vertical e sob o qual se báscula a luneta. A linha que materializa o eixo horizontal é também normal ao eixo de colimação.

- Eixo de Colimação - Deve coincidir com o eixo óptico.

Para melhor compreensão apresenta-se uma figura abaixo. Nessa figura os eixos vertical, horizontal e de colimação estão representados por V, Z e K, respectivamente.

[pic 2]

- CALAGEM E CENTRAGEM DA ESTAÇÃO TOTAL

O processo de centragem e calagem da estação total, com fins de facilitar o entendimento, pode ser dividido nas quatro seguintes etapas:

- Escolher o ponto para alocação do equipamento e realizar sua instalação, o objetivo é horizontalizar para que o encontro entre seus eixos esteja exatamente acima do ponto desejado. O tripé é instalado de forma que quando haja a instalação do teodolito o mesmo fique bem próximo do ponto desejado.

- Realizar a calagem grosseira. Esse procedimento é efetuado movimentando-se as pernas do tripé, com o objetivo de nivelar a bolha do nível circular.

[pic 3]

Figura referente ao nível circular

- Centrar o equipamento. Essa etapa está associada a movimentação do teodolito na base do tripé de modo a ajustar o laser vertical da mesma com o ponto desejado.

[pic 4]

Fig. Referente a centragem do equipamento

- Realizar a calagem fina, com auxílio do com auxílio dos parafusos calantes e níveis tubulares. Inicialmente alinha-se o nível tubular a dois dos parafusos calantes (Fig. A). Atuando nestes dois parafusos alinhados ao nível tubular, faz-se com que a bolha se desloque até a posição central do nível, lembrar que os parafusos devem ser girados em sentidos opostos (Fig. B). Após a bolha estar calada, gira-se o equipamento de 90º, de forma que o nível tubular esteja agora ortogonal à linha definida anteriormente (Fig. C). Realizar a calagem, atuando-se somente no parafuso que está alinhado com o nível (Fig. D).

[pic 5] [pic 6]

Figura A

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