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ANÁLISE DA ESTRUTURA DE UM FRAGMENTO DE FLORESTA OMBRÓFILA MISTA NA REGIÃO CENTRO-SUL

Por:   •  30/10/2018  •  1.301 Palavras (6 Páginas)  •  341 Visualizações

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A Posição sociológica relativa (estrato inferior, 1; médio, 2 e superior 3) é o parâmetro fitossociológico utilizado para representar a estrutura vertical (estratos) da floresta. Ao adicionar este parâmetro aos demais parâmetros fitossociológicas relativos da estrutura horizontal compõem-se o índice de valor de importância ampliado (IVIA). Este (IVIA) torna o estudo da estrutura mais preciso e reflete de modo mais verdadeiro a complexa composição estrutural da vegetação, destacando a real importância fitossociológica da espécie dentro da comunidade vegetal.

Como indica o QUADRO 1 à espécie Ilex paraguarienses apresenta maior valor de posição sociológica relativa (10,51%) seguida da Ocotea Odorifera (10,34%). Isto se deve ao grande número de indivíduos por hectare (60,16) e a sua regularidade de ocorrência (5,6; 39,36 e 15,2) nos três estratos (1, 2 e 3) da floresta. Apesar das árvores de Araucaria angustifolia não estarem bem distribuídas nos estratos (0,16; 7,84 e 35,2) e ter menos indivíduos por hectare (43,2), ela é a espécie que tem o maior número de árvores dominantes e maior IVIA.

A Araucaria angustifolia seguida da Ilex paraguarienses são as espécies que apresentam maiores índices de Valor de Importância Econômica Ampliada (IVIEAi), com melhores qualidades de fuste e, portanto, caracterizam-se como as espécies mais importantes ecologicamente.

QUADRO 1. Descritores fitossociológicos do experimento da F.O.M., em 2002.

[pic 1]

Onde: DA = número total de indivíduos (25 ha), DA (Ha) = densidade absoluta (indivíduos/ha), DR (%) = densidade relativa, DOA =dominância total absoluta (m²/25 ha), DOA (Ha) = dominância absoluta (m²/ha), DOR (%) = dominância relativa, FA = freqüência absoluta (%), FR = freqüência relativa (%), IVC (%) = de valor de cobertura e IVI (%) = de valor de importância, PsA = posição sociológica absoluta, PsR (%) = posição sociológica relativa, IVIA (%) = de valor de importância ampliado, QAF = de qualidade absoluta do fuste, QRF (%) = de qualidade relativa do fuste, IVIEAi (%) = de valor de importância economicamente ampliado.

A estrutura interna é avaliada pelo parâmetro fitossociológico da qualidade do fuste. Este parâmetro na sua forma relativa ao ser somado aos parâmetros relativos da estrutura horizontal e vertical compôs o índice de valor de importância ampliado e qualitativo (IVIEA). Este (IVIEA) busca refletir as características econômicas (qualitativa) de cada espécie pela adição de sua qualidade de fuste relativa.

A espécie Ilex paraguarienses é a espécie que apresenta maior parâmetro de qualidade relativa de fuste (10,82%) seguida da espécie Ocotea Odorifera (10,20%), sendo assim, essas espécies as mais importantes qualitativamente. Isto se deve ao fato que a avaliação do fuste não foi feita em termos de comprimento e número de toras aproveitáveis e sim, apenas pela avaliação visual da retidão do fuste e número de árvores. Ainda assim, a espécie mais importante é a Araucaria angustifolia (IVIEA = 47,08%), seguida da Ilex paraguarienses, 39,60%.

Conclusões

- A espécie Araucaria angustifolia é apontada pelos índices fitossociológicos da estrutura horizontal como a espécie mais importante ecologicamente.

- A estrutura vertical indica que as espécies Ilex paraguarienses e Ocotea odorifera apresentam indivíduos bem distribuídos e com regularidade de ocorrência nos estratos.

- A estrutura interna mostra que as espécies Ilex paraguarienses e Ocotea odorifera apresentam as melhores qualidades relativas de fuste.

- A análise das estruturas horizontal, vertical e interna (IVIEAi) confirma a real importância da espécie Araucaria angustifolia para o ecossistema F.O.M..

Referências Bibliográficas

CARVALHO, P. E. R; Levantamento florístico da região de Irati – PR (1ª aproximação). Curitiba-PR, EMBRAPA, 1980. 44p. (Circular Técnica, 3).

GALVÃO, F.. A Vegetação natural do estado do Paraná - Métodos de levantamento fitossociológico. IPARDES, Curitiba, p. 25-37, 1994.

SCHNEIDER, P.R; Manejo florestal: Planejamento da produção florestal. Santa Maria, 2002. 195p.

SCOLFORO, J. R. Manejo florestal, Lavras: UFLA/FAEPE, 1998, 443 p.

SOUZA, A. L. Manejo de florestas inequiâneas, Viçosa: DEF/UFV, 1997.

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