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Relatório Parcial de Remediação de Solos e Águas

Por:   •  22/11/2018  •  2.591 Palavras (11 Páginas)  •  267 Visualizações

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Descrição dos compostos

Foi detectada a presença de diversas substâncias que causam a contaminação do local, e essas apresentam diferentes características, segue na tabela abaixo:

Tabela 1: Características Gerais dos Compostos

Composto

Características Gerais

Fonte

Chromium Total (Cromo total)

Seu uso industrial é associado a fabricação de ligas metálicas e estruturas de construção civil por apresentar alta dureza, resistência ao atrito, baixa corrosão e desgaste. As principais fontes antropogênicas provem de operações de galvanoplastia, manufatura de tecidos e indústrias de tingimento de couro. Seu risco à saúde humana é principalmente associado ao trato respiratório, e consequentemente causa câncer pulmonar quando a exposição a substância é muito alta. Estudos relatam que os principais receptores são trabalhadores industriais.

(SILVA & PEDROZO, 2001)

Chomium (VI) (Cromo Hexavalente)

O produto é um oxidante forte que no ar, reage com partículas de poeira ou outros poluentes para formação do Cromo Trivalente. Há muitos estudos epidemiológicos que demonstram que o este é um potencial carcinógeno humano, mas poucos fornecem dados de exposição adequados para uso na estimativa de risco.

(US EPA, 1998)

Trichloroethylene (Tricloroetileno, TCE)

É uma substância nociva, e por estar exposta ao ar, solo e água, a possibilidade de absorção pelo ser humano é alta. Após ser absorvido, é distribuído nos tecidos, por meio da circulação sistêmica, é excretado principalmente pela respiração.

(US EPA, 2011)

Dichloroethylene 1,1 (1,1-DCE)

Esta substância não ocorre naturalmente, geralmente é fabricada pela desidrocloração de 1,1,2-tricloroetano em excesso de base. É utilizada para produção de PVCD (Polímeros de Cloreto de Polivinilideno) que serve para indústria de embalagens de alimentos, revestimento de barreira de papel, plástico ou indústria têxtil para móveis e estofados de automóveis. Este entra no ambiente a partir da desagregação de produtos PVDC, e da biótica ou abiótica repartição de 1,1,1-tricloroetano, tetracloroetileno, 1,1,2-tricloroetano e 1,1-dicloroetano. Devido ao seu baixo peso molecular e natureza hidrofóbica, é facilmente e rapidamente absorvidos por

(US EPA, 2002)

inalação e exposições orais.

Dichloroethylene DCE 1,2-cis

A formação do isómero do DCE 1,2-cis apresenta átomo de cloro no mesmo lado da ligação dupla de carbono. Geralmente a substância era utilizada como solvente para ceras, resinas, celulose de acetilo, na extração de borracha e fluido de arrefecimento na refrigeração.

(US EPA, 2010)

Dichloroethylene DCE 1,2-trans

Diferentemente do DCE 1,2-cis, esta substância apresenta átomo de cloro no lado oposto, atualmente o DCE 1,2-trans é mais utilizado no comércio, pois é usado para limpeza de componentes eletrônicos.

(US EPA, 2010)

Tetrachloroethylene (PCE)

É um contaminante presente no ar, e também no interior do solo e das águas subterrâneas. Quando exposto aos seres humanos é rapidamente absorvido, logo após é distribuído para os tecidos por meio da circulação sistêmica, é metabolizado, e depois excretado principalmente na respiração como tetracloroetileno inalterado ou CO2, ou na urina na forma de metabolitos. Parecido com o TCE, essa substância pode causar leucemia, vários tipos de cânceres (câncer retal, de bexiga, mama e pulmão) e déficit de desempenho neurocomportamental.

(US EPA, 2012) / (ATSDR, 2014)

3. Avaliação de Risco

3.1 Conceituação

A Avaliação de risco, é formada por um conjunto de análises, envolvendo os cenários de exposição, as características físico-químicas e dados de concentração das substâncias químicas envolvidas, e por fim, os parâmetros do meio físico. Cujo objetivo principal é gerar a quantificação dos riscos, e as concentrações máximas dos contaminantes para cada meio, esta etapa norteia a remediação, pois é através da mesma que são obtidas as metas de remediação (CETESB, 2001).

3.2 Quantificação do Risco

Foram preenchidas as planilhas da CETESB, para se obter os valores de risco, a partir dos valores de concentração da água subterrânea, foram calculadas as concentrações para o solo (ver anexo 3), considerando os seguintes receptores: Residente Urbano, Trabalhador do Comércio e da Indústria e Trabalhador de Obras Civis e Escavação. Para estes, considerou-se as vias de exposição que se incluem no solo superficial, solo subterrâneo e água subterrânea, contemplando diferentes vias de ingresso, como contato dérmico, inalação e ingestão para a elaboração dos modelos conceituais de exposição (ver anexo 4). Segue abaixo a quantificação do risco acumulativo por efeito carcinogênico (C) e não carcinogênico (NC) para as substâncias químicas de interesse (SQI) por receptor, considerando a exposição dentro/fora da fonte de contaminação, através de diferentes vias de exposição, no caso, solo (superficial e subsuperficial) e água subterrânea (ver anexo 4).

3.2.1 Cenário Residencial Urbano (Crianças e Adultos)

Os valores de risco para crianças na área da fonte e fora da área fonte de contaminação, expostas ao solo superficial e subsuperficial tabela 2 (anexo 5). Os contaminantes que apresentaram valores maiores que os aceitáveis para este cenário

foram: Cromo VI e TCE, ambos com risco cumulativo por SQI para receptor fora da fonte de contaminação. Já para receptores adultos para o mesmo cenário o de risco cumulativo por SIQ apresentou efeito dentro/fora da área da fonte contaminação, sendo os principais contaminantes: Cromo VI, TCE, PCE e Cloreto de Vinila.

Para o cenário Risco Carcinogênico e Não Carcinogênico para Água Subterrânea listado nas tabelas 4 e 5 (anexo 5), os contaminantes que apresentaram risco para o receptor crianças foram: Cromo VI, TCE, PCE e Cloreto de Vinila, fora da fonte de contaminação. Já para o receptor adulto, apresentou-se altos valores

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