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Modelo - Plano de Pesquisa Paga Gnaisse (brita)

Por:   •  7/3/2018  •  4.979 Palavras (20 Páginas)  •  498 Visualizações

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A brita, ou pedra britada, é um termo utilizado para denominar fragmentos de rocha dura, originários de processos de beneficiamento (britagem e peneiramento), extraídos de maciços rochosos (granito, gnaisse, basalto, calcário) com auxílio de explosivos.

Segundo (REIS, 2011), o setor de agregados para a construção civil (areia e brita) é constituído por cerca de 3.100 empresas produtoras – 2.500 de extração de areia e 600 de brita, a maioria de controle familiar. Este setor produziu em 2010, 631 milhões de toneladas de agregados, gerando 68.000 empregos diretos e mais de 100.000 indiretos.

2. OBJETIVO

O objetivo do Plano de Pesquisa a ser apresentado é definir os procedimentos e metodologia dos trabalhos de pesquisa mineral de GNAISSE para fins de utilização como brita na área objeto do presente requerimento de pesquisa, para comprovar a sua aplicabilidade como agregado para construção civil, englobando todos os aspectos geológicos e econômicos que possam contribuir para definir os mesmos, entre as substancias minerais que representam importante fonte de receita no quadro da economia mineral brasileira.

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3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

3.1 - LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO

A área está situada no local denominado xxxxxxxxxxxx, zona rural do município de xxxxxxxxxxxx, no estado do xxxxxxxxx, conforme indicado na Planta de Situação anexa.

O acesso pode ser feito partindo-se de xxxxxxxxxxxxxxxxx, chegando ao local do empreendimento.

Figura 01: Localização e vias de acesso. (Fonte: Google Maps).

3.2 - ASPECTOS MORFOESTRUTURAIS E CLIMA

A área é representada por um relevo com acidentes característicos proeminentes constituídos de inselbergs e cuestas, e ocorre em uma região conhecida como Patamares Escalonados Sul Capixaba. Localmente as cotas atingem a faixa de 300 a 400 metros sobre o nível do mar.

Os solos predominantes são classificados como Latossolo Vermelho Distrófico, com fertilidade variando de média baixa e PH em torno de 5,0. Possui 81,44% de suas áreas com declividade entre 30% e 100%

A rede de drenagem da região está subordinada à bacia hidrográfica xxxxxxxxxx, sendo localmente representada pelo xxxxxxxxxxxxxxx.

O clima é do tipo tropical úmido, proveniente de um regime pluviométrico bastante regular, apresentando duas estações: uma chuvosa de novembro a março, e outra estação seca longa de abril a outubro. A temperatura média anual varia em torno de 26,5 ºC, onde as máximas ocorrem no período de setembro a novembro, e atinge temperaturas acima de 29 ºC.

A vegetação local é bastante antropizada, composta e representada por uma vegetação raquítica, com espécies de médio porte, espinhosas, junto a qual tem-se uma vegetação rasteira, constituída dos mais tipos de gramíneas. Em locais acidentados, veem-se relíquias de uma mata rala predominantemente de encosta.

3.3 - CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

A região é marcada pela perturbação gravitacional de 1.350 M.A., que quebrou o ciclo de deposição do Arqueozóico e provocou a deriva dos escudos, onde, ao longo de suas plataformas, se depositaram os sedimentos correspondentes às formações proterozóicas inferiores e no decorrer do tempo, entre os escudos denominados ARQUI-AFRICA e ARQUI-BRASIL, foram dobrados os sedimentos proterozóicos, depositados ao longo dos referidos escudos, e os sedimentos arqueozóicos formando as cadeias de montanhas, que têm a direção atual de N-NE e S-SW. Com isso podemos explicar a intercalação de sedimentos proterozóicos, tais como, quartzitos, calcários e dolomitos entre as formações arqueozóicas: granitos, migmatitos, charnoquitos e gnaisses.

Deste modo, provavelmente depositou-se o espesso pacote de sedimentos, cobrindo todo o Estado do Espírito Santo e a parte leste do Estado de Minas Gerais. Das rochas metamórficas formadas nesta faixa, identificamos: quartzitos, calcários dolomíticos, mármores, etc. e lavas e/ou tufos vulcânicos do grupo basáltico que representariam os ofiolitos característicos de quase todas as bacias geossinclinais.

Estas rochas formaram corpos intrusivos nos próprios sedimentos da bacia, variando em composição mineralógica, desde anortozitos, em raras e delgadas faixas, até piroxenitos, sendo mais comuns os termos de composição gabro e diorito.

Perturbações gravitacionais posteriores afetaram a área, modificando a sua estruturação, reativando os processos magmáticos e metamorfizando, assim as formações existentes.

Durante o processo de granitização nas rochas pré-existentes, formaram-se os granitos pós-tectônicos descritos por G. Roiser. Emanações hidrotermais associadas ao processo penetraram pelas fraturas das rochas ou pelos planos de menor coesão, substituindo em parte os minerais das rochas primitivos ao longo do seu percurso, formando veios de quartzo e os famosos pegmatitos do vale do Rio Doce, Minas Gerais e da Zona Limítrofe do Espírito Santo.

O principal efeito, observado em grande escala e em quase todas as rochas da faixa, foi o processo metamórfico que vai desde a simples alteração parcial de um ou mais minerais das rochas primitivas, até uma completa regranitização ou regnaissificação dos gnaisses já existentes.

Gnaisses graníticos e kinzingíticos se alternam, pela alteração metamórfica de faixas, durante este último processo metamórfico.

3.3.1 - Estratigrafia

a) Associação Paraíba do Sul

A Associação Paraíba do Sul é representada por um conjunto de gnaisses e migmatitos, localmente com intercalações descontínuas de quartzitos, mármores, anfibolitos, gonditos meta e diatexitos, charnoquitos, rochas ácidas e básicas.

Os complexos que constituem áreas de predominância que as caracterizam, receberam as denominações seguindo a sua principal litologia. Assim, o Complexo Charnoquítico engloba não só os charnoquitos, como também os metamorfitos de composição intermediária a básica.

A Associação Paraíba do Sul e o Complexo Charnoquítico juntos, constituem a denominada série Paraíba Desengano de Rosier (1965), enquanto que o Complexo Migmatítico

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