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ESTAGIO SUPERVISIONADO DE VIVÊNCIA DO CURSO DE AGRONOMIA DO IFPA CAMPUS CASTANHAL

Por:   •  2/7/2018  •  4.637 Palavras (19 Páginas)  •  322 Visualizações

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No âmbito do IFPA, o curso de Agronomia do campus castanhal tem caráter diferenciado por seu currículo inovador, ao aderir a realização do estagio supervisionado de vivência a partir do terceiro semestre. No contexto das experiências já desenvolvidas, nota-se que as disciplinas de estágios supervisionados, se constituem como um dos principais elementos inovadores no currículo da agronomia do campus, respondendo em grande parte pelo caráter integrador e articulador no Projeto Pedagógico do Curso (PPC). E nesta direção, com base nas experiências já vivenciadas até aqui, pode-se afirmar que na formação de profissionais ligados às ciências agrárias é preciso se alicerçar na teorização, mas que esta precisa estar contextualizada e exercitada na experimentação e/ou na prática, dentro de uma abordagem metodológica orientada por um professor e equipe pedagógica.

Estruturado no PPC, no manual do estágio e no termo de referência, o estágio supervisionado de vivencia deve acontecer em estabelecimento rural, seja da agricultura familiar ou empresarial, atendendo os pressupostos a qual está inserido (eixos), devendo responder pela integração com as diferentes disciplinas (questões integradoras), sem essa observância o estágio perde a sua eficiência e funcionalidade, não cumprindo com o que é estabelecido com o PPC do curso (Principio da integração das disciplinas - articulação por eixos temáticos). Nesse contexto, dificilmente teremos uma abordagem sem que algumas concepções teórico-metodológica sejam apontadas para a construção e desenvolvimento da disciplina, como o perfil dos professores que serão lotados nas disciplinas, concebendo que nenhum estagio será igual ao outro.

3. OS MÉTODOS DE PESQUISAS E A PARTICIPAÇÃO DOS SUJEITOS?

As informações são coletadas através de métodos participativos ou observação direta e indireta, à nível familiar, comunitário ou empresarial, em reuniões com os gestores da propriedade ou estabelecimento, e através da pesquisa bibliográfica. Grande parte da análise deve ser conduzida através da consulta local e/ou reuniões com responsáveis pelas atividades existentes ou planejadas. Isso deve ser observado para que possam ser assegurado nas intervenções, análises utilizando adaptadas ao contexto local, motivando e fomentando a caracterização do sujeito na sua adaptação as condições, inerentes ao meio biofísico e de trabalho.

Dependendo de onde a vivencia seja feita, é importante assegurar que diferentes grupos sociais tenham o direito a palavra. A realidade do dia a dia é diferente para homens, mulheres, crianças e adultos, produtores/a, trabalhadores e dono/as do empreendimento. Isso se expressa através de vulnerabilidades e estratégias de adaptação. Por esse motivo vale a pena levar em consideração a organização das conversas e reuniões separadas para grupos diferentes, particularmente para homens e mulheres. Dependendo da situação também faz sentido realizar reuniões separadas com grupos diferentes de acordo com a sua idade, profissão ou meio de subsistência.

4. A DEFINIÇÃO DOS COMPONENTES DA OBSERVAÇÃO NO PRIMEIRO ESTÁGIO

O primeiro estágio supervisionado, realizado no terceiro semestre do curso, se ocupa em desenvolver competências de observação, cujo objetivo está em fazer caracterização do meio biofísico e do homem nos estabelecimentos agrícolas. Nesta direção, os estudantes serão conduzidos de maneira a aplicar os conceitos e definições apresentados durante a realização das disciplinas do primeiro eixo “Meio biofísico e o homem”, com base nos instrumentais desenvolvidos durante a fase preparatória do estágio. Na realização da vivência, os componentes definidos para a observação, serão divididos em duas categorias: o meio biofísico e a organização social no mundo do trabalho, apresentados de maneira esquemática, na forma de relatório de estágio.

Na fase de preparação, onde serão definidos os componentes da observação, os conceitos e definições, serão confrontados com a realidade de maneira integrada e participativa, permitindo o desenvolvimento de competências para a construção dos instrumentais que serão utilizados na vivência. Dessa forma, os componentes da observação serão escolhidos conforme a sua relevância para o entendimento e capacidade de aplicação, de acordo com os contextos desenvolvidos em sala de aula. Vale-se frisar que as disciplinas de estágios tem caráter dinâmico e participativo, para que seja possível adequar as metodologias aos diferentes momentos e realidades, por esse motivo incorpora um sistema de retroavaliação do método e do planejamento.

5. A DEFINIÇÃO DO ESPAÇO E DO TERRITÓRIO PARA O EXERCÍCIO DA VIVÊNCIA.

O espaço será compreendido como o meio biofísico do estabelecimento (condições de clima, solo, vegetação, recursos hídricos e Animais) e o território serão representados pelas relações de trabalho (caracterização da família ou do estabelecimento/empreendimento, do uso da mão de obra, tipo de atividade econômica desenvolvida, tipos de renda, da recreação, da diversidade religiosidade, da organização, etc.). Para efeito de estudo de caso, será feito uma descrição do espaço e de sua composição quanto a composição dos elementos biofícos, no segundo momento, será feita a caracterização do território pela observação do universo humano e sua organização.

5.1. OS MAPAS E AS MAQUETES

Os mapas serão utilizados para desenvolver a percepção da organização do espaço no estabelecimento, permitindo a análise das informações de maneira visual. Essa ferramenta pode ser desenvolvida de maneira participativa, com envolvimento da família e/ou dos gestores do estabelecimento, para ajudar a descrever os elementos de referencia que fazem parte do contexto do espaço como: uso do solo (US), rios, estradas, limites, comunidades, poços, construções, energia elétrica, fabricas, depósitos, etc. Nessa direção, outros elementos podem ser incluídos, como: uso e descrição dos recursos hídricos (rios e riachos com seus respectivos nomes, poções naturais e perfurados, canais de irrigação, aquedutos, represas, lugares onde de consumo da água, etc.), vegetação (área de preservação permanente, reserva legal, florestas nativas, florestas secundárias, plantios, porções de terra, etc.), zonas frágeis e com erosões, lugares de poluição (lavagens de veículos, roupa, resíduos sólidos, esgoto, área de tratamento de resíduo, balneários de animais, etc.), entre outros.

Materiais que

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