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Doenças do milho e manejo

Por:   •  12/10/2018  •  2.381 Palavras (10 Páginas)  •  298 Visualizações

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de espiga

Diplodia maydis – Podridão de diplodia

O sintoma se inicia pela base da espiga. Em espigas infectadas, as brácteas inferiores apresentam-se ligadas entre si devido ao crescimento do micélio do fungo entre elas. O fungo também cresce entre os grãos das espigas. Espigas severamente afetadas apresentam-se mais leves do que as sadias. Pequenos pontos pretos, os picnídios, podem ser observados no sabugo da espigo. Espigas infectadas no estádio leitoso dos grãos podem apodrecer completamente, enquanto infecções mais tardias proporcionam podridões menos severas.

Gibberella moliniforme – Podridão de Gibberella

Os grãos infectados apresentam, de início, alteração de cor, que pode variar do róseo ao marrom escuro, na parte superior do grão. Sobre a espiga, os grãos atacados podem apresentar-se isolados ou em grupo. Em estádio avançado, pode-se observar crescimento cotonoso de coloração branca, constituído de micélio e esporos do patógeno. Muitos grãos, de aparência sadia, levam o patógeno no seu interior.

Gibberella zeae – Podridão de Gibberella

A infecção começa pela ponta da espiga e progride em direção à base. Frequentemente, a palha apresenta-se firmemente ligada às espigas, devido ao desenvolvimento do fungo entre as brácteas interiores e os grãos. As estruturas do fungo podem ser observadas sobre e entre os grãos, variando de uma coloração avermelhada a marrom-avermelhada. As espigas atacadas no início de seu desenvolvimento podem apodrecer por completo.

Penicillium oxalicum

A principal característica de espigas infectadas por Penicillium é uma coloração verde-azulada entre os grãos e sobre a superfície do sabugo. Pode ocorrer escurecimento do grão na região do embrião, chamado de “olho azul” do milho. Estrias brancas na superfície dos grãos podem ser observadas. Estes sintomas são comuns em grãos armazenados sob condições de alta umidade.

Manchas foliares

Cercospora zeae-maydis – Cercosporiose

Os sintomas caracterizam-se por manchas de coloração cinza, predominantemente retangulares, com as lesões desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Com o desenvolvimento dos sintomas da doença, pode ocorrer necrose de todo o tecido foliar. Em situações de ataques mais severos, as plantas tornam-se mais predispostas às infecções por patógenos no colmo, resultando em maior incidência de acamamento de plantas.

Mancha Branca – Etiologia indefinida

As lesões brancas são, inicialmente, circulares, aquosas e verdeclaras (anasarcas). Posteriormente, passam a necróticas, de cor palha, circulares a elípticas, com diâmetro variando 0,3 a 1 cm. Geralmente, são encontradas dispersas no limbo foliar, mas iniciam-se na ponta da folha progredindo para a base, podendo coalescer. Em geral, os sintomas aparecem inicialmente nas folhas inferiores, progredindo rapidamente para as superiores, sendo mais severos após o pendoamento. Sob condições de ataque severo, os sintomas a doença podem ser observados também na palha da espiga. Em condições de campo, os sintomas não ocorrem, normalmente, em plântulas de milho.

Exserohilum turcicum – Helmintosporiose

Os sintomas típicos da doença são lesões necróticas, elípticas, medindo de 2,5 a 15cm de comprimento. A coloração do tecido necrosado varia de cinza a marrom e, no interior das lesões, observa-se intensa esporulação do patógeno. As primeiras lesões aparecem, normalmente, nas folhas mais velhas.

Bipolaris maydis - Mancha de Bipolaris maydis

O fungo B. maydis possui duas raças descritas, “0” e “T”. A raça “0”, predominante nas principais regiões produtoras, produz lesões alongadas, orientadas pelas nervuras com margens castanhas e com forma e tamanho variáveis. Embora as lesões sigam a orientação das nervuras, as bordas das lesões não são tão bem definidas como ocorre no caso da cercosporiose. As lesões causadas pela raça “T” são maiores, predominantemente elípticas e com coloração de marrom a castanho, podendo haver formação de halo clorótico.

Bipolaris zeicola – Mancha de Bipolaris Zeicola

Duas raças de B. zeícola são consideradas predominantes no Brasil, raças 1 e 3. A raça 1 desse patógeno produz lesões de coloração palha, formato de circular a oval e com formação de anéis concêntricos. A raça 3 produz lesões bem distintas daquelas produzidas pela raça 1. As lesões são estreitas e alongadas e com coloração castanho claro.

Stenocarpella macrospora – Mancha foliar de Diplodia

As lesões são alongadas, grandes, semelhantes às de Exserohilum turcicum. Diferem destas por apresentar, em algum local da lesão, pequeno círculo visível contra a luz (ponto de infecção). Podem alcançar até 10cm de comprimento. Em algumas situações, os sintomas são caracterizados pela presença de lesões estreitas e alongados. Apesar da variação sintomatológica, em todos os casos é possível verificar o ponto de infecção pelo patógeno.

Colletotrichum graminicola – Antracnose foliar do milho

As lesões foliares são observadas em plantas nos primeiros estágios vegetativos e, de modo geral, a antracnose é a primeira doença foliar detectada no campo. Os sintomas são caracterizados por lesões de coloração marrom escura e formato oval a irregular, o que torna, às vezes, difícil seu diagnóstico. Tipicamente, um halo amarelado circunda a área doente das folhas. Sob condições favoráveis, as lesões podem coalescer, necrosando grande parte do limbo foliar e surgem, no interior das lesões, pontuações escuras que correspondem às estruturas de frutificação do patógeno, denominadas acérvulos. Nas nervuras, são observadas lesões elípticas de coloração marrom avermelhada que resultam numa necrose foliar em formato de “V” invertido. Esses sintomas são geralmente confundidos com os sintomas de deficiência de nitrogênio.

Ferrugens

Puccinia polysora Underw. – Ferrugem Polissora

Os sintomas da ferrugem polissora são caracterizados pela formação de pústulas circulares a ovais, de coloração marron clara, distribuídas, predominantemente, na face superior das folhas.

Puccinia sorghi – Ferrugem Comum

A

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