As Leis de Kepler
Por: Juliana2017 • 4/11/2018 • 2.669 Palavras (11 Páginas) • 394 Visualizações
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[pic 40]
Deste modo, substituindo-a na equação (1.22):
[pic 41]
A equação (1.24) descreve a trajetória dos corpos celestes. Como mostrado no apêndice, se a excentricidade for , a órbita será de fato uma elipse tendo o Sol em um dos focos, como propõe a primeira Lei de Kepler.[pic 42]
Segunda lei de Kepler
“A taxa de formação da área definida pela trajetória, pelos vetores que unem os centros de massa do Sol e do planeta e um vetor fixo de referência é constante no tempo"
Na imagem abaixo vemos um sistema Terra-Sol. Nele mostra um deslocamento da terra em um período qualquer:[pic 43][pic 44]
[pic 45]
2- SISTEMA TERRA SOL- Imagem feita por compilador
A partir das propriedades de produto vetoriais já estudados anteriormente, vemos que a área do triângulo A destacado na figura acima é metade do módulo produto vetorial dos vetores Desta forma temos que:[pic 46]
[pic 47]
Sendo assim a área do triângulo é dada por:
[pic 48]
Adjacente a isso, temos que a variação da área percorrida em função do tempo é dada por:
[pic 49]
Fazendo um limite, na qual o tende a zero, temos:[pic 50]
[pic 51]
Ou seja, teremos com o desenvolvimento desse limite que :[pic 52]
[pic 53]
Dividindo e multiplicando por o lado direito da igualdade podemos a reescrevê-la como:[pic 54]
[pic 55]
Como já sabemos que o momento linear é o produto entre massa e velocidade, podemos reescrever a variação da área em função do tempo como:
[pic 56]
Como momento angular é dado por:
[pic 57]
Logo, podemos substituir (2.8) em (2.7):
[pic 58]
Como já explorado na primeira lei que não há variação do momento angular, ou seja constante, e também sabendo massa é igualmente constante ao longo do tempo, a variação da área em função do tempo é constante.[pic 59][pic 60]
Deste modo a partir do encontrado em (2.9) temos que os planetas varrem áreas iguais em tempos iguais.
Terceira lei de Kepler:
"A razão entre o cubo da distância média a do planeta até o Sol e o quadrado do período orbital é uma constante para todos os planetas"
Podemos usar a segunda lei de Kepler, mais algumas propriedades da elipse para definirmos a terceira lei. Sabemos que a área percorrida por um determinado planeta em um período será:
[pic 61]
Temos em mãos a segunda lei já definida:
[pic 62]
Assim podemos substituir (3.2 ) em ( 3.1) e já calcular a integral:
[pic 63]
Vamos relacionar a área encontrada com a nossa trajetória: Uma elipse. Sabemos que a área da elipse é , logo temos:[pic 64]
[pic 65]
Considerando que na elipse e , como demonstrado nos Apêndices, sendo a excentricidade, temos:[pic 66][pic 67][pic 68]
[pic 69]
E ainda, para a trajetória elíptica descrita pelos planetas, temos:
[pic 70]
A relação acima está demonstrada nos apêndices e . Logo podemos realizar as substituições ( i ) e ( ii ) em (4 ):[pic 71]
[pic 72]
[pic 73]
[pic 74]
Assim é possível visualizar que o período da trajetória será proporcional ao cubo do semi eixo maior da elipse. No caso da Terra em que a excentricidade é muito pequena, podemos aproximar a trajetória por uma circunferência e assim enunciar:
“O quadrado do Período de rotação é proporcional ao cubo do raio da trajetória”
Conclusão
Através do programa Newtoniano foi possível obter as três Leis de Kepler. Esse resultado era esperado, pois o programa Newtoniano, que descreve a relação entre corpos, as forças atuantes, e o movimento em resposta a essas forças, é capaz de prever trajetórias e comportamentos do movimento dos corpos e, em particular, descrever a mecânica dos corpos celestes a partir da gravitação universal. Os próximos passos seriam de verificar se o programa newtoniano é válido em todos os casos, ou se há movimentos celestes não completamente explicados pela mecânica clássica.
Apêndices
CÔNICAS:
Uma cônica é o lugar geométrico dos pontos de um plano cuja razão entre as distâncias a um ponto fixo (foco) e uma reta fixa (diretriz) é uma constante.
Façamos O o foco e d a diretriz e M um ponto genérico da cônica a ser definida. Então MH será a distância do ponto genérico à diretriz e OM a distância do ponto genérico ao foco, como ilustra a figura a seguir.
[pic 75]
Figura 3- Componentes de uma cônica – elaborada em compilador
Então:
[pic 76]
Na equação (1) a letra grega é denominada de excentricidade.[pic 77]
Neste caso, vamos utilizar um sistema de coordenadas polares, com a origem posicionada no foco O. Então, considerando a figura (1) podemos escrever os seguintes comprimentos em coordenadas polares:
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