Uma articulação do filme persona com as teorias da personalidade
Por: Hugo.bassi • 29/4/2018 • 1.070 Palavras (5 Páginas) • 395 Visualizações
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Enraizamento: Para superar perdas naturais, o homem necessita de novas raízes humanas para poder se reencontrar no mundo. As perrogativas da atitude a respeito do silêncio da atriz depois de ter interpretado muitas personalidades, giram em torno de que era uma defesa, o ego mediador da realidade permitiu tal ruptura e desequilíbrio.
Estrutura de Orientação: Os humanos precisam de um mapa, para mover-se ao longo do mundo em virtude de estarem separados da natureza. Elizabeth encontra essa estrutura ao ver seu marido conversando com Alma como se a enfermeira fosse sua esposa, e principalmente quando é revelado seu segredo (durante o confronto), contado por uma estranha.
Houve uma crise de identidade entre as personagens, tão grande que duas se tornaram uma, como diz Erikson em sua teoria que essa confusão se faz necessária não o seu excesso como no filme essa transcendência foi chocante, e frustrante.
Quando Alma confronta o motivo que levou Elizabeth ao surto, afirmando que esta era vítima da auto-realização, que na teoria organísmica em que o sujeito é motivado por uma pulsão soberana, a enfermeira acusa a atriz de ter feito a vontade de outros para atingir um objetivo que era só dela, a maternidade deveria ser uma escolha própria, e ao se limitar a cumprir esse titulo imposto pela sociedade ela começa a se perder, também declara que foi uma terrível fase para a sua paciente e que ela tem dificuldades em aceitar seu filho. Sua Auto-realização não caminhava para maternidade, sua verdadeira potencialidade ficou reprimida.
Depois dessa declaração vemos que ambas mulheres compartilham o mesmo fundo (teoria organísmica), elas foram contras aos laços maternos, elas compartilhavam figuras distintas que ocupavam a consciência de seu ser e prevaleciam sobre o fundo Alma através de um aborto espontâneo Elizabeth através da rejeição pelo filho. Esse fundo se manifesta tão intensamente que liga as duas personalidades em uma única face, como se fossem duas personas de uma mesma pessoa.
O desfecho do filme pode ser explicado através da Equalização da tensão, (descrita na teoria organísmica) apresentando a centração do organismo permitindo que ele desempenha efetivamente seu trabalho de lidar com o ambiente e de realizar-se com a sua natureza, em Persona, após o confronto direto que ligava as duas personalidades em uma, possibilitou essa separação na qual o individualismo assumiu forma ativa assim se encerra o filme com Alma e Elizabeth voltando a seu cotidiano.
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