Trabalho Sobre o Holocausto Brasileiro

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Muitos crimes se passaram dentro do Colônia. A forma como tratavam os pacientes era sem dúvida semelhante ao que faziam nos campos nazistas, na Alemanha. Os eletrochoques não eram somente tratamento, eram também castigos. Castigos estes que muitos não sobreviviam. Quando morriam também não eram desperdiçados. Vários corpos eram vendidos para as faculdades de Medicina onde serviam de estudo. Tudo era aproveitado, até a morte.

Ainda há muito que ser mudado na forma de tratar qualquer tipo de paciente. A humanização deve ser aspecto fundamental e indispensável para a formação de qualquer profissional, principalmente do profissional de saúde. Fraga, Alves e Braga (2006) afirmam que as universidades tem oferecido a muitos cursos disciplinas que são voltadas a discutir questões de saúde mental. O objetivo é oferecer qualificação e trabalhar o reconhecimento do doente mental, para que muito mais que um tratamento digno, ele possa ter melhor reinserção na sociedade atendendo sempre as leis da Reforma Psiquiátrica.

O hospital Colônia tem sido referência para muitos estudos, mostrando a realidade de uma instituição que necessitou de uma Reforma para acabar com a forma incontestável como eles tratavam os supostos loucos. Vem nos trazer a reflexão de fazer um diagnóstico certo antes de atribuir doença mental a um indivíduo. Abre nossos olhos para melhor tratar um paciente e um ser humano, seja ele normal ou fora das normas. Normas essas que não se discute. Cada ser humano é dono de suas escolhas e vontades, sendo responsável por seus atos. O normal e o anormal devem ser livres e não jogados em hospitais psiquiátricos para serem tratados dessa maneira. Permite-nos refletir também que ainda há muito que ser mudado, pois não faz muitos anos que essa Reforma foi estabelecida. Maus tratos ainda acontecem e pacientes ainda são jogados em instituições despreparadas para atendê-los.

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

BASTOS, O. Primórdios da psiquiatria no Brasil. Revista de psiquiatria, p. 154-155; 29(2), 2007.

FRAGA, M. de. N. O; ALVES, A. M. S; BRAGA, V. A. B. Reforma Psiquiátrica Brasileira: muito a refletir. Acta Paul Enfermagem, p. 207-211. Fortaleza, 2006.

SPADINI, L. S; SOUZA, M. C. B. M. A doença mental sob o olhar de pacientes e familiares. Revista de Enfermagem, 40(1), 2006.