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Resumo de Psicologia dos Grupos

Por:   •  11/12/2018  •  4.039 Palavras (17 Páginas)  •  379 Visualizações

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COMUNICAÇÃO: O aspecto de comunicação verbal dentro de um grupo merece atenção especial, pois aponta para a possibilidade de que o discurso esteja sendo usado de fato não para comunicar algo, mas que ele esteja à serviço da incomunicação.

ATIVIDADE INTERPRETATIVA: é de uso mais restrito às situações psicanalíticas de acesso ao inconsciente individual e grupal. Existe a possibilidade de uma violência de interpretação, onde o grupoterapeuta impõe seus próprios valores e expectativas sobre o grupo, ou aponta verdades doloridas sem uma sensibilidade amorosa.

FUNÇÕES DO EGO: A depender da situação do campo grupal, surgem as funções do ego (percepção, pensamento, conhecimento, juízo crítico etc.). A essência de uma terapia de casal ou família, por exemplo, consistem em ensinar os participantes a usarem tais funções de saber escutar, ver e pensar no outro, e nas experiências emocionais pelas quais estão passando.

PAPÉIS: a transparência do desempenho de papéis por parte de cada um dos componentes é importante. É dever do coordenador do grupo estar atento à possibilidade de estar ocorrendo uma fixidez e uma estereotipia de papéis patológicos, como se os integrantes estivessem programados a vida toda para agirem de tal forma.

VÍNCULOS: Bion introduziu o importante vínculo do conhecimento, que possibilita um melhor manejo técnico com os problemas ligados às diversas formas de negação que explicam a gênese de muitos quadros de psicopatologia, favorecendo também ao técnico uma maior clareza na compreensão da articulação das verdades, falsidades e mentiras no campo grupal. Existe o vínculo de reconhecimento, ao qual permite o coordenador saber qual dos indivíduos necessita ser mais reconhecido pelos demais.

TÉRMINO: Designa duas possibilidades: uma de que o grupo termine ou pela dissolução dele (determinada pessoa encerra a sua participação). Saber terminar algo representa um significativo crescimento mental. O coordenador deve ter uma fundamentação teórica que possibilite uma definição de critérios de término e um manejo adequado para cada situação em particular.

ATRIBUTOS DE UM COORDENADOR DE GRUPO: Além dos conhecimentos necessários, habilidades e atitudes, é de suma importância que o coordenador: goste e acredite em grupos, seja capaz de conter as angústias dos outros e as suas próprias, tenha empatia, saiba discriminar identificações projetivas e introjetivas, abra espaços para neo-identificações e neo-significações, seja verdadeiro, fique atento às comunicações, tenha senso de humor e saiba integrar as informações emitidas pelo grupo sem artificialismos forçados.

Capítulo 3 – Atributos Desejáveis para um coordenador de grupo.

Segundo Zimerman (1997), o termo “coordenador” está sendo empregado no livro de uma maneira mais ampla, e sem maiores formalismos, passando por grupos especialmente organizados para determinada tarefa – como uma atendente com um grupo de bebês de uma creche - até a situação mais sofisticada e complexa, como por exemplo, um grupoterapeuta coordenando um grupo psicanalítico. O autor ainda ressalta a importância do papel de figura transferencial que o condutor de grupo representa e também que os requisitos que serão citados em tópicos a seguir devem ser entendidos ao natural e não configurando ao coordenador de grupo uma condição de “super-homem”.

Gostar e acreditar em grupos: Destaca-se a importância de o profissional gostar da atividade que exerce, caso contrário ele trabalhará infeliz e o seu desgaste será muito grande, prejudicando sua vida pessoal e a execução de suas tarefas. Porém, quando se trata de um coordenador de grupos obtém uma relevância especial, pois o mesmo entende com mais facilidade o que lhe é passado, cabe também deixar claro que o fato de o coordenador gostar de trabalhar com grupos de modo algum exclui o fato de vir a sentir transitórias na ansiedade, cansaço, descrenças, etc.

Amor às verdades: É uma qualidade indispensável para qualquer coordenador de grupo – principalmente para o psicanalítico – pois a verdade é o caminho rígido para a confiança, a criatividade e liberdade. Quando se diz “verdade” é necessário ressaltar que não há uma busca por uma verdade absoluta e sim que o coordenador precisa ser verdadeiro. O que não possuir este atributo terá dificuldades em discriminar entre verdades, falsidades e mentiras que ocorrem nos campos grupais. No caso de grupos psicoterápicos, o coordenador deverá ter um dever ético, pois somente com um “amor às verdades”, por mais complicadas que sejam, os pacientes conseguiram fazer uma verdadeira mudança interna. Tendo uma atitude verdadeira no grupoterapeuta, modelará uma formação de um clima leal, franco, entre os membros que partilham uma grupoterapia.

Coerência: Existem algumas propriedades que compõem uma posição de um coordenador, que permeia uma conduta do mesmo. Trataremos de uma das faculdades constituídas pelo coordenador, que é a coerência. Essa palavra, coerência, remete a uma harmonia entre dois fatos ou duas ideias, trazendo para uma lógica no âmbito do coordenador. É uma ferramenta importante que deve ser usada com cautela. Ser incoerente em um grupo ou na relação pai e filho são considerados “normais”, pode estar presente na conduta, porém, essa mesma incoerência pode levar o indivíduo ao estado confusional, o que não promove a ele uma construção saudável de suas faculdades e um estado de confiança.

Senso de ética: A questão da Ética, como um atributo para um coordenador de grupos, se dá na questão do Coordenador não ter o direito de invadir o espaço dos outros, lhes impondo sua questão de valores e expectativas. E sim propiciar uma liberdade para todas as pessoas envolvidas, desde que essa liberdade não invada o espaço de outro. O Coordenador deve manter a questão de Sigilo e respeito com todos os envolvidos.

Respeito: É a capacidade do coordenador de grupo enxergar as pessoas do grupo com outros olhos, com outras perspectivas, sem enxergar os rótulos que lhes foram impostos.

Paciência: Deve ser entendida como uma atitude ativa, como um tempo de espera necessário para que uma determinada pessoa do grupo reduza sua possível ansiedade paranoide inicial, adquira confiança basal nos outros e assim por diante.

Continente: alude a capacidade que uma mãe deve possuir para acolhere conter as necessidades de um filho. A capacidade do coordenador de grupo funcionar como um continente é importante por 3 razões: Permite que ele contenha as emoções fortes que podem emergir no campo grupal,

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