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Resumo: Rubens Alves ao escrever essa história nos presenteou com um esclarecimento pedagógico.

Por:   •  28/4/2018  •  1.542 Palavras (7 Páginas)  •  330 Visualizações

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quando adulto.

São apresentados professores específicos para cada matéria e Felipe não entende o porquê disso, o porquê cada um só tem conhecimento em determinada matéria.

Felipe se questiona o porquê de o método tradicional acreditar que todos os alunos devem aprender o mesmo assunto e somente é considerado bom, inteligente, aquele que aprender primeiro.

Felipe inicialmente era uma criança curiosa, que não se encaixava nos padrões tradicionais, porém, ao sofrer a pressão dos pais, dos professores e da sociedade em geral, ele parou de se questionar sobre o que lhe interessava e começou a se dedicar ao que era imposto pelos “homens inteligentes do governo”, assim se destacando na sala, na universidade e na profissão que escolhera, pois lhe traria prestígio e retorno financeiro, como ensinado pelos pais.

Ao exercer sua profissão, ele nota que existe um vazio que só é preenchido quando descobre que sua curiosidade não pode ser deixada para trás, que o Felipe criança-questionador é o seu verdadeiro eu, e quem lhe trará as maiores realizações, independente do “nome que ele adquiriu” ou “de quem ele se tornou ao se formar”, será o Felipe criança e seus pássaros.

2.2 Abordagem comportamental:

Segundo Skinner, a inteligência é um organismo que se adapta a estímulos externos e se considera mais inteligente quem responder melhor.

A escola e os pais são responsáveis em criar crianças que se adequem aos padrões comportamentais aceitos pela sociedade.

Felipe desde pequeno já demonstra ter um conhecimento básico, mas que “não seria o suficiente” para que ele tivesse uma profissão, ele precisava aprender o que estava no programa desenvolvido e aplicado pelos professores na escola, para que ele fosse moldado de acordo com o que a sociedade exige.

Ao questionar a professora sobre o dígrafo ela só consegue lhe responder que é necessário para o vestibular. Felipe então percebe que a professora não sabe o porquê, que ela somente o ensina, pois está no programa de aprendizado que deve ser aplicado aos alunos.

Em certo ponto Felipe percebe que se ele não responder ao direcionamento que recebe na escola, ele não terá boas notas e não dará orgulho aos seus pais que estão se esforçando para que ele tenha uma boa escola.

Na abordagem comportamentalista o aluno é preparado para a sociedade e percebemos isso quando Felipe foi para a escola e teve que seguir um programa de aprendizado sem que fosse levado em conta o que ele gostava, sendo assim preparado para a realidade, para a sociedade pela qual ele será influenciado e aí sim poder fazer escolhas do que gosta dentro da realidade em que vive.

2.3 Abordagem Humanista.

Na abordagem humanista o ensino é centrado no aluno, o professor não transmite o conhecimento, ele dá assistência, sendo assim um facilitador.

A experiência vem do meio, pois cada um é um ser único e está em constante processo de descobrimento.

Felipe era uma criança extremamente curiosa e se sua escola segue uma linha humanista, ele teria se desenvolvido e suas questões seriam respondidas o levando a questionar cada vez mais e buscar mais conhecimento, seu aprendizado seria diferente e mais prazeroso.

No livro percebemos que Felipe em momento algum teve contato com essa abordagem, pois seus questionamentos quase sempre não eram respondidos ou incentivados, o que ele escutava é que a escola lhe ensinaria tudo que fosse necessário.

Felipe tinha uma curiosidade que se destacava que eram os pássaros, e dizia que queria estudar, ter boas notas e conseguir seu diploma, no qual estaria escrito “cuidador de pássaros”, porém, ele não conseguiu desenvolver essa habilidade, pois não fazia parte do programa de aprendizado.

Ao questionar sua professora de português, que era quem sabia de nomes, qual o nome do pássaro que ele encontrará no caminho para a escola, ela respondeu que aquilo não estava no programa.

Ele entrou na escola e se sentiu decepcionado ao ver que seus questionamentos não seriam respondidos e que ele teria que aprender coisas que não eram de seu interesse. Ao perceber a necessidade disso, colocou seus sonhos e suas necessidades de aprendizado em segundo plano e se adequou aos padrões da sociedade, parou de questionar, começou a seguir o programa de aprendizado, estudou muito para não decepcionar os pais, teve boas notas, se formou na escola, entrou em uma boa faculdade, se tornou um PHD em aves, mas sem satisfação no que exercia.

E para entender o motivo de sentir um vazio, sendo que havia feito tudo que lhe foi exigido pela sociedade, foi procurar um psicanalista.

Entende-se nessa abordagem que se Felipe recebesse o estímulo necessário, ele teria se tornado um adulto que encontraria satisfação na profissão que escolhera exercer, portanto seria mais feliz.

Pois essa escola defende a ideia de que o ser não é apenas fruto do meio, que se deve respeitar a individualidade de cada um, colocando o aluno como centro do saber, podendo questionar e opinar no que lhe é transmitido, identificar o que mais lhe atrai e que caminho seguir, tudo de acordo com suas experiências de ensino.

3. Conclusão

Avaliando o livro entendemos que o autor nos ajuda a enxergar como uma criança pode ser afetada ao ser inclusa em um método de ensino que não considera os seus questionamentos, o seu potencial e a criatividade que toda criança tem.

Felipe nos mostra a visão da criança sobre esse método de ensino.

Ele cresce fazendo perguntas

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