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Resenha Medo da Vida

Por:   •  9/6/2018  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  517 Visualizações

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Lowen escreve que as pessoas adotam papéis sociais, conforme suas posições sociais ou atividades desempenhadas por elas. No passado as pessoas representavam papéis na vida social sem haver identificação. Atualmente muitas mães adotam o papel de amiga da filha e o pai de companheiro do filho, aumentando a competitividade entre pais e filhos do mesmo sexo, provocando o ciúme. Resultando em um papel neurótico e rendido de sua autenticidade, onde a criança era submetida ás exigências dos pais, sentindo-se ameaçada a castração.

Houve também a perda da autenticidade por troca de poder e de dinheiro. Qualquer pessoa que consegue uma imagem pública se destaca da massa e cria-se uma imagem de sucesso. Mas o preço muitas vezes é o sofrimento. Não pelo medo da morte, mas de viver que se torna um tormento. Mas embora sofrendo, em público mantém a imagem de felicidade, sofre interiormente por não ser mais uma pessoa autêntica.

Lowen cita uma paciente bem-sucedida que demonstrava uma pessoa com pose, sofisticada, mulher experiente e vivida. Mas o seu interior era cheio de dor e desespero. Mas a sua luta era para ser amada e quanto mais ela lutava mais se afastava do amor. O que ela precisava era parar e aceitar seu desespero, e foi isso que Lowen falou para ela. Após ela entender, desabou em choro, mas não era um choro de frustração, nem de desespero. O choro era motivado por uma tristeza interna. Toda essa máscara de felicidade era para suprir a falta de amor que teve dos pais, que só lhe davam carinho quando ela era boazinha. Lowen em terapia ajudou a paciente a abrir sua garganta e clarear suas ideias através do grito, ele pontua que a autenticidade está relacionada com a voz.

CRITICA DA RESENHA;

O autor fala sobre como adquirimos nossas máscaras, e da dificuldade que temos em larga-las, pois elas estão no inconsciente, mas que em terapia podemos nos tornar um ser autêntico.

Com estilo objetivo e claro o autor elucidou que usamos máscaras e adotamos diversos papéis, porque temos medo de sermos nós mesmos e com isso sermos criticados pelos outros. Essas máscaras são adquiridas na infância, onde a usamos para agradar ao pais. E continuam sendo usadas até mesmo na vida adulta, onde ao adotarmos esses papéis, deixamos de sermos nós mesmos.

Carregamos conosco um caráter, e o que queremos senão que este seja vivido de forma positiva e que nos leve a nos livrarmos de um sintoma perturbador. Se usarmos de nossas capacidades e sermos nós mesmos, nos aproximaremos de nosso verdadeiro ser. Só nos tornaremos melhores no que somos e fazemos quando assumirmos de fato quem realmente somos, e deixarmos de usar máscaras e papéis, para nos escondermos de nossos sofrimentos e medos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

LOWEN, Alexander. Medo da Vida: Caminhos da realização pessoal pela vitória sobre o medo. Trad. Maria Silvia Mourão Netto. São Paulo. Summmus, 1986.

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