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RELATÓRIO PARCIAL DO ESTAGIO SUPERVISIONADO EM PRÁTICAS SOCIAIS E SUBJETIVIDADE

Por:   •  12/10/2018  •  1.630 Palavras (7 Páginas)  •  762 Visualizações

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METODOLOGIA

Para a realização do trabalho utilizou-se a técnica da observação simples, onde é dada ao pesquisador a possibilidade de observar de maneira espontânea os fenômenos a serem pesquisados. A observação caracteriza-se pela coleta de dados que permite a socialização e consequentemente a avalição do trabalho do pesquisando.

As informações obtidas através da observação colocam o pesquisando sob a influência do que acontece na realidade, e não sob a influência de suposições, interpretações e/ou preconceitos, tais informações são mais objetivas do que as informações obtidas através da observação do senso comum. A observação pode ser utilizada em diferentes situações de aplicação da psicologia.

As observações foram realizadas por um grupo de três alunas/estagiárias e ocorreram da seguinte forma: as observadoras mantiveram-se nos locais públicos, tais como, praças públicas e brinquedotecas públicas e praças de alimentação. As alunas/estagiárias permaneceram do fenômeno a uma distância de aproximadamente cinco metros. Ao realizar as observações, as alunas/estagiárias buscavam identificar o fenômeno de atividades humanas, por meio da comunicação verbal e não verbal. Cada observador apresentou-se em lugares distintos em diversas datas e horários. As observações tiveram a duração de uma hora no máximo por dia, totalizando 20 horas para cada observador.

Para a coleta de dados, as observadoras utilizaram instrumentos como: prancheta de madeira e/ou acrílico, papel, caneta, lápis e borracha, além de aparelhos de celular com câmeras para fotografar detalhes do ambiente.

Para a técnica de registro das informações, cada integrante do grupo realizou relatórios com a descrição do fenômeno tal como se apresentava, bem como, suas percepções com relação ao mesmo.

Os temas foram analisados segundo nove categorias criadas pelas alunas/estagiárias. A definição pelo tema seguia o nível de prevalência no decorrer do episódio.

Para a análise dos dados foi realizada uma pesquisa na mídia sobre o fenômeno de lazer. Os meios de comunicação consultados foram: sites de revistas, reportagens, noticiários, etc. Foram selecionados apenas conteúdos que fizeram referência ao fenômeno do trabalho, a partir da leitura e/ou da escuta atenta.

Para a avaliação dos resultados coletados junto ao discurso veiculado á mídia, foi usada a abordagem Psicanalítica, focando aspectos primordiais dos teóricos apresentados na forma textual, objetivando-se assim, construir um quadro teórico de referência para análise e discussão dos dados.

DISCUSSÃO

Conforme pesquisa em alguns veículos de mídia (televisão, rádio, revistas, jornais e sites) o Lazer, que vem do latim ‘licere’ – ser lícito, ser permitido -, é normalmente definido como uma série de atividades que o ser pode praticar em seu tempo livre, ou seja, naquele momento em que não está trabalhando, em tarefas familiares, religiosas ou sociais, e que lhe proporcionam prazer. Neste contexto ele tem a oportunidade de relaxar, descansar, se distrair, exercer alguma forma de recreação.

É preciso não esquecer, porém, que o Lazer não é apenas um grupo qualquer de ocupações sem propósito algum senão preencher o tempo livre do sujeito. Ele pode e deve, como a animação cultural, ter uma conotação crítica e até mesmo transformadora da ordem instituída, mesmo que isso implique em desconstruir antigos mitos e convenções.

Winnicott, (1927) lazer e prazer são palavras que rimam e se assemelham no significado, mas não se substituem. É muito mais fácil conquistar o lazer do que o prazer. Lazer é assistir a um show, cuidar de um jardim, ouvir um disco, namorar, bater papo. Lazer é tudo o que não é dever. É uma desopilação. Automaticamente, associamos isso com o prazer: se não estamos trabalhando, estamos nos divertindo. Simplista demais em primeiro lugar, podemos ter muito prazer trabalhando, é só redefinir o que é prazer.

Segundo uma das observações feita pelo grupo, podemos observar sinais de ansiedade e inquietude devido a alguns comportamentos como levantar-se por diversas vezes, beber água, ir ao banheiro. Quem aparentemente olha essa mulher apenas com uma visão rápida sem ser de observador, acha que ela está tranquila lendo um livro, porém, o livro que ela está lendo, sendo um romance com drama, percebe-se que o comportamento dela é inquietude, como se ela estivesse ansiosa lendo o livro, ou seja, ao contrário do que seria pra ser uma leitura, várias vezes se levantou, bebeu agua, comeu, voltou a ler, mordia os lábios, como se ela estivesse ansiosa com o conteúdo no livro, ou, tentando se distrair com o livro, mas, ansiosa e inquieta por outro motivo, ou podemos até mesmo interpretar como uma angustia, talvez até mesmo pelo fato do livro ser um livro que relata a história de uma garota com câncer que se apaixona por um garoto que também tem câncer, hipoteticamente falando. Para a psicanálise, a ansiedade conforme HANNS, 1996, p. 65 se refere a expectativa. Uma expectativa inquieta por algo que ocorrerá. Podendo ser por uma alegria ou por uma ameaça ou simplesmente pelo desenlace de algo, ou seja, o livro pode ter a deixado ansiosa por saber que algo ruim que possa acontecer no livro, ou um tipo de projeção que ela tenha feito em relação ao livro e a ela. A angustia, para Freud após 1925, se refere com frequência as suas duas teorias, embora até certo ponto as teorias se superponham e entrelacem. Até 1925 o termo Angst é entendido como o efeito de um excesso de estímulos (Reize) represados devido a não satisfação pulsional. O sujeito impedido de descarregar a libido sexual sobre sob o acúmulo de excitações, as quais, para conseguir se fizer descarregar, se transformariam em sintomas de medo (ou angustia, ansiedade).

CONCLUSÃO

O objetivo do trabalho é desenvolver a técnica observacional, para que podemos aperfeiçoa-la, sendo fundamental na prática clinica. Não é somente observar e interpretar, mas nos ajudar a entender melhor as situações que acontecem a nossa volta e que muitas vezes passam desapercebidas pela correria do dia a dia.

Por fim, o exercício de entrar em um contexto para a observação foi produtivo e promissor, pois ainda que sejamos influenciados pelos nossos conhecimentos e conceitos prévios, devemos ter em mente que a nossa atenção

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