Relatório Final, apresentado como requisito parcial do Estágio Supervisionado do Curso Técnico em Agropecuária
Por: eduardamaia17 • 6/5/2018 • 2.075 Palavras (9 Páginas) • 492 Visualizações
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Segundo Marco Almeida as maiores ameaças sanitárias às granjas estão Circovirose, Diarreia Neonatal, Parvovirose, Erisipela, Rinite Atrófica e Pneumonia Enzoótica, estas doenças estão entre as que mais geram perdas de produtividade e consequente prejuízo financeiro ao produtor. Para evitar esses prejuízos deve se fazer prevenção com vacinas, as quais devem ser aplicadas nos animais quando estão em suas características normais, sem estar sofrendo estresse de qualquer tipo de estresse para que haja efeito. Existem vários tipos de vacinas elaboradas de acordo com as necessidades, as quais para incentivam o corpo a produzir anticorpos, entre elas estão:
Atenuada: feita com bactérias ou vírus vivos, porém cultivados em condições adversas, de forma que perderam a capacidade de provocar a doença. Esse enfraquecimento pode ser obtido, por exemplo, provocando mutações que interfiram em processos essenciais para o desenvolvimento do microrganismo.
Inativada: é composta por vírus ou bactérias que foram mortos por processos químicos ou físicos, como por radiação, calor ou tratamento com formaldeído.
Conjugada: algumas vacinas são produzidas utilizando componentes específicos do agente patogênico, como uma proteína ou carboidrato, capazes de produzir uma resposta imunológica.
Quando o componente utilizado é um carboidrato, para que este seja detectado pelo organismo precisa estar “acoplado” (conjugado) a uma proteína.
Combinada: apresenta antígenos (moléculas presentes nos vírus e bactérias e que disparam a reação imunológica) de mais de um agente infeccioso, protegendo contra diferentes doenças com apenas uma aplicação.
Autógena: desenvolvidas a partir de isolamento do agente bacteriano causador do problema, desta forma, as vacinas autógenas são preparadas especificamente com o micro-organismo isolado na propriedade.
Para uma boa eficácia da vacina deve-se mante-la uma área limpa para armazenamento, utilizando um refrigerador com bom funcionamento, limpo e de uso exclusivo para vacinas, sem ser armazenados outros produtos, como comida e bebidas. Além disso deve se descongelar o refrigerador regularmente, para evitar o entupimento das mangueiras com o excesso de gelo, o que prejudica a manutenção da temperatura adequada a qual é de 2 a 8°C (não se pode permitir que as vacinas congelem por que isso compromete a eficácia), que deve ser mantida regularmente com ajuda de um termômetro. É interessante que se use o sistema PEPS ( primeiro a entrar, primeiro a sair) para evitar o vencimento dos produtos, e caso estiverem vencidos deve se descartar imediatamente.
Para não haver sobras de vacinas ou até mesmo a falta, deve se comprar frascos/pacotes adaptados com o numero de suínos que irão ser vacinados no mesmo período, levando em consideração a dose usada em cada leitão.
Para uma boa vacinação também deve se levar em conta as seringas e agulhas, que devem estar em bom estado, retas, limpas e afiadas,e do tamanho do suíno vacinado, sem qualquer resíduo químico (desinfetantes).Em leitões de engorda se utiliza seringa automática (revolver) figura 1, á nas porcas utiliza se também pistola automática de doses ambos com seringas descartáveis, Figura 2.
Figura 1. Seringa automática de vacinação de leitões conforme orientação a aplicação em via intra-muscular, 2cm atras da orelha, e 3 abaixo da linha da coluna.
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(STRENSKE,2016)
Figura 2. Aplicação de vacina via Intra-muscular em marrã,também utilizada em cachaço, conforme orientação de 10 cm atras da orelha e 10 cm abaixo da linha da coluna.
[pic 2] [pic 3]
(STRENSKE,2016)
Seringas e frascos devem ser descartadas em local adequado. Limpando bem o equipamento após cada sessão de vacinação, esterelizando o equipamento de inoculação, em água fervente, autoclave, incubador químico ou solução desinfetante (enxágue e seque antes de usar novamente), e armazene o equipamento em armário limpo.
Programas eficientes de vacinação devem ser baseados na recomendação do médico veterinário e nas enfermidades que acontecem em cada sistema de produção e na distribuição das doenças durante o ciclo de produção, como por exemplo, algumas vacinas são feitas em marrãs para evitar que o leitão tenha alguma enfermidade. Cada produtor deve ter seu plano de vacinação, o qual deve estar prescrito a vacina que cada animal receberá, e a quantidade de animais que serão vacinados, um exemplo é a tabela 1.
Tabela 1. Mostra as doenças, seus sintomas e quais animais devem ser vacinados, além da época.
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(SOUZA, S/A)
Quando feita a vacinação, se correta, começara a surgir efeito conforme cada vacina e sua fabricante.
Mycoplasma hyopneumoniae: é uma vacina contra a Pneumunia Enzótica, ela pode ser aplica em uma dose só (2 ml), pomo pode ser aplicada de 2 doses (1ml) com o intervalo de uma semana, e protege o animal até 4 meses após a vacinação.
Essa é uma doença respiratória que é mais comuns em suínos de terminação. Em animais infectados em alguns casos, ocorre corrimento nasal mucoso, tosse, e, posteriormente, observam-se animais com pouco desenvolvimento, pelos arrepiados e sem brilho, sendo comum a diferença de peso entre leitões da mesma idade. Sintoma no pulmão pode ser verificado por necropsia, conforme figura 3.
É formulada à base de antígeno de Mycoplasma hyopneumoniae (agente etiológico da doença) inativado e adicionado de Immuneasy, adjuvante especial para induzir imunidade de longa duração.
Figura 3. Suíno em fase de terminação apresentando sinais em necropscia de lesão (pulmões com caroços escuros-vermelho escuro).
[pic 6]
(STRENSKE,2016)
Circovirose Suína (PCV-2): É Causa por um vírus, atinge principalmente suínos após o desmame, a partir das sexta semana de vida e se observa retardo no crescimento, anemia, podendo evoluir para a morte. É uma doença que mais faz animais de refugo, é dada pelo fato dos animais confinados morrerem ou ficarem pequenos e fora do padrão de peso para a idade ,devido ao ataque de várias bactérias oportunistas,
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