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Psicalise Vida e Apego

Por:   •  2/4/2018  •  1.784 Palavras (8 Páginas)  •  241 Visualizações

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Nesta fase, segundo o psicanalista, "torna-se evidente o apego do bebê

à figura materna".

4ª fase: parceria de objetivos corrigidos para a meta a par da existência de

modelos internos do self, do comportamento e da figura de vinculação, dos 24

aos 30 meses. A quarta fase, denominada de Fase de formação de uma parceria

corrigida pela meta, na qual a criança passa a adquirir um discernimento

intuitivo sobre os sentimentos e motivos da mãe, estando aí lançadas as

bases para um relacionamento mútuo e muito mais complexo, denominado, pelo

psicanalista, como "parceria".

Em seus comentários esparsos em várias obras, destaca "a separação de uma

pessoa em particular não é um problema para o bebê nestes dois estágios (1 e

2), desde que suas necessidades sejam satisfeitas. No próximo estágio, às

vezes chamado de definição do apego (dos 6 meses até os 24 meses), o bebê

chora e exibe outros sinais de sofrimento, quando separado do responsável ou

da mãe".

Voltando a citar Bowlby, este afirma que "é evidente que não existe apego

na fase 1, ao passo que é igualmente evidente sua existência na fase 3",

deixando de afirmar, com a mesma intensidade acerca da ocorrência ou não de

apego na fase 2, relegando a conclusão às formas de conceituar

apego.

A teoria da vinculação nasceu dos estudos de John Bowlby com crianças que

foram separadas das suas famílias na Segunda Guerra Mundial.

Muitas destas crianças não teriam a designada "base segura", a qual permite

ao bebê explorar com mais confiança o meio, dado que possui uma

representação mental positiva de relação, crucial para futuras relações com

o ambiente.

Nos anos 40, John Bowlby, provocou controvérsias ao declarar que a falta de

amor e de cuidados maternos na criação de um indivíduo fazia com que este

fosse incapaz de amar pelo resto de sua vida. Diz Bowlby: “o que acho

essencial para a saúde mental é que o infante possa experimentar uma relação

contínua, cálida e íntima com sua mãe ou substituta materna permanente, na

qual ambos possam encontrar satisfação e gozo. Muitos tipos de problemas

psíquicos e de caráter podem ser atribuídos tanto à falta de cuidados

maternos quanto à descontinuidade nessa relação”.

Bowlby opina que a base para o desenvolvimento humano adequado é uma

sensação de confiança na disponibilidade das pessoas com quem mantemos os

primeiros laços afetivos, confiança que se desenvolve lentamente através da

infância e da adolescência. Essa disponibilidade consiste em uma resposta

constante às suas necessidades afetivas, carícias, compreensão, companhia,

comunicação e atenção.

Bowlby considera fundamental para a saúde mental da criança o

estabelecimento de relações afetivo-sociais, ou de apego. Em seus escritos,

ao discorrer sobre o desenvolvimento da primeira relação de apego, ele

restringe a escolha do bebê à mãe ou à figura materna (dentre possíveis

outras que participem ativamente do cotidiano do bebê) e estabelece como

condição à vinculação a existência de um relacionamento contínuo entre ela e

a criança. Separações entre a dupla e mudanças repetidas de contexto são

consideradas um risco para a relação. Logo, o lar coloca-se como o ambiente

desejado e possível para o desenvolvimento nos dois primeiros anos de vida.

Quanto às relações de apego da criança de um modo geral, Bowlby distingue

seus parceiros de forma hierarquizada: têm-se a figura primária (figura

materna) e as figuras subsidiárias de apego. Estas últimas podem

complementar e enriquecer a relação primária, contribuindo para o

desenvolvimento da personalidade e da saúde mental infantil.

Em 1960, Bowlby constatou que bebês hospitalizados, em 15 a 30 meses,

passavam através de três estágios bem definidos, que denominou ansiedade de

separação (= hospitalismo conforme Spitz).

Bowlby enunciou três fases desse processo de desvinculação:

- fase de protesto - corresponde à angústia de separação sentida

inicialmente;

- fase de desespero - traduz-se num luto emocional pela pessoa perdida;

- fase de desistência - significa uma efetiva desvinculação emocional

defensiva.

No estágio do protesto, os bebês procuram ativamente obter de volta suas

mães, chorando, sacudindo o berço e atirando-se contra as coisas. No estágio

de desespero, os bebês diminuem os movimentos ativos, choram monotonamente

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