PSICANÁLISE: CLÍNICA BASE PSICANALÍTICA

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Fase inicial do tratamento: Avaliação do paciente; Motivo da busca por terapia; Estabelecimento do contrato; Histórico; Estabelecer uma aliança terapêutica sólida.

Fase intermediária do tratamento: Interpretação das resistências e a respeito da conflitiva inconsciente do paciente. Interpretações extratransferenciais e transferenciais; Examinar, analisar, explorar e resolver os sintomas e as dificuldades emocionais do paciente. É a essência do tratamento. Ampliação da capacidade de insight e a aplicação de defesas mais maduras.

Fase final do tratamento: Poder ajudar o paciente a examinar suas condições reais para um término, assim como trabalhar com ele as questões relativas ao luto pelo fim do relacionamento com o terapeuta; Identificar os ganhos conquistados e as situações que ainda podem merecer alguma atenção psicoterápica no futuro; Inicia quando o paciente refere seu desejo de trazer o tratamento para um término e o terapeuta dessa vez sente tal desejo como algo que não deve ser interpretado, mas respondido; É necessário que tenha havido alguma mudança nos sintomas que determinaram o tratamento ou que podem ter surgido ao longo deste; O fundamental é que seu paciente esteja mais capacitado a lidar com a realidade a despeito daquele conflito que o trouxe para tratamento.

Indicações para Psicoterapia Psicanalítica de Longa Duração: Psicoses; Doenças afetivas; Adições; Sintomas obsessivo-compulsivos ou fóbicos incapacitantes; Transtornos de personalidade severos: organização borderline ou psicótica da personalidade, expressos sob a necessidade de frequentes hospitalizações, tentativas de suicídio, condutas auto ou hetero-destrutivas, controle precário dos impulsos; Situações emergenciais que exijam intervenções rápidas do tipo mudança ambiental; Problemas difusos, focos ou conflitos múltiplos.

PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA: Um processo sistemático de intervenção baseado nos conhecimentos oferecidos pela Psicanálise; Busca, através do insight, do auto-conhecimento, promover transformações e mudanças consoantes aos desejos, verdades e necessidades do indivíduo, redimensionando o significado das suas experiências e modo de existir no mundo, assim como do seu sofrimento emocional. Em relação à psicanálise a psicoterapia psicanalítica se move numa margem de maior flexibilidade, no sentido de que, face à demanda que se lhe apresentar, poderá se afastar do método da associação livre, da atenção flutuante, análise da transferência e uso da interpretação, não deixando, por isso, de ser psicoterapia psicanalítica.

PSICOTERAPIA PSICANALÍTICA BREVE: Não se trata de uma abordagem terapêutica menor. Princípios fundamentais: delimitação do tempo (12 a 40 sessões em geral) e a delimitação de um foco, problema ou conflito principal, no qual se centraliza a atividade psicoterápica. Indicações – características do paciente: Ego razoavelmente estruturado. O paciente apresenta uma disposição ativa para mudanças interiores. Pode ser avaliada pela demanda formulada para o tratamento. Sólida aliança terapêutica.

ESTRUTURAS DE PERSONALIDADE:

Estrutura

PSICÓTICA

NEURÓTICA

ANESTRUTURA

Relação Objetal

Fusão com o objeto, fusional

Objeto total, triangular

Relações objetais anaclíticas

Natureza do Conflito

Narcísico: entre eu e a realidade

Edípico, conflito entre Id, Ego e Superego.

EGO com instâncias ideais

Natureza da Angústia

Angústia de Fragmentação

Angústia de Castração

Angústia de Separação

Infos

Fixações fase oral ou anal primária.

Organização pulsional mais regressiva.

Os maiores investimentos libidinais são direcionados ao próprio EU.

Busca por uma identidade sexual.

Fixação na fase fálica ou anal secundária.

Objetos sexualmente diferenciados e buscados naquilo que tem para completar o EU.

Traumas impedem a entrada no Édipo.

Entra em uma pseudolatência precoce.

Relação dual de objeto.

Estrutura Psicótica Esquizofrênica: de posição mais regressiva. Corresponde especificamente ao ego fixado a uma economia pré-genital de dominância oral. Existem frustrações