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Oficina: Ciclo Vital – Desenvolvimento Humano - A CRIANÇA DO BERÇÁRIO

Por:   •  21/9/2018  •  8.780 Palavras (36 Páginas)  •  341 Visualizações

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O papel do adulto como mediador entre a criança e o mundo é de fundamental importância para a evolução das suas capacidades intelectuais. Vygotsky considera que a interação social cumpre uma função essencial de construção das funções psicológicas superiores, tais como: pensamento verbal e memória. É o adulto quem apresenta à criança a sociedade e a cultura do lugar onde vivem, inserindo-a nesse meio de forma que passe aos poucos a conhecer todas as normas e leis de comportamento da sociedade.

Desenvolvimento Linguístico:

A linguagem é um sistema simbólico básico para os homens e possui duas funções fundamentais: a de intercambio social que diz respeito à comunicação entre as pessoas que impulsiona o desenvolvimento da linguagem como um todo e; a outra função é a de pensamento generalizante, que ordena o real.

No período de 0 a 1 ano a linguagem é basicamente corporal, visto que a criança ainda não domina a linguagem enquanto instrumento simbólico, no entanto o bebê já utiliza de manifestações não verbais. Ele mostra-se irrequieto, chora e grita na tentativa de manter uma comunicação com seus cuidadores.

O adulto deve conversar sempre com o bebê, ler histórias e cantar, pois assim estará auxiliando no desenvolvimento da linguagem do bebê que está aprendendo a falar.

Desenvolvimento Psicomotor

No seu primeiro ano, conforme já mencionado, o bebê encontra-se na fase oral (segundo a corrente psicanalítica), ou seja, nesse momento de vida o foco de boa parte de suas experiências centra-se na boca. É essa parte a mais sensível, estimulada e estimulante de seu corpo. Do mesmo modo que um cego apreende o mundo pelo tato, o bebê fará o mesmo, só que pela boca. Portanto, pela forma como for alimentado, estará não só ingerindo alimento, mas também toda a gama de sentimentos envolvidos nesse momento. Oferecer mecanicamente uma mamadeira para a criança pode ser o mesmo que não a alimentar emocionalmente. Também é necessário deixá-la levar as coisas à boca, afinal sugar é extremamente prazeroso para ela, e é assim que descobrirá que o mundo é feito de coisas macias, duras, ásperas, moles, frias etc.

Durante essa fase registra-se o início da ocorrência de mordidas, o que não necessariamente é um sinal de agressividade nem motivo para alarme. Para o bebê, as outras crianças são também “coisas” a serem experimentadas, provadas, ou mesmo a serem retiradas do seu caminho.

Devemos enfatizar a importância da ação no primeiro ano de vida da criança. Movimentar-se, mexer e ser mexido, tocar e ser tocado é fundamental para que o bebê se conheça e vá construindo toda uma percepção do seu corpo (imagem corporal) e de suas partes e limites (esquema corporal). Incentivá-lo à exploração e enriquecer suas experiências no ambiente é tarefa do educador, pois assim estará promovendo desenvolvimento.

A CRIANÇA DO MATERNAL I

1 a 2 anos

A infância é a época para a linguagem,

não resta a menor dúvida. As crianças pequenas,

e quanto menores melhor, são boas nisso;

é uma brincadeira da criança.

É uma antiga dádiva para a espécie.

(Lewis Thomas, apud Myers, 1998)

Desenvolvimento sócio-afetivo

A criança nessa idade mesmo afastando-se cada vez mais da fase de bebê ainda é muito dependente do adulto, que deve lhe dar proteção, cuidados e segurança, contudo ela está começando a conhecer melhor o mundo a sua volta, visto que começa a andar o que lhe garante maior independência, embora posa apresentar comportamentos opostos: ao mesmo tempo em que quer ser ousada, aventurar-se para conhecer os objetos e pessoas ao seu redor, ela sempre retorna ao adulto buscando carinho, conforto e segurança.

Durante esse período a criança está orientada para os aspectos físicos de sua ação. O conhecimento dos objetos está sendo elaborado, e ela o faz empurrando, puxando e sugando que são os meios de que dispõe para conhecer e explorar o mundo. Por isso nessa idade podem continuar ocorrendo casos de mordidas, como já vimos que não devem ser interpretados como movimentos agressivos.

Em seus relacionamentos com os demais tanto adultos quanto crianças, pode se mostrar ainda um pouco distante principalmente no caso de estranhos. Com pessoas conhecidas pode mostra-se carinhosa, ciumenta e costuma exibir-se tentando chamar a atenção. Com outras crianças, demonstra alegria, mas os contatos costumam ser são muito rápidos e a disputa por objetos é muito comum.

Desenvolvimento Cognitivo

Na idade de 1 a 2 anos a criança encontra-se no final do período definido por Piaget como sensório-motor. Seus reflexos estão sendo modificados pela experiência e combinados em padrões cada vez mais complexos de comportamento. Isso quer dizer que seus movimentos estão mais eficientes e voluntários o que lhe possibilita maior sucesso na busca por objetos.

Antes de a criança desenvolver a capacidade de representação mental, fase iniciada por volta dos nove meses, qualquer pessoa ou objeto que sai de seu campo visual também sai de seu “campo de percepção mental”, ou seja, é como se para ela não existisse. Pensar em um objeto que não está presente é uma das maiores conquistas dessa etapa.

O educador pode desenvolver atividades simples que estimulem a representação mental, como “esconde-achou” utilizando um pano. Um modelo um pouco mais avançado da brincadeira seria o de procurar com a vista os objetos que caem e o de encontrar sinais auditivos. Posteriormente a criança já será capaz de localizar objetos escondidos em baixo de um pano ou copo, ao final do segundo ano a ela já é capaz de descobrir objetos sem ter visto o deslocamento dele.

Uma outra noção importante nessa faixa etária é a vivência concreta da causalidade, visto que no inicio dessa fase a criança descobre acidentalmente que suas ações produzem efeito. Com o tempo, aprende a repetir e a combinar suas ações visando obtenção do mesmo resultado.

Desenvolvimento linguístico

A linguagem exerce um papel essencial na formação do pensamento e do caráter. Tal idéia é defendida por Vygotsky que afirma que no processo

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