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O Desenvolvimento Social na Primeira Infância

Por:   •  13/12/2018  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  267 Visualizações

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Alguns teóricos sustentam uma outra ideia, de que a maneira que a criança incorpora os papéis sexuais dos adultos não é incorporado por um conflito interno, mas sim pela observação e imitação de um modelo, classificando a identificação através da observação e da imitação. Eles acreditam que um comportamento pode ser adquirido através da observação direta e do reforço.

Bandura (1969, 1986) acredita que aprender a partir de observações depende de vários fatores, como disponibilidade (o comportamento deve estar disponível no ambiente da criança), atenção (percebendo características importantes), memória, reprodução motora e motivação.

Esses fatos têm sido associados a suposição de que os comportamentos sexuais adequados são moldados por recompensas ou punições.

As próprias concepções da criança são fundamentais para a formação da identidade do papel sexual e “depende mais do processo geral do desenvolvimento conceitual” (Kohlberg). Ele acreditava que o desenvolvimento do papel sexual passa por três fases: identidade básica do papel sexual, estabilidade do papel sexual e constância do papel sexual. Kohlberg sustentava também que a identidade do papel sexual só guia pensamentos e ações depois que as crianças atingem a constância, onde percebem que seu sexo é imutável.

Na teoria do esquema dos gêneros as abordagens acreditam que o ambiente afeta o entendimento da criança indiretamente, através de um esquema ou estrutura cognitiva. O esquema de gêneros é um modelo mental que contém informações sobre homens e mulheres.

Antes de conhecerem qualquer conceito de papéis sexuais, os bebês meninos e meninas se comportam de maneiras diferentes, os primeiros sendo mais ativos. Existem diferenças nos estilos preferidos de brincadeiras, e meninos tendem a brincar mais com meninos e vice-versa. “As proposições genéticas estão provavelmente envolvidas, em algum grau, na segregação do gênero na infância” (Leaper, 1994; Whiting e Edwards, 1998, p.292). Os brinquedos escolhidos pelas crianças se adequam aos estereótipos do papel sexual da cultura, sendo observado que meninos brincam mais com caminhões e carrinhos e meninas com bonecas. Elas se lembram melhor dos objetos que se adequam à sua identidade de gênero.

A abordagem cognitiva afirma a importância da capacidade de identificar seu próprio sexo e a percepção de que ele permanece constante com o tempo e os diferentes contextos. Os fatores biológicos de diferenças entre os sexos nos níveis de atividade e brincar também são importantes.

Identidade étnica e racial – muitos psicólogos concluíram que as crianças afro-americanas se definem inteiramente nos termos do grupo da maioria, negando a importância das suas próprias famílias e comunidades na modelagem de suas identidades (Jackson et al., 1997). Esses estudos também abordaram a noção de que as crianças do grupo minoritário adquirem um autoconceito étnico negativo generalizado, e isso se deve porque existe um desejo pelo poder das pessoas brancas com quem entram em contato. Fazer parte de um grupo sem poder é traduzido em uma percepção negativa de si mesmas (Jackson et al., 1997). Mas, por exemplo, existe uma preferência por bonecas representativas de seu próprio grupo em sua própria língua (Annis e Corenblum, 1987).

Aos quatro anos de idade, a criança já tem noção de grupos étnicos e diferenças raciais. Depois passam a ter consciência de sua própria etnia e de seu julgamento sobre ela. Sua relação com sua etnia e a dos outros, depende da reação dos adultos a sua volta e da noção das relações de poder em que seu grupo se encaixa.

A identidade pessoal não é definida apenas pelo o que os cuidadores ou os grupos em que estão inseridas lhes dizem que é bom ou ruim, mas também ajudam a adquirir uma percepção de si mesmos, o que as ajuda na criação da narrativa pessoal sobre si mesmas, o que é chamado de memória autobiográfica.

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