METODOLOGIA CIENTIFICA SOBRE AUTISMO
Por: Sara • 31/7/2018 • 2.413 Palavras (10 Páginas) • 323 Visualizações
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- REVISÃO DE LITERATURA
- A QUALIFICAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA PARA RECEBER ALUNOS AUTISTAS NAS ESCOLAS REGULARES
O princípio da inclusão é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições, físicas, intelectuais, emocionais, linguística e outras. Devem acolher crianças com deficiência ou bem dotadas, que vivem nas ruas, crianças marginalizadas, de minorias linguísticas étnicas ou culturais. Porém existe a necessidade de orientar os professores e capacitá-los a respeito das reais necessidades de seus alunos autistas. Pesquisas mostram que muitos profissionais demostram receio com relação ao quadro de agressividade das crianças autistas, o que nos permite observar a falta de conhecimento sobre o tema já que a agressividade não é um comportamento característico de todos os autistas.
No ensino regular existem muitas limitações sobre como atuar com a criança autista em função da precariedade dos sistemas, salas lotadas, ambiente físico escolar desfavorável e falta de preparação do professor. Além de não possuir adaptações curriculares propostas pelo próprio MEC (Ministério de Educação e Cultura).
Plaisance (apud WAGNA SOUZA. 2011 p.25) afirma que inclusão é uma questão ética que envolve valores fundamentais, pois a inclusão pode representar uma forma de tornar as diferenças invisíveis e ocultas, gerando uma modificação na identidade. Essa é uma das questões que se deve pensar ao planejar a educação dos portadores de necessidades especiais com autismo. A inclusão não está apenas em ter um aluno autista matriculado na escola, mas vai muito além disso, é necessário estar apto para fazer o acolhimento correto.
- METODOLOGIAS DE ENSINO OFERECIDAS AO ALUNO AUTISTA NAS ESCOLAS REGULARES
As escolas ainda não estão totalmente preparadas para receber esses alunos nos níveis de suas necessidades especiais, porque lhes faltam adaptação curricular, reformulação de critérios de avaliação e outras estratégias para desempenhar de forma favorável estes indivíduos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação dispõe sobre as condições para os profissionais da educação se capacitar, mas como nem todas crianças conseguem se adaptar ao ensino regular da mesma forma e ritmo, essa prática pedagógica é um desafio que muitas vezes será preciso ir além do conhecimento teórico e ser voltada a criar possibilidades humanas para desenvolver a potencialidade cognitiva do aluno (MILAGRE, M. 2011, p.27)
Alguns métodos mais utilizados no Brasil são o TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências relacionadas à Comunicação) e o PEC (Sistema de Comunicação Através de Trocas e Figuras). O Primeiro incluiu diagnóstico e avaliação, projetos de tratamento individualizado, educação especial, treinamento de habilidades sociais e treinamento vocacional com objetivo de promover o desenvolvimento da comunicação e independência individual através da educação, utilizando técnicas que foram comprovadas em ampla escala e adicionando novas descobertas a partir do desenvolvimento diário de cada criança. O PEC é um método de baixo custo econômico que facilita a comunicação através de cartões figuras que representam os objetos que a criança deseja quando esta não o consegue expressar verbalmente. Ambas técnicas, surgiram e foram desenvolvidas nos EUA e se espalharam pelo mundo. São técnicas eficientes, mas que no Brasil ainda, os profissionais pouco sabem ou se interessam em se capacitar, o que muita das vezes acaba fazendo confusão de educação especial com inclusão, pois simplesmente matriculam o aluno no ensino regular sem as adaptações necessárias. (MILAGRE, M. 2011)
É necessário o uso de metodologias que impulsionem o desenvolvimento, o autista precisa dentro do seu tempo e limitação participar do processo, desenvolver, e não ser apenas um componente do ambiente escolar, uma “peça” da sala de aula. As escolas precisam promover projetos de extensão e capacitação aos seus profissionais, visando efetivar a educação especial dentro da instituição com todo suporte necessário.
- ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS DOS ALUNOS AUTISTAS APÓS A INCLUSÃO NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO REGULAR
Entende-se que a inclusão escolar do autista, tem como principal objetivo a integração que em algum momento foi excluída, visando à colocação dessa criança num ambiente normal com práticas adequadas e específicas que vão fazer com que ela se desenvolva para viver de forma mais normal e autônoma possível. Diante disso, espera-se que a inclusão do aluno autista na escola regular promova desenvolvimento nos aspectos sociais, psicomotores e cognitivos.
A inclusão desses alunos permite que os outros possam perceber as diferenças e aprender a lidar com aquilo que lhe parece “estranho” entendendo como normal e sendo um agente facilitador e transformador da interação social do autista com o meio, na construção de relacionamentos, melhorando a comunicação entre ambos, impedindo o isolamento contínuo e propiciando o aparecimento de uma identidade para o autista. Com isso, se reforça a ideia de Mead (1934/1932) quando ele afirma que a socialização é um fator para construção de uma identidade social através da interação com os outros.
A prática de atividades lúdicas e com a presença de toques é uma atividade importante pois vai estimular o aluno no desenvolvimento da memória e aprendizado, através da repetição. A prática da Ed. Física ajuda o aluno a aprimorar seus movimentos psicomotores, em atividades onde se designa a realizar movimentos de pegar, lançar, movimentar-se ou tocar o outro. Sabe-se que geralmente crianças com autismo têm preferência a realizar atividades repetitivas e isoladamente e justamente por isso, não se pode descartar a realização dessas atividades em grupos, que é o momento onde o pensamento do individuo vai se aprimorar, incorporando a percepção de coletividade e liderança. (HOLLERBUSCH, 2001, p. 49-97)
Ao fazer com que essa criança utilize esses mesmos movimentos repetitivos contribui para o seu próprio desenvolvimento. Se a criança mexe muito as mãos, ao incentivá-la a usar atividades como a pintura e recortes, converteriam esses movimentos disfuncionais e incoerentes em algo que acrescentaria no seu próprio desenvolvimento, como o aperfeiçoamento da coordenação motora, como já mencionada.
Crianças autistas também apresentam restrições nas mudanças de rotina ao qual elas estão acostumadas,
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