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Estrutura de Aconselhamento

Por:   •  10/4/2018  •  2.042 Palavras (9 Páginas)  •  340 Visualizações

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Estruturação é qualquer acção do conselheiro no sentido de permitir ao cliente saber o que espera do processo e dos resultados do aconselhamento. Assim, é amaneira pela qual o conselheiro define a natureza, os limites, os papeis e metas na relação de aconselhamento e inclui comentários sobre limite de tempo, confidencialidade, possibilidades ou expectativas. A estruturação ajuda a manter a conversa intencional.

Alguns clientes identificam voluntariamente as suas razões para procurarem o aconselhamento; outros podem começar por tópicos de natureza social. Embora o conselho preste atenção ao que ele diz não sugerido encorajar qualquer tipo de conversação social durante a sessão.

Nas primeiras sessões, esgotados os tópicos iniciais dá-se a transição, ou seja, alguma indicação por parte do cliente da direcção que pretende seguir. Esta transição é quase sempre reconhecida por uma pausa na interacção, o que serve como sinal de que o cliente está preparado para falar dos seus problemas, das suas metas e questionamentos. O silêncio produzido por esta pausa é terapêutico e pode transmitir ao cliente responsabilidade pela escolha dos temas a abordar. Esta pausa deve ser respeitada a menos que se torne muito longa, podendo o conselheiro proporcionar um novo estímulo à comunicação, empregando uma abertura não estruturada, como: «Tem alguma coisa específica ou significativa sobre a qual gostaria de falar?» Este tipo de colocação encoraja o cliente a falar sobre as suas razões para procurar ajuda, mas tem de deixar que ele determine o tópico. Nas sessões mais avançadas, e estando o relacionamento mais desenvolvido o processo de exploração das questões do cliente, o começo da intencional interacção normalmente ocorre de forma mais rápida e na sequência de uma pergunta introdutória de índole generalizada e demonstrativa de interesse como por exemplo: Como correu a semana?

Os clientes entregam-se à uma relação de aconselhamento sem uma ideia clara do que esperar do processo e de como estar na relação. Encontram-se expectativas irrazoáveis ou inadequadas sobre estes aspectos, que muitas vezes os clientes perdem entusiasmo e o rumo que desejam durante o aconselhamento e necessitam de apoio e motivação para continuar na relação de aconselhamento e avançar no processo.

E segundo os autores acima mencionados a forma abreviada e específica, que o conselheiro deve adoptar para uma boa estruturação do atendimento no processo de aconselhamento é a seguinte:

Ser pontual visto que tal atitude emite respeito pelo cliente.

No começo da sessão deve ser feita uma breve pausa, possibilitando que o cliente fale.

Permitir que a ansiedade inicial do cliente se reduza para que este possa falar de si mesmo.

Estar consciente de que a escolha dos tópicos feitos pelo cliente permite uma 1º visão interna das suas prioridades.

Evitar falar excessivamente e se necessário estimular o cliente a falar sobre as suas questões, sobre os seus problemas através de perguntas abertas e não estruturadas.

Ouvir cuidadosamente o cliente e esforçar-se no sentido da reconstituição de uma imagem do seu mundo, conforme a sua descrição.

Fazer uso da estruturação, quando necessário, para definir os papéis dos participantes, e tarefas a serem realizadas pelo cliente através de um processo de aconselhamento.

Limiar a sessão a um período de tempo pré-determinado, avisando ao cliente quando o seu término está próximo e evitando que este introduza novas informações que só devem ser discutidas numa próxima sessão.

Desta forma podemos dizer que a estrutura do atendimento é um veículo ou canal pragmático do aconselhamento, visto que, enumera as fases pelas quais decorre todo este processo e de devido alinhamento do mesmo pelo técnico que estiver a realizar, procura diminuir as probabilidades de insucesso desta actividade.

É necessário que se analise de maneira concisa os problemas identificados no cliente para uma susceptível composição de uma estratégia de tratamento que se torna mais individualizado em relação ao cliente e mais específico em relação ao problema em cada momento, daí a tamanha necessidade de utilização de uma estrutura sobre a qual se efective o atendimento e esta efectivação é chamada de desenvolvimento do processo

Desenvolvimento do processo

Representa um mapa cognitivo utilizado na interacção com o cliente constituído por fases absolutamente dependentes, que permitem ao conselheiro como e quando intervir e quais as questões a colocar em cada momento do processo.

Neste trabalho trazemos um modelo de desenvolvimento de processo usados que foram criados por grandes pensadores e que deram uma grande sustentabilidade ao estudo do aconselhamento dentre os quais apresentaremos os seguintes:

- Modelo de Patterson.

No Modelo de Patterson o desenvolvimento do processo é uma sequência completa e identificável de acontecimentos que decorrem num determinado tempo.

E destaca como primeira fase a Descoberta inicial em que o conselheiro proporciona ao cliente um espaço no qual ela possa comunicar a natureza das suas preocupações, e clarificar o seu significado, torna-se fundamental que seja capaz de proporcionar condições para que tal possa vir a acontecer, pelo que construir uma relação do primeiro passo do desenvolvimento do processo do aconselhamento;

Destaca como segunda fase a Exploração em profundidade dos problemas significativos do cliente. À medida que isso ocorre o cliente deve ser encorajado a perceber que é responsável pela sua vida, em que pode desenvolver uma nova consistência e perspectiva que contribuam para o seu crescimento pessoal. Torna-se assim um objectivo decisivo desta fase, que o cliente passa a ter insight. Patterson acredita que a mudança positiva só ocorre através dessa mudança positiva só ocorre através da tomada de consciência, embora tipos distintos de insights possam ser importantes para clientes diferentes;

Destaca como terceira fase preparação para a acção consiste após a exploração dos problemas significativos, promover uma acção que traga as mudanças comportamentais desejadas. Aqui, os indivíduos precisam de ser encorajados a seleccionarem os problemas específicos que querem trabalhar, precisam aprender a filtrar o feedback (retorno) recebido e

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