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Em busca de uma nova chance

Por:   •  11/9/2018  •  2.309 Palavras (10 Páginas)  •  324 Visualizações

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Existem vários formas de reagir ao luto, no texto e apresentado os tipos de luto existentes, que são eles o crônico, o adiado, o inibido, o complicado, e ainda conforme conversado em sala de aula o luto invisível que se refere a aborto, casais que não podem ter filhos, homossexuais quando perdem o parceiro não se tornam viúvas, entre outros. O luto crônico e o prolongamento indefinido das reações de luto, conforme expressado pela mãe do adolescente no filme, que apresentou características e sintomas do luto por muito tempo de forma prolongada, com dificuldades de adaptação a nova rotina da nova realidade. O Luto adiado são pessoas que apresentam reações tardias ao luto, apresentando viver normalmente após a perda, demonstrado no filme pela figura paterna que tentou retornar ao emprego e voltar à rotina normal, se negava a falar sobre qualquer assunto relacionado ao filho e ou a morte do mesmo para evitar sofrimento. O luto Inibido no qual a pessoa não esboça qualquer reação ao longo do tempo, que foi o caso do irmão caçula, que se restringiu de manifestar qualquer reação com relação a morte do irmão, chegando a dizer que não estava passando por nenhuma grande tristeza, mas posteriormente ele conseguiu entender a perda e expressar os sentimento com a ajuda de um grupo de apoio.

Com relação aos sintomas provocados pelo luto, são comuns que ocorra choque ou torpor, medo, raiva, ansiedade, somatização, insônia, falta de concentração, atenção ou memória, falta de apetite, tristeza profunda, pensamentos intrusivos, sensação de presença da pessoa, e podem ser em maior ou em menor intensidade e frequência em algumas pessoas. No filme todos os membros da família manifestaram sintomas do luto de maneira diferenciada, como por exemplo; a mãe sentia raiva e culpava a namorada do filho por sua perda, teve momentos que chegou a sentir a presença do filho como bebê que havia se perdido, o que o texto nos apresenta como um sintoma comum que e a sensação de presença da pessoa que não pode e não deve ser confundido como alucinação, são somente memorias que estão sendo trazida a tona nesse momento de dor intensa. O pai apresentou sintomas de insônia, dor física e respiratória necessitando ser hospitalizado por um tempo com características de infarto após uma discursão com a esposa na tentativa de devolver a rotina da casa chamando a diarista, o que ainda não era aceito pela mãe. O filho apesar de fugir da realidade da dor, com uso de drogas, não conseguiu sustentar por muito tempo e acabou expressando agressividade com a frustração com a “namoradinha” por ter mentido em relação a entender a sua dor, pois ela nunca havia perdido ninguém da família e estava fingindo.

Em relação ao tempo de luto, não se caracteriza um tempo certo para a duração desse processo, autores consideram que uma família leva aproximadamente dois anos para absorver o impacto de uma mudança no ciclo vital nos processos funcionais, porem isso inclui reconhecimento e aceitação da nova realidade, elaboração das emoções advindas da perda, ajuste ao ambiente modificado e as novas tarefas exigidas. O primeiro ano e considerado o pior, pois são experiências muito marcantes, como o primeiro aniversario, o primeiro natal entre outros eventos sociais e comemorativos. O processo de luto tende a ser mais difícil na fase de transição (nascimento, entrada na adolescência, casamento...) do ciclo vital e requer atenção quando se dois anos antes ou dois anos depois do nascimento de uma criança, o que e justamente demonstrado no filme tanto para que seja possível uma mensuração do tempo de luto e apresentado no decorrer da gravidez, quanto a dificuldade do processo de luto diante do nascimento de uma criança logo após a perda de uma pessoa, a mãe critica pois acham que estão sugerindo uma substituição pra ela, o pai aceita como uma forma de reparação da perda pois o filho do falecido, deixou a namorada grávida que sem condições e lugar para morar foi viver junto com essa família.

No luto disfuncional o processo de luto que não segue um curso adequado no sentido de adaptação ás novas tarefas e á nova realidade, com dificuldade de nova organização do sistema familiar a partir da perda, passando então por uma onda de choque emocional com certa resistência a qualquer nova mudança, a mãe não conseguia se adaptar a perda do filho e logo veio a noticia de que seria avo, o que também não foi processado de forma otimista, não aceitando inicialmente o bebê que seu filho havia deixado no ventre da namorada, porem posteriormente a família consegue se ajustar a nova realidade aceitando e recebendo o novo integrante da família, assim como falar do filho que os deixou. As reações do luto disfuncional poder incluir qualquer problema humano, desde doenças físicas, transtornos emocionais e disfunções sociais, dos mais simples ao mais complexo.

A perda do filho é considerada uma das piores por inverter a ordem do ciclo vital, pode surgir por parte dos pais um sentimento de culpa intenso como se não tivessem protegido filho e sofrem com a necessidade de ter que cuidar dele. No filme a mãe deposita toda a sua expectativa em uma filmagem que registrou o momento do acidente e se apega nessa alternativa em busca de respostas, na filmagem ele vê que o filho ficou vivo por dezessete minutos e busca pelo motorista da caminhonete que colidiu com ele, pois foi o último a conversar com seu filho, porém o mesmo está em estado de “coma” no hospital onde ela o visita diariamente esperando que ele acorde para explicar o que ele conversou com o filho dela, para saber quais foram suas últimas palavras na esperança de saber se ela poderia ter ajudado ele á viver, se ele chamou por ela. Quando finalmente ela consegue entrevistar o motorista descobre que seu filho pedia cuidados para a namorada e demonstrava muita preocupação com a namorada, e que em nenhum momento chamou pela mãe.

Uma situação delicada para o adolescente refere-se a perda de irmãos, pois há uma tentativa de proteção mutua dos pais com os filhos sobreviventes, um exemplo disso no filme e quando o filho está brincando na praia, banhando no mar junto com uma colega, o pai acha que o mar está muito agitado e que o filho está correndo risco de morte e fica em desespero pedindo que o filho saia da água urgente, o filho fica chateado com essa pressão do pai e sai aborrecido. Os pais podem ter a sensação de que os filhos não sentem a perda porque não falam sobre o assunto, adotam um postura de evitação e tenta manter a rotina. Com receio de sobrecarregar os pais com mais sofrimento, geralmente os filhos tentam não chorar, não fraquejar, diante dos pais e por isso não compartilham seus sentimentos. No Filme o filho caçula adolescente

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