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ESTUDO DE CASO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

Por:   •  8/9/2018  •  Relatório de pesquisa  •  16.777 Palavras (68 Páginas)  •  474 Visualizações

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Estudo de caso

Curitiba

2011

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Caroline Petschow Banach

ESTUDO DE CASO EM PSICOLOGIA CLÍNICA

Faculdade Evangélica do Paraná

Trabalho apresentado à disciplina de Psicologia Clínica, do 10º período Noturno do curso de Psicologia da Faculdade Evangélica do Paraná, como requisito parcial para obtenção do Grau de Psicólogo.

Orientação:Profª Suzana  Maria Borges CRP08/1855

 

Curitiba, Outubro de 2011.

  1. IDENTIFICAÇÃO

D. : Jovem adulta de 33 anos, sexo Feminino. Aux. Administrativo do Hospital Evangélico. Reside em Santa Felicidade em domicílio sigiloso em residência própria com o marido e três filhos.

PS: A paciente fez triagem em janeiro deste ano, e foi encaminhada pela clinica da Faculdade Evangélica, pelos estagiários do sexto período sobre orientação do Professor Alfredo.

 Mãe da paciente é falecida e a sogra reside ao lado em casas separadas.

  1. QUEIXA

 D veio até a clínica encaminhada pelo psiquiatra e realizou a triagem com os alunos do sexto período sua queixa é de depressão pelo falecimento da mãe há um ano. Sente muita tristeza, não consegue dormir bem, e sente culpa por não ter visto a mãe antes de falecer. Reclamou pelo fato do marido cobrar sexo, e de não saber dizer não para as pessoas, sente se sobrecarregada com seus afazeres diários e se incomoda com a casa suja, precisa sempre estar agradando as pessoas e fica triste quando alguém fala mal dela.

Foi transferida de setor logo apos a morte da mãe e não gosta deste novo setor, dizendo que sua superior faz muito assedio moral, não tem colegas de trabalho e almoça todos os dias sozinha, sente falta de ter amigos, reclamou também de não conseguir dormir bem a noite.

  1. HISTÓRICO DA AQUISIÇÃO

Quando iniciou a terapia, a paciente foi questionada sobre quais ações já havia tomado para a resolução do problema. Disse ter procurado um psiquiatra e estava tomando rivotril para dormir.

Este fato foi constatado quando D, após a morte da mãe, foi à um Psiquiatra que passou a medicação e encaminhou ela para terapia, que relatou então sentir muita falta da mãe, sentimento de culpa por não ter ido ver a mãe um dia antes de sua morte, pois estava brigando com o marido que queria sexo e ela não estava com vontade, pois estava gravida de oito meses, durante a terapia a paciente descobriu que seu marido teve uma relação extraconjugal, e também não conseguia dizer não e sempre buscava agradar as pessoas de seu convívio.

De acordo com esse relato então, foram propostas estratégias e formas de se adaptar aprender a lidar com as situações e aprender a dizer não. Foi proposta terapia de casal, porem o marido não consegue horários, e aa sessões continuaram, tentando-se baixar a ansiedade e falar mais sobre a dificuldade na atividade sexual; para explorar os conteúdos encobertos.

  1. MANUTENÇÃO DO PROBLEMA

A paciente passou por situações difíceis cerca de um e ano atrás, quando a mãe de D faleceu, sua mãe ajudava com parte dos seus afazeres diários em sua casa, como cuidar dos filhos e pagar as contas para ela.

O marido de D não ajuda pois trabalha de caminhoneiro e quando esta em casa cobra sexo o tempo todo, um dia antes da mãe de D. falecer eles brigaram porque ele queria  sexo e ela estava gravida de oito meses e não queria. Desde então, passou a não sentir muita vontade, ela reclamou que o marido critica o filho mais velho de D. W. que  e filho de outra relação, relação essa que acabou porque o pai de W. começou a usar drogas e agredi-la.  D. voltou a morar com a mãe e conheceu o atual marido e sua mãe no inicio, era contra a relação dos dois, pois não queira que D. fosse embora de casa

D. é responsável por todos os afazeres do lar, precisa limpar a casa, trabalhar, levar os filhos para a escola e agradar ao marido, sua sogra mora ao lado e não chama o neto para almoçar com ela. D. fica comparando o tratamento que a sogra faz com a cunhada e fica muito magoada, ela não consegue pedir para as pessoas a ajudarem, ela quer que percebam que ela precisa de ajuda. Quando vivia com a mãe era responsável por ajudar a cuidar das irmãs que hoje se aproveitam de D. pedindo dinheiro e outros favores e muitas vezes prejudicam D. que não consegue dizer não. Algumas vezes teve que se indispor com o marido para ajudar as irmãs, pois emprestam dinheiro e não pagam, D. compra para elas parcelado e elas não se comprometem com a divida.

Durante a terapia D. descobriu que o marido estava traindo ela, ficou muito magoada, pois tinha uma outra imagem dele e também percebeu que não tinha vontade de fazer sexo com o marido , foi questionada se sempre havia sido assim, disse que no começo era diferente e era bom.

 D. não gosta do  lugar onde esta trabalhando hoje, diz que sua chefe a pressiona e faz muito assedio moral.

Durante o processo psicoterapêutico fundamentado no aqui e agora, os procedimentos se baseiam em pedir ao paciente que sempre esteja conectado a si mesmo e ao meio, observando e sentindo, se conscientizando se seus gestos e expressões, podendo perceber ao que se permite ao que se impede.

O objetivo da Gestalt terapia é que a cliente esteja awareness (conscientizada), ou seja, que se perceba no aqui e agora, respeitando a figura que emerge, evitando os mecanismos neuróticos, que impede o contato. Estas questões se referem ao conscientizar se de sua postura momentânea, assim como oque esta fazendo sentindo ou desejando. È um processo que envolve aprendizagem, a cliente pode descobrir que não possui limites tão arraigados, que é capaz de aprender e aprender.

D. possui dificuldades em separar um tempo para si mesma assumindo todas as responsabilidades e de certa forma se sobrecarregando, também deixa de realizar coisas que gosta por dar atenção a opinião alheias e o sexo para agradar ao marido sem estabelecer contato de prazer para si mesma.

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