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Desenvolvimento do Adolescente

Por:   •  1/11/2018  •  5.387 Palavras (22 Páginas)  •  304 Visualizações

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Faz mais sentido se pensar na adolescência como período que se situa, psicológica e culturalmente, entre a meninice e a vida adulta, ao invés de uma faixa etária específica. Trata-se do período do período da transição em que a criança se modifica física, mental e emocionalmente, tomando-se um adulto. O momento dessa transição difere da sociedade e entre os indivíduos de uma cultura. Entretanto, todas as crianças precisam passar por essa transição de modo atingir o estado adulto. Em nossa cultura, esse estado promete ser um tanto mais prolongado, durante talvez dos 12 aos 18 anos de idade, até mais no caso dos que vão à universidade, vindo, assim, a postergar alguns aspectos do estado total de adultos. (Bee, H. 1997)

Pelo fato de serem tão surpreendentes as mudanças físicas e emocionais que são parte dessa transição, o período da adolescência adquiriu uma reputação de ser cheio de “tempestades e estresse". Trata-se de uma descrição que exagera ao grau de turbulência emocional que a maioria dos adolescentes vivencia. No entanto, a importância do processo é difícil de ser exagerada, iniciando pelas notórias mudanças físicas da puberdade. As várias mudanças corporais associadas à puberdade são amplamente controladas por hormônios, que desempenham um papel fundamental no drama físico do adolescente. (Bee, H. 1997)

Naturalmente que os hormônios desempenham um papel central no crescimento e desenvolvimento também nos estágios anteriores. O hormônio da tireoide está presente desde o quarto mês de gestação e parece envolvido na estimulação do desenvolvimento normal do cérebro, no pré-natal. O hormônio do crescimento é também produzido pela pituitária, já nas 109 semanas, após a concepção provavelmente ele auxilia na estimulação do crescimento bastante rápido das células e órgãos do corpo. E a testosterona também é produzida no pré-natal, nos testículos do bebê do sexo masculino, influenciando o desenvolvimento dos genitais masculinos e de alguns aspectos do desenvolvimento do cérebro. (Bee, H. 1997).

Após o nascimento, a taxa de crescimento é controlada, em grande parte, pelo hormônio da tireoide e pelo hormônio do crescimento da pituitária. O hormônio da tireoide é secretado em maiores quantidades, durante os dois primeiros anos de vida reduzindo-se a um nível mais baixo, vindo a permanecer estável, até a adolescência Tanner apud Bee; 1978). As secreções dos testículos e ovários, bem como o andrógeno da suprarrenal, permanecem em níveis extremamente baixos, até por volta dos 7 ou 8 anos, quando começa a ser secretado este último o primeiro sinal das mudanças da puberdade. Após esse primeiro passo, há uma sequência complexa de mudanças hormonais.

O momento certo dessas mudanças varia muito de criança para criança, embora a sequência permaneça a mesma. O processo tem início com um sinal do hipotálamo, uma pequena estrutura no cérebro que desempenha um papel vital na regulagem de uma variedade de comportamentos, o que inclui o beber, o comer e o comportamento sexual. No processo pubertário, o tálamo sinaliza a glândula pituitária, que por sua vez começa a secretar níveis maiores de hormônios gonadotróficos (dois nos homens, três nas mulheres). Esses estimulam o desenvolvimento das glândulas nos testículos e ovários que, depois, começam a secretar mais hormônios, a testosterona nos meninos e uma forma de estrógeno chamada estradiol nas meninas. Durante a puberdade os níveis de testosterona aumentam 18 vezes nos meninos, ao estradiol aumentam oito vezes nas meninas. (Nottelmann et al, 1987.)

Ao mesmo tempo, a pituitária secreta também três outros hormônios que interagem com os hormônios específica do sexo e afeta o crescimento, a interação seja um pouco diferente para os meninos e as meninas. Em especial, o surto de crescimento e o surgimento de pelos pubianos são mais influenciadas dos pelo andrógeno da suprarrenal nas meninas do que nos meninos. O andrógeno da suprarrenal é quimicamente bastante semelhante à testosterona de modo que é necessário que um hormônio "masculino" produza o estirão nas meninas. No caso dos meninos, o andrógeno suprarrenal é menos importante, provavelmente porque eles já possuem o hormônio masculino sob a forma de testosterona que flui em sua corrente sanguínea. (Bee, H.; 1997)

É um pouco errado, a propósito, falar-se em hormônios "masculinos" e 'femininos". Homens e mulheres possuem, pelo menos, um pouco de cada (estrógeno ou estradiol, e testosterona ou andrógeno); a diferença situa-se, basicamente, na proporção relativa dos dois. Seja em qual for o gênero, essas proporções diferem, de modo que alguns homens possuem relativamente mais testosterona ou menos estrógeno, ao passo que em outros os dois podem estar em maior equilíbrio. Da mesma maneira, algumas meninas podem ter um padrão hormonal que inclua relativamente mais testosterona ao passo que outras podem ter relativamente pouca. (Bee, H.; 1997)

Exatamente como esse processo hormonal é desligado (ou reduzido), no final da puberdade, ainda não está bem compreendido. (Dreyer,1982) No entanto, de alguma forma, o nível dos hormônios do crescimento e gonadotróficos produzidos na pituitária reduz-se, e a taxa de mudanças corporais, pouco a pouco, reduz-se a níveis adultos. Todas essas mudanças hormonais estão refletidas em dois conjuntos de mudanças físicas: as bastante conhecidas mudanças nos órgãos sexuais e um conjunto muito mais amplo de mudanças, nos músculos, gordura, ossos e órgãos do corpo.

A altura é uma das mudanças mais dramáticas, a criança que começa a caminhar e a criança em idade escolar crescem lentamente. A terceira fase tem início com o dramático estirão da adolescência, desencadeada pelos grandes acréscimos dos hormônios do crescimento. Durante essa fase a criança pode acrescentar de 7 a 15 cm por ano, durante vários anos. Após esse estirão, na quarta fase, o adolescente uma vez mais sua altura e peso de uma maneira lenta, até ser tingido seu tamanho final como adulto. (Bee, H.; 1997)

A forma, ao mesmo tempo, pelo fato de as diferentes partes do corpo da criança não crescerem no mesmo ritmo até um tamanho total adulto, a forma e a proporção do corpo do adolescente passam por uma série de mudanças. As mãos e os pés crescem até um tamanho adulto mais cedo, seguidos pelos braços e pernas, sendo o tronco, comumente, a parte de crescimento mais lento. (Bee, H.; 1997)

De modo que as crianças, primeiro aumentam o número dos sapatos, depois, suas calças e camisas de manga longa. No entanto, uma roupa de banho pode continuar a servir ainda por muito tempo, mesmo

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