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DO PRECONCEITO À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Por:   •  12/10/2018  •  11.556 Palavras (47 Páginas)  •  315 Visualizações

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TABELA 9 – Pergunta nº 39: “Considero os demais grupos religiosos como ameaça aos meus reais valores religiosos?”......................................................35

TABELA 10 – Pergunta nº 42: “Sigo minha religião como verdade absoluta?”.........36

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Pergunta nº 9: “A partir de suas convicções, o que é Deus?”............29

GRÁFICO 2 – Pergunta nº 25: “Frequento outras religiões, além da minha?”..........32

GRÁFICO 3 – Pergunta nº 26: “Considero meu credo religioso superior aos demais?”.............................................................................................33

GRÁFICO 4 – Pergunta nº 33: Gosto de manifestações religiosas de outros credos?”...............................................................................................34

GRÁFICO 5 – Pergunta nº 38: “Considero determinadas religiões no mundo cruéis e desumanas?”......................................................................................35

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1 INTRODUÇÃO

Partindo do pressuposto do direito fundamental à liberdade de expressão legítima e a livre manifestação do pensamento, que está presente no artigo 5º, inciso IV, da Constituição Federal, o presente estudo se apresenta como pesquisa, elaborada para identificar como situa-se a questão do preconceito e da intolerância religiosa na esfera acadêmica. Buscou-se como resultado pesquisas com a finalidade de verificar o modo pelo qual as convicções e as práticas religiosas influenciam na construção do cotidiano dos acadêmicos do curso de Administração e Psicologia de uma instituição de ensino superior da cidade de Pato Branco.

A liberdade de expressão consiste na faculdade de emitir opiniões, ideias e pensamentos, seja qual for a forma, inclusive, formas artística-culturais, como teatro, pintura, humor, obrasliterárias, etc. (CARVALHO, 1999, p. 29).Todavia, quando o assunto se refere a manifestações em torno do tema religião, essa liberdade resulta em demonstrações preconceituosas e discriminatórias, e o direito fundamental à liberdade religiosa passa a ser atingido.

A questão do preconceito religioso colocou-se em pauta nesse projeto, pois percebe-se a dificuldade dos jovens nos dias de hoje em expor suas idéias frente a essa questão. A intolerância está presente nos pequenos fatos do nosso cotidiano e nos grandes acontecimentos que moldaram a nossa história, porém, mesmo assim torna-se imperceptível suas consequências. Vemos determinadas situações como algo alheio, estrangeiro, sem que tenham influência sobre nós, portanto, é sobre está reflexão que buscamos compreender a abordagem deste assunto.

Durante a exposição inicial do tema, e através das leituras complementares, buscou-se chegar a um conceito do que seria, de fato, a complexidade e extensão do preconceito. Também foram realizadas pesquisas sobre a Religião, considerando-se as diferentes crenças e as diferentes práticas religiosas referenciando também o modo como culmina em diferentes pontos de vista e opiniões. Percebeu-se assim uma grande dificuldade para tal definição, pois o papel social da religião se estabelece de diferentes formas por diferentes autores.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1PRECONCEITO

O preconceito é uma realidade vigente a séculos dentro das mais diferentes sociedades, portanto para esta explanação inicial faz-se necessário contextualizar gramaticalmente seu significado. Para o dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2009, p. 1380), preconceito significa: 1. Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou Conhecimento dos fatos; ideia preconcebida; 2. Julgamento ou opinião formada sem se levar em conta o fato que os conteste; prejuízo; 3. Superstição, crendice, prejuízo; 4. Por extensão: suspeita, intolerância, ódio irracional ou aversão a outras raças, credos, religiões, etc.

E para contextualizar o preconceito de forma didática, Bobbio (1909) explana que:

“[...] preconceito uma opinião ou um conjunto de opiniões, às vezes até mesmo uma doutrina completa, que é acolhida acrítica e passivamente pela tradição, pelo costume ou por uma autoridade de quem aceitamos as ordens sem discussão: "acriticamente" e "passivamente", na medida em que a aceitamos sem verificá-la, por inércia, respeito ou temor, e a aceitamos com tanta força que resiste a qualquer refutação racional, vale dizer, a qualquer refutação feita com base em argumentos racionais. Por isso se diz corretamente que o preconceito pertence à esfera do não racional, ao conjunto das crenças que não nascem do raciocínio e escapam de qualquer refutação fundada num raciocínio. ” (BOBBIO, 1909, p. 103).

Então, segundo Bobbio (1909) a intensidade que o preconceito se expressa diz respeito à veracidade da opinião falsa construída pelo sujeito, mas que corresponde aos seus desejos, mobiliza suas paixões, e serve aos seus interesses, no sentido de fornecer certa convicção na opinião transmitida através do preconceito. Em um sentido que o preconceito é mais facilmente assimilado por aqueles que estão favoravelmente predispostos.

No que concerne ao desenvolvimento do preconceito, Crochik (2006) explana que o preconceito é um fenômeno maioritariamente estabelecido no processo de socialização, onde se dá a constituição de cada indivíduo. Este processo só é passível de compreensão se considerado seus aspectos culturais e históricos, neste sentido, a manifestação do preconceito é um fenômeno individual, pois é respondente de manifestações irracionais (adaptação à luta pela sobrevivência) de cada indivíduo, assim o preconceito surge como uma resposta a esses conflitos. A problemática central do preconceito seria que o indivíduo direcionará este preconceito a diferentes objetos, demonstrando que o preconceito surge como uma necessidade do indivíduo, e não propriamente as características dos objetos, porém o conteúdo atribuído a cada objeto é diferenciativo, ou seja, cada objeto desperta sentimentos diversos relacionados a conteúdos psíquicos distintos. O que leva a criação dos estereótipos, e este surge do convívio cultural, mas após a apropriação o indivíduo os modifica

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