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Análise de Intensidades

Por:   •  16/7/2018  •  3.201 Palavras (13 Páginas)  •  245 Visualizações

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O conceito de fantasia é de grande importância e podemos dizer que a realidade psiquiquica e a realidade concreta são entendidas como laços, pois a psiquiaca é a maneira como lidamos com a realidade do mundo exterior, não tem como lidar com o concreto sem passar pela realidade psiquiquica. A fantasia é a maneira como o sujeito se apresenta diante do que lhe falta, ou seja o objeto. Não é algo imaginativa e sim como que eu vou atrás daquilo que me falta e como o que me fala não esta em mim, maneira como eu sempre vou ao outro, levando consigo o espaço que tem entre objeto e sujeito. Cisão, ou clivagem do objeto ou então splitting do objeto é também outro mecanismo de defesa, sendo um mecanismo de defesa do ego, mecanismo de defasa mais primitivo contra a ansiedade. A cisão, precede e determina o tipo de repressão que fará, o objeto que é alvo das pulsões eróticas e destrutivas cinde-se sendo bom ou mau, estes então terão destinos interdependentes nas introjeções e projeções, além de um mecanismo de defesa podemos considerar que é um modo do sujeito lidar com a sua realidade externa. Freud sempre deu uma grande importância em relação aos sonhos, para a teoria psicanalítica o inconsciente funciona como um armazenamento dos materiais recalcados, deste modo, todo conteúdo que é recalcado não consegue alcançar a consciência, e é somente a através dos sonhos que o material recalcado consegue passar a consciência. O material que é visto nos sonhos é algo que é desejados e o sujeito pode gozar do prazer sem preconceito ou censura da sociedade, chama-se de sonho manifesto a experiência consciente durante o sono e de latente aquilo que ameaça acordar o sujeito.

1.1 Conceitos

Introjeção: processo evidenciado pela investigação analítica. O sujeito faz

passar, de um modo fantasístico, “de fora para dentro”, objetos e qualidades inerentes a esses objetos.

A introjeção aproxima-se da incorporação, que constitui o seu protótipo corporal, mas não implica necessariamente uma referência do limite corporal (introjeção no ego, no ideal do ego, etc.).Está estreitamente relacionada com a identificação.

Projeção: operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro-pessoa ou coisa-qualidades sentimentos, desejos e mesmo “objetos” que ela desconheceu ou recusa nele. Trata-se aqui de uma defesa de origem muito arcaica, que vamos encontrar em ação particularmente na paranoia, mas também em modos de pensar “normais”, como a superstição.

Fantasia: roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa de modo mais ou menos deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e em última análise, de um desejo inconsciente.

A fantasia apresenta-se sob diversas modalidades: fantasias inconscientes como as que a análise revela, como estruturas subjacentes a um conteúdo manifesto; fantasias originárias.

Cisão: a palavra cisão reveste-se de uma dimensão política. Por isso, convém na perfeição do movimento psicanalítico, que construiu suas associações como base num modelo copiado do das organizações modernas. Por outro lado, ela remete ao conceito Freudiano de clivagem e a ideia de que é impossível alcançar qualquer unidade na ordem do humano.

Clivagem do ego: expressão usada por Freud para designar o fenômeno muito particular que ele vê operar sobre tudo no fetichismo e nas psicoses- da coexistência, no seio do ego, de duas atividades psíquicas para com a realidade exterior quando esta contaria uma exigência pulsional. Uma leva em conta a realidade, a outra nega a realidade em causa e coloca em seu lugar uma produção de desejo. Estas duas atitudes persistem lado a lado sem se influenciarem reciprocamente.

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- BREVE RESUMOS DOS FILMES

- Nise - O coração da loucura

O filme relata a realidade de Doutora Nise da Silveira, na qual retorna ao serviço no hospital psiquiátrico após quase 1 ano e meio presa.

Logo na primeira cena do filme, mostra o quanto não seria fácil para ela estar naquele lugar, onde não a queriam por perto, pois quando chega ao hospital, demoram a abrir o portão para ela, na qual precisa dar murros no portão para ser notada. Os médicos fazem uma reunião no hospital e Nise está presente, e ali os médicos começam a dizer como é o tratamento aos esquizofrênicos, na qual o tratamento é a base de eletrochoque e a labotomia. Nise então se opõe, levanta questionamentos e pontua a falta de humanidade dos procedimentos. Ela se recusa a empregar esses métodos no tratamento dos esquizofrênicos e por isso é isolada pelos médicos, pois eles não concordam com ela. Nise a psiquiatra brasileira, se comoveu com essa situação e foi à luta para ter um tratamento adequado e humanizado aos esquizofrênicos.

O filme nos mostra varias interpretações excelentes, retratando com qualidade uma realidade cruel das pessoas portadores dos mais diferentes tipos de transtornos mentais e os procedimentos desumanos adotados na ocasião. Nise queria compreender melhor as demandas daqueles pacientes, ela ofereceu a eles um lugar para expressarem suas angustias, ela nos mostra o quanto é importante o acolhimento afetivo, é uma coisa importante em qualquer relação, seja terapêutica, familiar ou social. Não foi de primeira que conseguiu conquistar a confiança dos “clientes” que era assim que Nise chamava seus pacientes. Mas um tempo depois, Nise e sua equipe conseguem se conectar com os pacientes através da paciência e carinho que tinham com eles, além disso, o tratamento foi com a ajuda da tinta, pincel e do barro, a Dra deu a eles a arte para se expressarem, assim seria seu novo método de tratamento aos esquizofrênicos, colocando o seu inconsciente na arte, e assim conseguiram novamente se conectar com o mundo exterior e dar cor a nova vida, deixando a vida triste e cinzenta na qual viviam.

Mesmo dando resultado o seu método de trabalho, ela era criticada pelos seus parceiros de trabalho, enfrentou o machismo e o descaso dos colegas de profissão ao questionar sem medo os métodos e práticas de trabalho de Nise. A Dra também aderiu aos animais, na qual existiam vários cachorros na clinica, na qual era muito bom para cada paciente esquizofrênico que ali estava, porém nunca estavam satisfeitos os outros médicos, então questionaram mais uma vez ela pelo seu método diferente de tratamento, e queriam tirar os cachorros do hospital e ela persistente não retirou

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