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Aneis de latinha ( Psicologia Ambiental )

Por:   •  6/6/2018  •  6.786 Palavras (28 Páginas)  •  371 Visualizações

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2 – ANEL DE LATINHAS E SUAS ORIGENS

2.1 – A história do refrigerante

Em 1886, enquanto a Estátua da Liberdade era erguida em Nova Iorque, John Pemberton, um farmacêutico de Atlanta, EUA, criou uma bebida que se tornaria outro grande símbolo americano. A história do refrigerante no mundo está muito ligada à história da empresa precursora no mercado: The Coca-Cola Company. Em 2004, a marca ‘Coca-Cola’ foi avaliada em US$ 67,3 bilhões, mantendo-se em primeiro lugar como sendo a mais valiosa do mundo, na frente das famosas Microsoft e IBM, ambas no setor de informática.Vou comentar sobre a história desta empresa e seu produto, a Coca-Cola, na perspectiva de que todos as outras marcas de refrigerante surgiram depois da grande invenção, mesmo que por acaso, de John Pemberton.

Da mesma forma que outros inventos que mudaram a história, a criação de Pemberton foi motivada pela curiosidade. O farmacêutico, que adorava manipular fórmulas medicinais, ao pesquisar a cura para dores de cabeça produziu uma mistura líquida de cor caramelo. Levou-a para uma farmácia, a Jacob’s Pharmacy, onde o xarope, misturado à água carbonatada (água com bas-tante dióxido de carbono dissolvido), foi oferecido ao público. A farmácia colocou o copo do produto à venda por US$ 0,05. Frank Robinson, contador de Pemberton, batizou a bebida de ‘Coca-Cola’, escrevendo o nome com sua própria caligrafia. Desde então o nome Coca-Cola é escrito da mesma maneira, e a data oficial do seu nascimento fica sendo 8 de maio de 1886, data em que foi lançada na Jacob’s Pharmacy. Nos primeiros anos eram vendidos aproximadamente 9 copos (com 237 mL cada) de Coca-Cola por dia. Um século depois, a empresa The Coca-Cola Company já havia produzido ‘apenas’ mais de 38 bilhões de litros do ‘xarope’. Quando o governo de algum país quer fazer um desaforo a Washington, rompe relações diplomáticas e proíbe a venda do refrigerante. Foi o que aconteceu em Cuba de Fidel Castro em 1960 e no Irã do Aiatolá Khomeini, em 1980. Pemberton e ninguém mais em 1886 poderiam imaginar no que a invenção se transformaria.

Estima-se que a população mundial consuma, todos os dias, 1,3 bilhão de litros da bebida, uma quantidade enorme equivalente a 688 piscinas olímpicas. De um xarope, inicialmente destinado a curar algumas mazelas do corpo e espírito, passou hoje a uma bebida que existe em pelo menos 160 países. A The Coca-Cola Company assegura que a bebida é a mesma em qualquer parte do mundo: 88 % de água, 9,976 % de açúcar, 2 % de gás carbônico e 0,024 % do tal xarope que é a alma do negócio. A seguir, veremos alguns aspectos da ciência implícitos nos refrigerantes.

2.2 – O Refrigerante no mundo

O mercado de embalagens metálicas para bebidas apresentou uma rápida evolução nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos, e mais recentemente exibiu um significativo crescimento nos países em desenvolvimento.

Considerando os dois tipos de embalagens Ä de alumínio e de aço Ä, a oferta de latas de alumínio predomina nas Américas do Norte e do Sul, ao passo que no Japão e na Europa, a partir de 1996, a participação de latas de aço é maior.

A indústria de latas para bebidas é altamente concentrada, já que apenas cinco fabricantes de latas de alumínio produzem mais de 60% do total consumido no mundo. Em relação ao consumo, também se verifica um alto grau de concentração, visto que 60% da produção mundial de latas de alumínio são adquiridos pelos dois maiores produtores de refrigerantes, a Coca-Cola e a Pepsi, em conjunto com as três principais cervejarias dos Estados Unidos.

Por parte dos fornecedores de matéria-prima de embalagens metálicas para bebidas, apenas meia dúzia de companhias produz chapas de alumínio para latas de bebidas, enquanto cerca de 10 siderúrgicas fornecem mais de 50% de folha de flandres para a produção de latas de aço no mundo.

Essa concentração tem contribuído para intensificar a competição entre os dois rivais para a fabricação de embalagens metálicas para bebidas com chapas de aço e de alumínio, respectivamente.

O comércio internacional de latas é muito restrito, ocorrendo apenas sob a forma de importações de latas vazias ou cheias realizadas pelas empresas envasadoras, visando ao abastecimento sazonal do mercado onde atuam. O custo significativo do transporte de latas, aliado ao alto índice de perdas, inibe sobremaneira o abastecimento deste produto a longas distâncias.

Deste modo, os fabricantes de latas buscam adequar-se às necessidades locais, implantando suas fábricas preferencialmente junto às unidades envasadoras, fazendo com que o fluxo de importações decresça gradualmente. Pode-se, portanto, afirmar que a produção de latas nos diversos países corresponde, quase em sua totalidade, ao consumo verificado nos mesmos países.

O mercado mundial de bebidas absorve cerca de 218 bilhões de latas por ano, sendo aproximadamente 170 bilhões referentes a latas de alumínio, representando 78% do consumo, e cerca de 48 bilhões de latas de aço, correspondentes a 22% do total. O consumo de latas para bebidas segundo região, com as respectivas participações por metal, é apresentado na Tabela 1.

Tabela 1

Consumo Mundial de Latas para Bebidas - 1996

(Em Bilhões de Latas) REGIÃO

LATAS DE ALUMÍNIO

LATAS DE AÇO

TOTAL

ALUMÍNIO (%)

AÇO (%)

América do Norte

108,4

0

108,4

100,0

-

Europa

17,0

14,5

31,5

54,0

46,0

América do Sul

8,9

0,5

9,4

94,9

5,1

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