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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA TEORIAS PSICANALÍTICAS II

Por:   •  2/4/2018  •  1.495 Palavras (6 Páginas)  •  356 Visualizações

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Não foram relatados fatos sobre o paradeiro do genitor; Sabe-se que, apesar das constantes mudanças de humor da genitora, essa prezava pelo bom cuidado dos filhos; Maria, a princípio é uma criança que cresce e age de acordo com o desenvolvimento natural de uma criança.

João, no entanto, de acordo com o relatado pela tia, tem 9 anos, é extremamente agressivo na escola, tanto com a professora quanto com seus colegas, tem baixo rendimento de aprendizagem. Em casa é agressivo, não tem responsabilidades pelos seus atos, apesar de, pela idade, saber discerni-los. Esconde quando faz algo errado e ainda faz suas necessidades na cama.

Segundo Freud e Klein, a mente humana, para desenvolver-se, necessita pensar e/ou raciocinar sobre as suas experiências emocionais. Isso porque, os traumas e demais situações ficam no inconsciente e tanto podem ajudar, como podem prejudicar no desenvolvimento da criança.

Em relação à experiência de morte da mãe, tendo em vista a idade que possuía João, estava passando pela fase anal de desenvolvimento, isso explica o fato de até hoje ele fazer suas necessidades na cama;

Não ultrapassou tal fase de desenvolvimento, não raciocinou nem elaborou suas emoções e permanece até os nove anos na posição esquizo paranoide, não só por isso, mas também porque em seu mundo interno permanecem somente objetos maus, falta de afeto e atenção;

O mesmo ocorre em relação à agressividade, falta de responsabilidade e baixo rendimento escolar. Por não ter ultrapassado a posição esquizo paranoide, João permanece sem desenvolver a posição depressiva, o que leva a não possuir interesse por aprendizagem e tarefas escolares, e não assumir responsabilidade por seus atos, falta do sentimento de culpa por não ter desenvolvido a posição depressiva.

Através da interpretação mutativa, com transferência/contratransferência, e com a interpretação das fantasias inconscientes de João, agregando a isso, tudo aquilo que ele expressar, seja por meio de palavras, gestos, jogos, desenhos, brincadeiras, e até mesmo o relato de sonhos, será levado em consideração dessa equipe para analisar e entender o mundo interno do paciente e chegar a uma solução de como fazer com que ele PENSE as suas experiências emocionais.

Diante do exposto acima por essa equipe de profissionais, e utilizando a psicanálise, especificamente a linha de atuação apresentada por Melanie Klein: entende-se que, para que a análise do paciente seja eficaz, deve-se começar o tratamento com sessões regulares, semanais, no número de 5 (cinco), a fim de conhecer e interpretar seu mundo interno e, a partir daí, modificar a relação com o mundo externo, amenizando a agressividade, desinteresse e falta de responsabilidade, proporcionando a João uma melhor qualidade de vida, evitando que ele possa desenvolver transtornos de ordem mais negativa e de difícil reversão.

WILFRED RUPRECHT BION

Exímio seguidor de Melanie Klein, Bion inovou sua teoria trazendo para a psicanálise diversos conceitos e métodos de análise que se voltaram tanto para o analisando, como também para o analista.

Ele é o autor do modelo chamado de conteúdo e continente, sendo que a relação entre um e outro dá-se através da identificação projetiva.

Continente significa um processo ativo, através do qual o analista absorve ou assimila por melhor dizer, as informações e identificações projetivas oriundas do paciente, tira delas todo o conteúdo de maior negatividade, e retorna-as ao paciente de forma mais branda.

Pode-se dizer, a partir da conceituação acima, que continente, ou função continente tenha maior incidência na relação do analista com pacientes agressivos.

Como também foi mencionado, a identificação projetiva, por ser a projeção do eu a outro, além de ser um mecanismo de defesa do inconsciente, existe a expectativa de que a pessoa no qual se projeta emoções, sentimentos, compreenda-os, portanto, essencial a percepção, por parte do analista, do mundo interno do paciente.

Em outras palavras, a empatia entre analista e paciente, a capacidade do analista em se colocar no lugar do paciente e conseguir analisar e devolver, de forma estruturada, tudo aquilo que ele não conseguiu expressar por meio de palavras diretas.

Para Bion, a função continente também pode ser denominada de rêverie, que como explicitado acima, exerce grande característica de empatia entre analista e paciente, sendo que aquele deve estar sempre disposto e acessível para acolher o conteúdo das necessidades do paciente, suas ansiedades, medos e traumas.

Dentro desse contexto, podendo o analista transformá-las, deve então devolver ao paciente e fazer com que ele tenha como compreender cada uma delas e saber como agir de forma menos agressiva.

A função de rêverie, como já foi falado apresenta uma capacidade de empatia, de forma que o analista consiga perceber o que se passa no mundo interno do paciente, e saber como interpretar tais identificações projetivas para um bom resultado, ensinando o paciente a “ler, entender e aplicar suas emoções do mundo interno para o mundo externo.

CONCLUSÃO

Atividade prática supervisionada da disciplina Psicanálise II, em que foram estudadas as teorias seguidas por Melaine Klein e Wilfred Ruprecht Bion.

Ambos seguidores de Freud, inovaram a psicanálise, mais no tocante à analise de crianças e a relação entre analista paciente, respectivamente.

A presente atividade visou dar uma noção do que cada um deles representou e também, um relatório de caso que foi proposto, e noções do que propôs Bion.

BIBLIOGRAFIA

https://www.youtube.com/watch?v=TnouiDkBomw o que é fantasia UNIANHANGUERA. Elaboração de Trabalhos Acadêmicos.. Disponível em: . Acesso em: 27 mar 2015

ZIMERMAN, David E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica - uma abordagem didática. 1ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1999

OLIVEIRA,

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