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A satisfação dos acadêmicos em relação as aula interativas

Por:   •  6/6/2018  •  3.137 Palavras (13 Páginas)  •  329 Visualizações

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Um dos marcos históricos da Educação a distância foi a criação da Universidade Aberta de Londres em 1970, a Open University, que contribuiu decisivamente para o desenvolvimento de métodos e técnicas que serviram para caracterizar os diferentes modelos de EAD existentes. Além disso, contribuiu também para o desenvolvimento de tecnologias que deram mais solidez aos processos educacionais a distância e para a utilização massiva da mídia. Seguindo o exemplo da Inglaterra, outros países criaram instituições para desenvolver projetos formais de educação a distância, assim surgiu a Universidade Nacional de Educação a Distância, (UNED) em Madri (1972), que pode ser caracterizada como uma das iniciativas de maior sucesso e que serviu de modelo para outros países. A partir da metade do século XX, com o surgimento das primeiras instituições educacionais voltadas para a EAD e com o desenvolvimento acentuado das tecnologias de comunicação, ocorreu um despertar do interesse de estudiosos e pesquisadores, que procuraram conceituar a EAD e descrever com segurança as suas metodologias. Entre estes pesquisadores está Desmond Keegan (1980) que identifica alguns elementos-chave dos processos educacionais à distância, tais como:

• distância física entre professores e alunos;

• influência de uma organização educacional;

• uso da mídia para interligar professores e alunos;

• troca de comunicação bidirecional;

• aprendizes vistos como indivíduos, ao invés de grupos de alunos.

2.2 EAD no Brasil

As primeiras iniciativas em educação à distância no Brasil se deram por meio de cursos por correspondência, o rádio e televisão foram usados como meios de apoio. Em meados dos anos 90, com a disseminação das tecnologias de informação e de comunicação, começam a surgir programas oficiais e formais de EAD incentivados pelas secretarias de educação municipais e estaduais, algumas iniciativas isoladas e outras em parceria com as universidades.

Os primeiros programas formais, criados sob a ótica da regulamentação da década de 90, eram voltados para a Formação Continuada de Professores da Rede Pública. É exemplos dessas iniciativas o Projeto Nave em São Paulo (ALMEIDA, 2001); o Projeto Virtus em Recife (NEVES; CUNHA 2002); o Projeto do NIED UNICAMP realizado em parceria com a Universidade Estadual de Londrina e a Universidade Estadual de Maringá (VALENTE, 2000).

As iniciativas de oferta de cursos de Lato Sensu, cursos de extensão e cursos livres marcam o início da educação em ambientes virtuais de aprendizagem no Brasil.

A educação a distância no Brasil tem sido objeto de pesquisas e trabalhos realizados nesta última década. As instituições que se dedicam à EAD receberam a contribuição teórica, no período de 1996 até 2006, de importantes nomes, como por exemplo, Landim (1997), Niskier (2000), Nunes (1998), Belloni (1999), Valente (2000), Martins (2005), Neves e Cunha (2000) e outros autores citados no número especial da Revista Em Aberto (1996). Na base do desenvolvimento da educação a distância tem-se a preocupação constante com o acesso a educação de quem não teve a oportunidade de estar presente na escola no tempo e no espaço considerados ideais para a educação escolar presencial.

O número de instituições de ensino públicas e privadas que oferecem cursos nesta modalidade (EAD) tem crescido significativamente no Brasil depois da publicação da Lei de diretrizes e Bases – LDB em 1996. Segundo dados da Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED, o número de instituições que ofertam cursos superiores na modalidade de EAD cresceu 36% no período de 2004 a 2006 passando de 166 para 225. O número de alunos cresceu 150%, passando de 309.957 para 778.458 no mesmo período.

No final da década de 80 e início dos anos 90, nota-se um grande avanço da EAD brasileira, especialmente em decorrência dos projetos de informatização bem como o da difusão das línguas estrangeiras. Então, a partir desse recurso comunicacional, o rádio, tem sido o meio mais utilizado em EAD no Brasil (KENSKI, 2002).

2.3 Processo ensino- aprendizagem EAD

A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade pedagógica, que amplia a dimensão espaço-temporal da escola presencial, possibilitando uma maior democratização da educação e do processo de autoaprendizagem. As definições têm em comum o fato de o aluno e o professor estarem separados por uma distância (que pode ser física - aluno e professor estão em diferentes locais - ou temporal - aluno e professor podem fazer parte do processo em diferentes momentos).

Desenvolve-se com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, visando garantir um efetivo processo de interlocução entre alunos, professores e orientadores de aprendizagem.

Os cursos ministrados sob a modalidade a distância organizam-se em regime especial, com flexibilidade para admissão, horário e duração, observando-se as Diretrizes e Normas Nacionais e as do Sistema Estadual de Ensino.

A avaliação do rendimento escolar do aluno para fins de promoção, certificação ou diplomação, em curso a distância, será feita por meio de exames presenciais, sob a responsabilidade da instituição que houver sido credenciada para ministrá-lo, atendendo aos critérios e procedimentos definidos no projeto aprovado pelo ato de autorização ou reconhecimento do curso. O processo de avaliação, deve levar em conta as competências descritas nas diretrizes curriculares nacionais, os conteúdos e habilidades propostos para se alcançar com o curso.

Uma parcela substancial de pesquisas realizadas sobre a efetividade do ensino superior tem indicado a importância do contato professor-aluno. Quando estes estudos enfatizam os comportamentos pessoais no trabalho com os alunos em sala de aula, eles descrevem o bom professor como aquele entusiasmado pelo seu trabalho, interessado no aluno, preocupado com o seu progresso, fácil de dialogar, incentivador das discussões de diferentes pontos de vista e aberto para ajudar os estudantes em seus problemas (a interação professor-aluno, dentro e fora da sala de aula, caracteriza um ensino de qualidade e ajuda os estudantes a atingir os seus objetivos de aprendizagem).

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