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A atenção básica na atenção psicossocial

Por:   •  15/10/2018  •  1.791 Palavras (8 Páginas)  •  436 Visualizações

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Este relatório visa contribuir com a compreensão do papel do psicólogo na Rede de atenção Básica, mais especificamente com o exercer da promoção da atenção psicossocial e a acuidade da compreensão sobre o cotidiano das diferentes comunidades, espaços e subjetividades. A atenção básica tem entre seus principais objetivos a de possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de Saúde, isto em um âmbito geral, englobando as demandas em saúde mental, neste âmbito as ações são discorridas baseadas na noção de território, na qual é geograficamente conhecido, possibilitando aos profissionais a proximidade das vivências e história de vida da população, criando vínculos com a comunidade. Por ser o primeiro recurso utilizado pela população, tem presente constantemente a incidência de situações de sofrimento psíquico. Estes profissionais iram articular diretamente com o acolhimento potencial deste sofrimento, articulando muitas vezes com os NAFS que são denominados como:

Diversas ações, saberes e práticas se complementam; a participação social com foco na gestão participativa; a educação permanente em saúde buscando a transformação das práticas profissionais e da organização do trabalho; a humanização, a partir de construções coletivas entre gestores, trabalhadores e usuários e promoção da saúde que procura eleger formas de vida mais saudáveis (BRASIL, 2009b).

Os NAFS são constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas, na palestra fazia-se presente a Psicóloga Larissa Kuhnen Lehmkuhl que compunha a equipe na cidade de Angelina, na qual através de relatos vivenciados foi possível detalhar e esclarecer dúvidas perante o exercer destes profissionais.

Segundo Peres e Lopes, 2011, são de extrema importância que haja um debate sobre os princípios que podem fortalecer a articulação entre a AB e os CAPS na organização do atendimento ao sujeito, entre eles: a noção de território, a organização da atenção a saúde mental em rede, a intersetorialidade, a reabilitação psicossocial, a multiprofissionalidade, a interdisciplinaridade, a desinstitucionalizacao, a promoção da cidadania aos usuários e a construção da autonomia possível. Exemplificados ainda mais no âmbito do debate, sendo conceitos primordiais para a concepção de uma reforma psiquiátrica e de ações psicossociais mais ativas e eficazes na esfera da saúde mental.

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL:

- Problematizar o trabalho do Psicólogo nos pontos de atenção básica em saúde, preconizados pelo SUS, especificamente relativo a atenção psicossocial. A partir do debate e troca de informações teóricas e vivenciadas.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Identificar o trabalho do psicólogo na Atenção Básica e como o sofrimento vem sendo pensado por esse profissional e pelos demais da área da saúde que atuam nesses espaços.

- Qual ação de integralidade tem sido realizadas e quais são as suas especificidades na atenção básica.

- Analisar a ação do Psicólogo na atenção Básica em saúde e quais são suas possibilidades de trabalho, anseios, problemáticas e desejos.

- Entender como a supervisão clínica institucional na saúde pública pode ser um poderoso aliado no entendimento do usuário enquanto sujeito de direitos capaz de alcançar sua autonomia.

4. LEVANTAMENTO DE DADOS

- Aspectos gerais do funcionamento do ponto de atenção abordado na comunicação

A atenção Básica é um nível de assistência com finalidade de acompanhar a demanda da saúde, bem como promover ações de prevenção, recuperação, reabilitação de doenças, e estes no âmbito geral, a demanda de saúde mental na atenção básica se faz presente de certa forma, cotidianamente nas UBS. Como cita Magda em seus discursos, a unidade básica é o primeiro recurso da população, é a porta inicial para a promoção de saúde e atenção psicossocial, muitas vezes a primeira criação de vinculo é com a recepcionista, vigilante, entre outros profissionais. E vale ressaltar que este vem como apoio, sendo um dispositivo para a formação de vinculo, ou melhor, deve ser realizada a prática de cuidado entre profissional e usuário. Para o exercício da psicologia, se faz necessário nestes âmbitos, a qualificação de todos os profissionais incluindo desde o porteiro até o PSF, Para que haja um primeiro acolhimento, oferecendo um espaço de escuta a usuários e as famílias, de modo que eles se sintam seguros e tranqüilos, para que possam expressar suas aflições, dúvidas e angustias, assegurando o prosseguimento deste cuidado de forma compartilhada com outros serviços como o NASF, CAPS, entre outros. Como foi exemplificado pela fala da Cibeli que relatou um primeiro acolhimento realizado pelo vigia da unidade, sendo realizada sua capacitação para o acolhimento e primeiro vinculo, ressaltando que este trabalho não é terapêutico mais auxilia em sua maioria no exercer do mesmo.

Ao receber a demanda deste sofrimento, que parte de uma perspectiva multidimensional e sistêmica que foi inicialmente proposta por Cassell, sendo entendido sofrimento como a vivência da ameaça de ruptura da identidade do sujeito. Frente a este sofrimento as ações do profissional de saúde devem se valer de um conceito multidisciplinar onde está emergido este sujeito, levando em conta suas diferentes relações com seu meio, sendo este afetivo, familiar, social entre outros. A demanda deste sofrimento é algo constante na atenção básica, e esta deve estar sensível a acolher e observar o que esta demanda necessita se será possível sanar na unidade ou se faz necessário o encaminhamento para outros recursos da rede como NASF CAPS entre outros.

- Descrição geral da população atendida

A população atendida nesta esfera se refere à que compõem o território. O território é um componente fundamental no exercer da atenção básica, pois, estabelece limites geográficos e de cobertura populacional, estas são de responsabilidade das equipes de saúde. A noção de território - vivo de Milton Santos (1979), considera as relações sociais e as dinâmicas de poder que configuram os territórios como lugares que tomam uma conotação também subjetiva. Sendo utilizada também a noção de territórios existências de Guattari (1990), podendo Ester ser individuais ou em grupos, representam espaços e processos de circulação das subjetividades

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