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A Genética Humana

Por:   •  9/10/2018  •  2.072 Palavras (9 Páginas)  •  240 Visualizações

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ventrículo, no nível do hipotálamo, e se estende caudalmente à área que circunda o aqueduto do mesencéfalo (matéria cinzenta periaquedutal), desencadeia reações de defesa bem estruturadas em gatos, tais como de ameaça, luta e fuga, acompanhadas de manifestações neurovegetativas. Verificaram ainda, que a estimulação da amígdala, estrutura situada sob o córtex temporal e ligada ao hipotálamo por densas vias nervosas, produzia reações de defesa afetiva, perdurando após a cessação do estímulo.

A ansiedade sendo um alerta natural para que o nosso corpo reaja a algum sinal de perigo serve para a nossa proteção, sem ela estaríamos desprotegidos de ameaças rotineiras, como atravessar uma rua movimentada, quando um carro vem rapidamente em nossa direção por exemplo: se não sentissimos o coração bater mais forte e as mãos geladas e trêmulas, continuaríamos caminhando calmamente e correríamos um sério risco de sermos atropelados. A ansiedade pode ativar o nosso medo, a fuga e congelamento das ações do indivíduo.

Vejamos a relação das vias neurais que comandam estas reações de defesa: “tem proposto circuitos neurais distintos responsáveis pela organização e expressão dessas respostas relacionadas ao medo e ansiedade”. Gray e McNaugthon (2000) citado por Carvalho-Neto (2009). No entanto, um conjunto de estudos, utilizando técnicas anatômicas e modelo animal etologicamente fundamentado, apontam para um circuito neural único e integrado. Centrado no sistema hipotalâmico de defesa e com intensas projeções (aferentes e eferentes) de sítios específicos da amídala, tálamo, massa cinzenta periaquedutal e sistema septohipocampal, esse circuito neural parece crucial para integração e expressão de comportamentos defensivos exibidos diante do perigo proximal (exposição ao predador) e aqueles diante do perigo potencial (exposição ao contexto predatório), como para processamento de informações mnemônicas. Por Cezário et al (2008); Canteras (2008) citado por Carvalho-Neto(2009).

Conclui-se então que no cérebro existem áreas especificas para que se possa ocorrer a ativação da ansiedade para que possamos reagir em forma de defesa no circuito neural onde se encontra a amídala, tálamo, massa cinzenta periaquedutal e sistema sptohipocampal e no sistema hipotalâmico.

A genética da ansiedade

Para obter mais precisão neste trabalho trago aqui uma pesquisa feita por Geison Izídio na sua dissertação de mestrado em farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina no ano de 2005, onde ele utilizou roedores em seus testes comportamentais de ansiedade, estudou também os fatores genéticos, a identificação de fatores ambientais relevantes e as interações genótipo-ambiente para aumentar a reprodutibilidade dos estudos. Segue abaixo um resumo dos testes:

Fatores ambientais e genéticos sobre medidas comportamentais de ansiedade e alcoolismo. Testaram em os ratos LEW e SHR em: (a) 3 testes comportamentais de ansiedade, com algumas variações no ambiente de laboratório, (b) um protocolo de alcoolismo e (c) medidas de expressão gênica. Os ratos Floripa H/L foram avaliados nos mesmos testes de ansiedade e alcoolismo. Os resultados mostraram que as linhagens LEW/SHR diferem no teste da caixa branca/preta (CBP), tanto na fase clara como na fase escura do ciclo circadiano, e no labirinto em cruz elevado (LCE), tanto no teste como no reteste 24h depois, com os animais LEW sendo mais “ansiosos” do que os SHR. A posição da gaiola no biotério e o estado comportamental (sono/vigília) do animal antes do teste influenciam os resultados dos testes de ansiedade. A linhagem mais “ansiosa” (LEW), foi a que consumiu maiores quantidades de etanol. Os ratos LEW apresentaram menores níveis de expressão gênica de NPY e maiores níveis de receptores 5-HT1A em relação aos SHR no hipocampo. A linhagem Floripa L foi mais “ansiosa” e ingeriu mais etanol. Concluindo, (a) teste e reteste no LCE podem compartilhar componentes psicológicos comuns, (b) as diferenças genéticas entre ratos LEW e SHR são influenciadas por alguns detalhes do ambiente de laboratório, (c) parece existir uma correlação positiva entre a ansiedade e o alcoolismo e (d) o NPY e os receptores 5-HT1A do hipocampo parecem estar envolvidos nestas patologias. (IZÍDIO, 2005)

Bloco Experimental 1 (Modelo Genético LEW/SHR; variações na situação

de teste):

• Verificar se as diferenças emocionais na CBP entre as linhagens LEW e

SHR, já relatadas durante a fase diurna do ritmo circadiano de sono/vigília,

persistem na fase noturna.

• Verificar se as linhagens são diferentes no reteste do LCE e avaliar a

relação desta segunda exposição (reteste) com a primeira.

Bloco Experimental 2 (Modelo Genético LEW/SHR; variações no ambiente de laboratório):

• Avaliar a influência de um novo experimentador nos resultados de um teste

de ansiedade, o CA.

• Avaliar a influência da posição das gaiolas dos ratos (alojamento) dentro do

biotério, desde o momento do desmame até o dia do teste, nos resultados

de três testes de ansiedade (CA, LCE e CBP).

• Avaliar a influência do estado comportamental do animal, imediatamente

antes do teste, nos resultados do LCE.

Bloco Experimental 3 (Modelos Genéticos LEW/SHR e Floripa H/L; modelos de ansiedade e alcoolismo):

• Avaliar a possível relação entre modelos de ansiedade e um modelo de

alcoolismo, através de três testes comportamentais de ansiedade e de um

protocolo de auto-administração de etanol.

• Avaliar o efeito do sexo nos testes de comportamentais de ansiedade e no

protocolo de auto-administração de etanol.

Bloco Experimental 4 (Modelo Genético LEW/SHR; expressão de genes

candidatos):

• Comparar as duas linhagens em relação à expressão (através do RNAm)

de dois genes ligados a um QTL do cromossomo 4 do rato (NPy e NR2b) e

um

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