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A Desordem emocional

Por:   •  9/12/2018  •  2.683 Palavras (11 Páginas)  •  377 Visualizações

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Segundo Gonçalves e Machado (2007), o avanço na medicina, das técnicas no século XX e início do século XXI, são fatores determinantes para surgimento de novas formas de se vê a doença e também de trata-la. A preocupação é grande com diagnostico que não são feitos corretamente e dessa forma o tratamento não se torna eficaz.

Histórico da depressão no mundo e no Brasil

Apontada como a principal causadora de problemas de saúde e incapacidade, a depressão atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo, um significativo aumento entre 2005 e 2015 de mais de 18% de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2017).

O termo depressão foi usado pela primeira vez em 1680 para se referir ao desânimo e incorporado ao dicionário em 1750 por Samuel Johnson, insurgindo devido à queda de crenças supersticiosas onde baseavam o entendimento dos transtornos mentais até então (Souza & Lacerda, 2013). Entretanto, de acordo com Gonçales e Machado (2007), em meados do século XIX, esse termo foi adotado pelo uso comum, fazendo assim, valer a pena conhecer e entender sua história.

Assim que surgiu a psicologia, surgiu consigo novas maneiras de olhar a depressão, uma delas é a psicanálise, com Freud inicialmente, mostrando que os fenômenos depressivos não são do organismo, como dizia a psiquiatria, mas sim do sujeito. Em seu texto de 1915, Freud, usou o termo melancolia para descrever um quadro psicótico que fazia menção aos problemas específicos desse campo, já dito anteriormente pela psiquiatria, mantendo-se fiel ao termo clássico por entendê-lo de outra forma (Rodrigues, 2000).

A forma como se via a depressão era uma tristeza do espirito que se fixava naquela melancolia, sem febre. Era considerada de forma muito parecida como se vê hoje, os sintomas são os mesmos, perda de sono, perda de apetite, isolamento, desejo de morte. E também já se pontuava os tratamentos de forma bem parecida com o que sugestionado na atualidade, como pratica de atividade física. As mulheres que apresentavam os sintomas eram muitas vezes submetidas a sangrias e evacuações, pois percebiam que havia uma certa melhora após o período menstrual, fato que hoje sabemos ser hormonal (Ferreira et al., 2014).

Do ponto de visa científico, é necessário que os psicólogos se mantenham atualizados quanto a gravidade e a incidência das chamadas perturbações de humor, que incluem a depressão major, distimias e bipolaridade, podendo apresentar soluções mais vantajosas aos que o procuram. Para tal, faz-se necessário um diagnóstico, podendo aderir ao DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) que fornece os critérios para diagnóstico dessas perturbações. Ainda que, muitos profissionais aleguem que esse manual seja ambíguo, vários casos onde foi-se diagnóstico a depressão a partir desses critérios, poucas foram as oposições detectadas cientificamente fundamentadas (Oficina de Psicologia (OP), 2017).

Caracterizado por alternâncias de afetividade entre dois pólos, um chamado de “mania” referindo-se ao período onde a pessoa está eufórica, e o outro de depressão, quando a pessoa se sente deseperançosa. Outro quadro é o de distimias, um tipo de “mal humor” ininterrupto, considerado quando esse sentimento não faz parte da pessoa e teve início em algum momento específico e por fim, a depressão propriamente dita, qualificada pela tristeza patológica sem razões identificáveis e ausência de ânimo para viver (Lima, 2017).

A depressão pode apontar para alterações neuroquímicas cerebrais atreladas a um desequilíbrio psicológico no modo de pensar. Ela envolve aspectos cognitivos, comportamentais, afetivos, motivacionais, fisiológicos, entre outros. Estados depressivos podem acompanhar outros transtornos psiquiátricos. A terapia cognitivo-comportamental promove uma reestruturação cognitiva. Integra técnicas comportamentais e cognitivas. O terapeuta ajuda o paciente a identificar cognições distorcidas e pensamentos disfuncionais. Avalia o tripé que sustenta o comportamento depressivo: visão negativa que o paciente tem de si mesmo, interpretação distorcida das experiências atuais e catastrofização do futuro. Fatos determinantes que podem levar ao suicídio. Os sintomas são muito parecidos em todos os casos de depressão. Tendência cognitiva negativa, lentidão nas respostas sociais, baixo desempenho profissional, insônia, apatia, fadiga, culpas, alterações da libido, dificuldade de concentração, entre outros. Uma sensação de não saber ser, uma tristeza que não passa nunca, a crença de que tudo está perdido (Silva, 2016).

Perspectiva do psicólogo clínico

O profissional para tratar de depressão deve fazer graduação no curso superior de Psicologia, numa instituição reconhecida pelo MEC, na área de ciências humanas que orienta a formação profissional em distintos setores e contextos sociais, visando à promoção da qualidade de vida dos indivíduos, grupos, organizações e comunidades, com procedimento ético e responsável, com discernimento crítico dos processos sociais, culturais e políticos.

O psicólogo terá possibilidade de atuar em instituições de saúde como hospitais-dia, centros de saúde, ambulatórios, clínicas psicológicas, instituições educacionais e, ainda, em intervenções, em qualquer instituição, na perspectiva das condições e relações de trabalho, bem como associações comunitárias, empresas, sindicatos, fundações, juizados da infância e juventude e da família, penitenciárias, clínicas especializadas, núcleos rurais e comunitários etc.

No tratamento da depressão o psicólogo se torna habilitado após cursar os 05 anos de psicologia e realizar o estágio obrigatório, ficando apto para tratar problemas de ordem comportamental e psicológicas, porém não poderá receitar medicamentos. Esse tratamento também poderá ser realizado por um terapeuta, a formação dele pode ser médica e depois passar a fazer a especialização em terapia, com cursos voltados para a devida área ou por um psiquiatra com formação em Medicina e sua especialização (pós-graduação) em psiquiatria, ficando apto para diagnostica problemas de ordem mental, sendo o profissional responsável pela indicação de medicamentos. Para definir melhor o mais indicado, o importante é conhecer a linha de trabalho do profissional e avaliar sua experiência, assim como a empatia que precisa existir na relação paciente e profissional (Anônimo, n.d.). Todo profissional de psicologia deve se registrar no Conselho Regional de Psicologia que tem por finalidade orientar, disciplinar e fiscalizar

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