Projeto de Identificação dos Estágios de Mudança em Pácientes Pré-bariátrica

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FORMULAÇÃO DAS HIPÓTESES

H0 – Não será possível identificar em qual estágio de mudança encontram-se os pacientes.

H1 – Será possível identificar em qual estágio de mudança encontram-se os pacientes.

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OBJETIVOS DA PESQUISA

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OBJETIVO GERAL

Identificar o estágio de mudança dos pacientes pré-bariátrica.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Realizar avaliação antropométrica;

- Classificar o estado nutricional dos pacientes;

- Aplicar questionário de estágio de mudança;

- Analisar o questionário comportamental/motivacional

- Direcionar o aconselhamento nutricional.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 ESTÁGIO DE MUDANÇA

Estudos vêm demonstrando que a melhor maneira de auxiliar os pacientes e ter resultados mais duradouros e eficazes, é compreender detalhadamente o que acontece sob sua própria perspectiva, consciente ou subconscientemente quando eles alteram um comportamento.Para entender mais claramente o processo de mudança, os ESTAGIOS DE MUDANÇA descrevem os diferentes estágios pelos quais os indivíduos geralmente passam, antes de conseguirem efetivamente mudar qualquer comportamento. O modelo entende a mudança como um processo que acontece ao longo do tempo, em vez de um evento isolado com uma única etapa. Quando se identifica em que estágio uma pessoa está, o profissional de saúde consegue uma ideia clara da melhor forma de dirigir sua consulta, a aplicação do Estágio de Mudança é considerado um modelo Transteórico, ou seja, aplica-se independentemente do método de aconselhamento/ajuda adotado (NUNES, APPOLINARIO, et al., 2012).

Este modelo é bem sucedido em profissionais da área da Nutrição, pois, comer é um comportamento influenciado por uma variedade muito ampla de fatores. E é visto que, depois de dizer a alguém o que ele deve comer para melhorar a sua saúde geralmente não ocorra uma mudança dietética bem sucedida e persistente. Os profissionais da saúde que desejam desempenhar a função de agente de mudanças precisam resistir ao “modelo médico” de persuasão e coerção direta e adotar uma abordagem centrada no paciente. Uma abordagem persuasiva conduzida por profissionais pressupõe que as pessoas estejam automaticamente motivadas a ponto de agir com base na informação fornecida, em parte por causa da credibilidade do profissional, que fornece a orientação, e em parte como resposta ao risco imposto a saúde (MANN, TRUSWELL, 2011).

Os Componentes do Estágio da Mudança são classificados em: Pré-contemplação: onde o indivíduo não considera a possibilidade de mudar, por não ter consciência ou porque resiste a enfrenta-la. Contemplação: quando se tem consciência do problema, considera a possibilidade de mudar, mas se sente dividido por ter que abrir mão de outras coisas. Preparação: decidiu por mudar, e realizará mudanças em futuro próximo (em 3 meses), mas ainda está ambivalente. Ação: Começa fazer mudanças no comportamento, como a pratica de atividade física e seguimento de um plano alimentar. Manutenção: Tenta manter o progresso conseguido durante a ação (se debate com pensamentos de recaída, pode durar 6 meses ou a vida inteira). Conclusão: Livre da tentação de voltar aos comportamentos antigos (o comportamento novo está mais habitual que o antigo).Recaída: Não é um estágio de mudança, é um desfecho possível da manutenção. Não foi bem sucedido em tentativa de mudar, tende a voltar ao estágio de contemplação (MANN, TRUSWELL, 2009).

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Os estágios da mudança geralmente são representados como um modelo circular, com uma porta giratória. As pessoas podem ficar presas em diferentes estágios, avançar ou retroceder, ou avançar em espirais. Algumas pessoas ficam presas no estágio de “contemplação”, com pensamento constante em mudar, embora nunca passem desse estágio (FERREIRA, LIMA, et al, 2015).

Outros indivíduos constantemente entram em “ação”, mas nunca avançam até a fase de manutenção, essas pessoas podem ser reconhecidas entre aquelas que sempre estão começando uma dieta diferente, mas não conseguem manter. Essas pessoas estão sempre fazendo uma nova tentativa de perder peso, sem jamais conseguir manter quaisquer perdas alcançadas (FERREIRA, LIMA, et al, 2015).

Em geral, as pessoas passam repetidamente por esses estágios de mudança, e realizam varias tentativas infrutíferas de mudar, até que por fim, passam ao estágio de manutenção e conclusão. A recaída (ou recidiva) é entendida como algo positivo; pois sempre existem razões para recaídas e elas podem ser abordadas com objetivo de se conseguir mais sucesso na próxima mudança. A recaída sempre é uma experiência de aprendizagem. As duas limitações do aconselhamento dietético são: que em razão da natureza mutável da motivação e da mudança, nem sempre é possível encaixar o indivíduo em determinado estágio da mudança; e que as pessoas podem estar em estágios diferentes para cada comportamento alimentar (MANN, TRUSWELL, 2011).

A obesidade é uma doença crônica que está associada a várias alterações metabólicas, e quando, o individuo obeso, cumpre todas as etapas planejadas pelo profissional nutricionista que atua dentro dos Estágios de Mudança, alcança resultados significativos (redução dos indicadores antropométricos). A identificação dos estágios de mudança é uma ferramenta que, se observada, possibilita uma intervenção mais adequada, partindo gradualmente do estágio inicial para a ação, e fazendo com que o participante adquira autocontrole e mantenha o comportamento desejado, chegando à fase de conclusão, tornando os hábitos novos muito mais forte