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A Recuperação e hipertrofia muscular com o uso de Whey Protein.

Por:   •  23/11/2018  •  2.137 Palavras (9 Páginas)  •  293 Visualizações

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A nutrição é um dos fatores que pode otimizar o desempenho atlético que se bem equilibrada pode reduzir a fadiga, lesões, ou repará-las rapidamente, otimizar os depósitos de energia e para saúde geral do indivíduo (Brouns, Saris & Hoor, 1986; Hasson & Barnes, 1989; Sherman & Costill, 1984)

Quando os nutrientes se apresentam em quantidades ótimas, a saúde e o bem-estar do indivíduo são maximizados. A determinação de quais nutrientes são essenciais, e das quantidades ótimas dos nutrientes essenciais têm sido foco de investigações por décadas, e as recomendações de nutrientes específicos têm sido apresentadas nas Recomendações de Ingestão pela Dieta - RIDs (National Research Council, 1989).

Dentro dessa visão, os macros e micronutrientes ditos ergogênicos têm sido utilizados pelos alunos das academias de ginástica visando melhorar o seu desempenho e concomitantemente, a estética. A literatura científica se refere aos ergogênicos como sendo as substâncias ou fenômenos que melhoram o desempenho de um atleta (Wilmore & Costill, 1999).

A proteína do soro do leite whey protein, segundo Haraguchil, Abreu e Paula (2006) possui alto valor nutricional e grande teor de aminoácidos essenciais e de cadeia ramificada. Proporciona um efeito de aumento na síntese protéica e redução da gordura corporal, despertando então interesse entre os jovens. É um suplemento com grande valor nutricional, e seu consumo é elevado, pois muitos atletas insistem em ingerir uma grande quantidade de proteínas para aumentar sua massa muscular.

Portanto a uma grande atribuição pela importância das proteínas no que se refere a síntese muscular crônica, ocorrendo devido á exercícios com sobrecarga. Dessa forma o papel das proteínas na hipertrofia muscular é importante para o aumento do tamanho e número de filamentos de actina e miosina (FLECK e KRAEMER, 2006).

A proteína do soro do leite apresenta uma estrutura globular contendo algumas pontes de dissulfeto, que conferindo certo grau de estabilidade estrutural. Os peptídeos do soro são constituídos de: beta-lactoglobulina (BLG), alfalactoalbumina (ALA), albumina do soro bovino (BSA), imunoglobulinas (Ig's) e glicomacropeptídeos (GMP), e sua composição é muito parecida á do músculo esquelético (RAIMONDO et al., 2013).

O aminoácido da proteína do soro do leite possui um perfil rico em L-leucina, favorecendo o anabolismo muscular. Também apresenta alto teor de cálcio e de peptídeos bioativos do soro, proporcionando possíveis efeitos sobre a síntese protéica muscular esquelética, redução da gordura corporal, assim como na modulação da adiposidade, e melhora do desempenho físico. Entre possíveis benefícios destacam-se seus efeitos hipotensivo, antioxidante e hipocolesterolêmico (TERADA et al., 2009).

O exercício físico causa um aumento das necessidades protéicas no organismo de um atleta de força. O treinamento de força causa a redução na concentração de insulina, por isso a ingestão de alimentos ajuda a estimular síntese protéica, pois estimula a produção de insulina e reduz a quebra de proteínas (FISCHBORN, 2009).

A hipertrofia muscular ocorre a partir do saldo de síntese protéica, assim sendo, quando ocorre essa síntese protéica muscular excede a degradação protéica. O treinamento de força exerce profundo efeito sobre o metabolismo protéico muscular, resultando em crescimento dos músculos. Assim sendo, seus efeitos complementares do exercício de força com diferentes estratégias nutricionais será relevante na investigação do metabolismo protéico muscular (TIRAPEGUI, 2008).

O soro do leite é um subproduto da indústria de laticínios obtido através da produção de queijos. Seu destino principal antigamente era fonte de ração animal e até mesmo descarte direto em efluentes (PIRES, 2010). São constantes os esforços para aproveitamento de resíduos agroindustriais em todo mundo. Neste particular, o soro de leite, pela abundância de produção, características nutricionais e elevada capacidade poluente, tem sido, há tempo, motivo de vários estudos (SILVA e GOMEZ, 2000).

Com o aumento da produção de queijo ao longo dos anos e um controle rigoroso da disposição dos efluentes, a produção do soro atualmente foi um dos problemas mais críticos para a indústria de laticínios (BALDASSO, 2008).

Por muitos anos, o soro do leite foi descartado, mas só na década de 1970, pesquisadores começaram a estudar suas propriedades. O componente mais valioso encontrado no soro são as proteínas, mas encontra-se em concentrações reduzidas no soro líquido. Para tanto, tornam-se necessárias algumas etapas de concentração do soro, para que as propriedades funcionais sejam ressaltadas, como por exemplo, solubilidade, emulsificação e formação de espuma (PAGNO, 2009).

Segundo Gentil (2003) o processo de obtenção do concentrado protéico pode gerar dois tipos de lactalbumina, da forma isolada se dá pelo aquecimento o soro do leite para matar os microorganismos, em seguida mistura-o a um combinado químico ao qual só as moléculas protéicas podem se unir, todas as moléculas (lactose, gordura, proteína desnaturada...) que não se uniram à celulose são descartadas. O composto restante é então lavado em uma solução salina que remove as cadeias de celulose, em seguida a solução é filtrada de modo a restar somente a proteína pura. Isto faz com que o isolado de proteína tenha 90 a 95% de pureza, com pouca ou nenhuma quantidade de lactose, gordura e proteína desnaturada. A forma concentrada se dá após o aquecimento do soro do leite, ele é filtrado em uma superfície que retém apenas a proteína e a gordura, eliminando grande parte da lactose e da água, por não envolver processos químicos artificiais, este método é mais natural, mas em compensação fornece uma menor concentração de proteína pura (25-89%), com quantidades de gordura, lactose e minerais mais significativas que a forma isolada. Outro processo pelo qual a lactalbumina passa é a hidrolização, daí vem o nome hydrolizedwheyprotein, o que em português significa que molécula da proteína do soro do leite coalho foi quebrada em partículas menores na presença de água. Esta quebra em partículas menores tem a finalidade de melhorar a digestão e absorção do composto.

As proteínas do soro de leite apresentam elevado valor nutritivo cuja composição de aminoácidos pode complementar a do colágeno, além de possuir propriedades funcionais importantes para a saúde humana (ZIEGLER e SGARBIERI, 2009).

O fato do perfil aminoácido do soro de leite se assemelhar ao do leite humano, permite que sua

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