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Saude do Idoso

Por:   •  8/11/2018  •  3.633 Palavras (15 Páginas)  •  247 Visualizações

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As funções imunitárias são programadas geneticamente a diminuir com o passar dos tempos, isso modifica o funcionamento de todos os órgãos, surgindo patologias, diminuindo qualidade de vida entre outros.

Os estudos acerca do processo de envelhecimento utilizam do protocolo de SENIEUR, que seleciona idosos saudáveis, onde a maioria resulta numa remodelação nas respostas imunológicas.

Referente à imunidade inata, em termos de quantia suas células (neutrófilos, monócitos, células NK e células dendriticas) mostram-se em preservados, porém a atividade funcional se compromete em alguns eventos.

A maturação de células dendríticas, (APC´s – células apresentadoras de antígenos) torna-se comprometida em indivíduos idosos, isso ocorre devido a redução da glutationa, aminoácido endógeno com função antioxidante. Isso ocasiona a redução na proliferação de linfócitos T e a diminuição na produção de citosinas, como a IL-2 e a IL-12.

Os receptores do tipo TOLL (TLR) (resposta inata envolvido no reconhecimento rápido de patógenos), apresentam redução substancial de TLR1/2 em monócitos de indivíduos idosos que apresentava susceptibilidade aumentada a infecções.

Com relação aos neutrófilos, estudo in vitro de quimiotaxia e fagocitose mostrou que esses processos eram reduzidos em idosos quando comparados a indivíduos jovens.

Quanto a alterações das células NK (papel na imunovigilância), em idosos saudáveis ocorre à deficiência na via de sinalização que controla a produção de citosinas nas células NK, através do receptor de membrana CD94 expresso nessas células com o desenvolvimento de artrite.

Quanto à resposta imune humoral, o número de linfócitos B e a produção de anticorpos não são significativamente menores em idosos saudáveis, tendo como consequência uma resistência menor contra fungos e protozoários e também às respostas mais baixas a vacinação.

3.1 RESPOSTA IMUNE ADQUIRIDA EM IDOSOS

O processo degenerativo normal observado desde a puberdade (involução do timo) é o evento central crítico para as alterações observadas na imunidade adquirida em decorrência do envelhecimento, ocorre paralelamente a uma inibição na produção do hormônio do crescimento e de IL-7, esses fundamentais para a maturação dos linfócitos.

Estudos sugerem que a ansiedade, depressão e stress são mais observados em idosos quando comparados com jovens e adultos até a quinta década de vida, com isso alguns autores defendem que alterações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal são determinantes das modificações de resposta imune observadas no envelhecimento.

Indivíduos idosos portadores de depressão possuem um aumento na produção de mediadores inflamatórios, o que leva a aumento nas chances de doenças autoimunes.

O desequilíbrio entre cortisol/DHEA induz a produção de IL-6, IL-10 e Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α), além da diminuição da atividade citotóxica por células NK, contribuindo para o desenvolvimento de infecções virais, doença cardiovascular, diabetes tipo II, osteoporose, artrite e neoplasias.

Quanto a IL-6, a ´´citosina dos gerontologistas´´, seus níveis altos são como um fator predisponente à incapacidade funcional e mortalidade.

Estudos recentes indicam que a secreção aumentada TNF-α e IFN-γ está relacionada com a imunopatogênese da doença de Alzheimer, pois induz o aumento da produção do peptídeo β-amiloide e, consequentemente, neurodegeneração. Sobre o aumento da secreção da TNF-α em idosos induz a produção de auto anticorpos, sendo um indicativo de processo inflamatório ligado a doenças relacionadas com o envelhecimento, como a fibrose e a demência.

Os níveis altos de mediadores inflamatórios na circulação induzem às mudanças de comportamento e mal-estar associados com a fadiga e a anorexia.

- RESPOSTA À VACINAÇÃO EM IDOSOS

Segundo Esquenazi (2008) apud. Kovaiou e colaboradores, cerca de um milhão de óbitos são evitados com a vacinação dos idosos. Porém quanto a vacinação contra a influenza, essa eficácia cai 50% quando comparados com indivíduos jovens imunizados.

Essa redução pode estar relacionada com a diminuição da capacidade fagocítica dos neutrófilos e macrófagos e também sobre a redução do número de células de Langherans na epiderme, o estímulo crônico persistente do inflammaging compromete a capacidade do organismo idoso de reconhecer tanto patógenos quanto vacinas como “sinais de perigo” isso também compromete a eficácia da vacinação.

Fatores nutricionais como a deficiência de zinco impede a translocação do fator de transcrição NF-kB cuja ativação e expressão são críticas para a produção de citosinas pró-inflamatórias. O idoso geralmente apresenta carência de proteínas, geralmente acompanhada de deficiência de zinco. A queda nos níveis de zinco está associada a baixas respostas à vacinação contra difteria e influenza, assim como à patogênese da doença de Alzheimer.

Exercícios físicos regulares de força são associados com aumento da imunidade em idosos.

- INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA NO IDOSO

Os idosos são mais sensíveis aos efeitos adversos dos medicamentos, com o surgimento de patologias pela idade, o idoso inicia o uso de certos medicamentos, podendo estes apresentar efeitos adversos, por isso é sempre um desafio prevenir e tratar os problemas típicos das pessoas de idade avançada como a mobilidade, a instabilidade, a incontinência urinaria, a insuficiência cerebral e a iatrogênica medicamentosa. Os medicamentos mais preocupantes, já que propicio a intoxicação por medicamento são os analgésicos, medicamentos cardiovasculares, antidiabéticos orais, antidepressivos, relaxantes musculares, e os antibióticos.

Devido à idade os rins e o fígado se tornam mais lentos e como os medicamentos são eliminados por esses órgãos o idoso pode acumular medicamento por mais tempo no organismo resultando em uma intoxicação. O médico ao prescrever um medicamento para um idoso deve ver se realmente é necessário o uso de medicamento principalmente aqueles que possuem incidência elevada de reações adversas considerarem que as funções hepáticas e renais dos momentos.

O metabolismo do idoso é mais lento por isso o paciente geriátrico pode apresentar alterações na seguinte funções gastrointestinais,

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