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O PAPEL DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÕES ORIUNDAS DE CIRURGIAS ESTÉTICAS

Por:   •  20/12/2018  •  6.532 Palavras (27 Páginas)  •  415 Visualizações

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potência em processos cicatriciais e contemplam referências para a construção de novos estudos sobre o assunto.

Por último, e como foco principal do trabalho, será observado a utilização do aparelho nas cicatrizes resultantes de cirurgias estéticas, como é realizado o procedimento, qual o melhor momento para iniciar a terapia com o laser, bem como, quais são os resultados esperados. Para Dantas, Catão et al (2012), a radiação emitida pelos lasers de baixa potência demonstram efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes, portanto, o uso deste no processo de reparo tecidual tem se tornado mais abrangente, principalmente em virtude das baixas densidades de energia usadas e comprimentos de ondas capazes de penetrar nos tecidos.

O laser de baixa potência, portanto, está atualmente associado a vários tipos de terapias necessárias para o bem estar do organismo, entre eles, à regeneração tecidual.

METODOLOGIA

A presente produção textual, que objetiva analisar o laser de baixa potência em relação às cicatrizes oriundas de procedimentos estéticos será criada a partir de dados exploratórios, para que haja maior familiaridade com o objeto de estudo e este torne-se mais claro. Portanto, envolverá levantamento e análise de dados bibliográficos. Quanto à abordagem da pesquisa, esta será realizada de forma qualitativa, já que analisará dados não mensuráveis por estatísticas ou números, mas sim por percepções bibliográficas.

O trabalho consiste em uma revisão bibliográfica, e por isso serão analisados autores, portais conceituados no assunto, bem como, artigos científicos certificados por sites de renome.

JUSTIFICATIVA

Não é de hoje que as cirurgias estéticas tornaram-se acessíveis a um maior número de pessoas. No entanto, os resultados obtidos no pós operatório por vezes podem não ser totalmente satisfatórios ao paciente, justamente por conta das cicatrizes que o procedimento pode deixar. Neste contexto, esta produção textual baseada em referencial teórico justifica-se pela necessidade de analisar a associação de um meio indolor e eficaz ao processo de reparação de cicatrizes de cirurgias estéticas, que é o laser de baixa potência.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As etapas do processo de cicatrização da pele

Não retirar a casquinha da ferida é uma recomendação comum vinda das mães e avós, porém, o simples pressuposto está atrelado a questões muito mais complexas, que são explicadas a partir da análise do processo de cicatrização. De acordo com Ligocki Campos, Borges-Branco e Groth (2007, p. 1): “A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada cascata de eventos que culminam com a reconstituição tecidual”. Os autores complementam que este processo é comum a todas as feridas, independente do agente causador.

Já, de acordo com Isaac, Ladeira et al (2010, p. 1): “A pele (...) está sujeita a diferentes tipos de estímulos danosos, os quais desencadeiam diversas vias biológicas que tentarão restaurar as funções perdidas”. Ambos autores indicam que o processo está associado, atualmente, a três fases:

Os mecanismos da cicatrização em sequência ordenada de eventos foram descritos por Carrel em 1910, e divididos posteriormente em cinco elementos principais: inflamação, proliferação celular, formação do tecido de granulação, contração e remodelamento da ferida. Recentemente, Clark reclassificou esse processo em três fases divididas, didaticamente, em: fase inflamatória, fase de proliferação ou de granulação e fase de remodelamento ou de maturação. (Ligocki Campos, Borges-Branco e Groth (2012, p. 1)

Para compreender melhor estas fases, Meneguzzo, Nakashima et al (2016) apontam as características de cada uma:

A fase inflamatória, de acordo com os autores, consiste em uma reação natural do organismo que ocorre imediatamente após a lesão e pode durar de três a cinco dias. “É um processo que ocorre no organismo como defesa à lesão tecidual que envolve reações neurológicas, vasculares e celulares que destroem ou barram o agente lesivo e substituem as células mortas ou danificadas por células sadias.” (Meneguzzo, Nakashima, et al 2016, p. 33).

Esta fase, ainda de acordo com os autores, tem a função principal de ativar o sistema de coagulação e promover o debridamento da ferida - ou seja, a remoção do tecido não viável e dos detritos celulares, bem como qualquer resíduo estranho, objetivando minimizar a infecção da ferida, e a defesa contra microorganismos.

Esta fase é representada por algumas etapas específicas, sendo a primeira delas a coagulação do sangue, que consiste, de acordo com Abrantes em uma:

Vasoconstrição seguida por ativação do mecanismo de coagulação. As ações combinadas de trombóticos, fatores teciduais, e fatores de coagulação produzem reações celulares e humorais. A cascata de coagulação progride da agregação trombocitária para a formação de fios de fibrina, que se reticulam para formar um tampão plaquetário que vai estancar o fluxo de sangue. (Abrantes, 2015)

Em seguida, ocorre a etapa denominada como reação inflamatória, que, de acordo com Borges - Branco, Ligocki Campos e Groth (2012), inicia-se com vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, movimentos que promovem a quimiotaxia, que é a migração de neutrófilos para a ferida.

Neutrófilos são as primeiras células a chegar à ferida, com maior concentração 24 horas após a lesão. São atraídos por substâncias quimiotáticas liberadas por plaquetas. Os neutrófilos aderem à parede do endotélio mediante ligação com as selectinas (receptores de membrana). Neutrófilos produzem radicais livres que auxiliam na destruição bacteriana e são gradativamente substituídos por macrófagos. (Borges - Branco, Ligocki Campos e Groth, 2012, p. 3)

Os macrógrafos são descritos pelo Microscopia online (2015) como células derivadas de um tipo de leucócito, denominados monócitos, que saem do sangue atravessando a parede dos vasos sanguíneos e se estabelecem no tecido conjuntivo, onde se transformam em macrófagos. Os macrogáfos são considerados fagócitos profissionais, já que têm a função primária de fagocitar partículas de vários tipos, como restos celulares, partículas inertes ou microorganismos. Por isso sua importância dentro da primeira fase de cicatrização.

Borges - Branco, Ligocki Campos e Groth (2012)

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