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Habilidades Clinicas Semiologia Osteomuscular

Por:   •  15/5/2018  •  10.143 Palavras (41 Páginas)  •  345 Visualizações

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Tipo de dor- A dor óssea é caracterizada como uma “dor surda”. Essa é uma dor profunda e intensa.[pic 1]

[pic 2]

As deformidades são decorrentes de uma gama de síndromes, como por ex., num paciente com raquitismo (deficiência de vitamina D) – deve se comparar as estruturas contralaterais, pois as deformidades não são simétricas.

EXAME FÍSICO: não tem ausculta.

Inspeção- Importante para identificar lesões levando em conta o histórico. Ex: lesão de plexo braquial ao nascimento pode geral uma atrofia. Poliomielite com acometimento dos membros leva a atrofia muscular, característico o “pé em gota” (não tem a pisada utilizando a planta do pé). Observar a marcha do paciente – antálgica (não utiliza o membro ou pisa só com o calcâneo).

Palpação- A palpação pode intensificar a dor em casos de fraturas.

Mobilidade geral- Deve-se avaliar a mobilidade geral, principalmente em politrauma. Avaliar a localização da dor. Na palpação a dor é intensificada. Consegue-se mexer/mover? Normalmente o paciente não consegue mexer os membros acometidos, nem se mover. Pensar em trauma raquimedular quando não consegue se mover.

Mobilidade de segmentos– Avaliação em segmentos, por membros, um de cada vez. Ex: membro superior com mobilidade preservada, sem sinal de fratura; membro inferior com fratura. Quando o membro está formigando deve se investigar uma secção vascular e nervosa. Nesses casos há falta de irrigação e presença de parestesia (componentes neurovasculares não preservados).

Crepitação- É o famoso “craq- craq”. Deve se verificar em todas as articulações suspeitas no caso. Ex: dor no cotovelo verifica-se somente as articulações do cotovelo. Em caso de queixas sistêmicas verificar de forma geral.

**Exame físico normal- não exclui doença. Ex: Paciente com queixas mesmo tendo exame físico normal, deve se investigar com profundeza. Exames complementares confirmam o diagnóstico. Num Raio-x de uma lesão aguda há o borramento perto da lesão (os raios não passam por ter um edema, acúmulo de sangue) e há comprometimento das estruturas adjacentes.

[pic 3][pic 4]

Nessa outra imagem (Imagem 2) há uma fratura evidente de membro superior. Em seguida a imagem de uma fratura mais complicada. Acometimento da fíbula, onde a linha branca evidencia uma fratura compactada (imagem 3).

[pic 5] [pic 6]

Diante dessas fraturas é importante imobilizar o membro por um tempo e repetir a radiografia.

TOMOGAFIA COMPUTADORIZADA-RESSONÂNCIA MAGNETICA – maior sensibilidade, menor radiação, mais contraste (realça o que quer) e mais caro, além de ser operador dependente. A TC ajuda na delimitação da lesão.

CINTILOGRAFIA ÓSSEA

É indicado em caso de metástase óssea. É injetado por via EV um rádio isótopo como o tecnécio 99, que emite ondas gama. O paciente entra em uma câmara gama, que capta as imagens emitidas pelo radioisótopo – Usada p/ casos de dores que não respondem ao tratamento habitual, sem achados tanto na tomografia quanto na ressonância, característico de um processo inflamatório insipiente. Situação clássica de realce da captação do tecnécio: metástases.

- Esses exames conseguem detectar uma alteração de 5-10% da matriz óssea por processo inflamatório. O raio-x só detecta a partir de 30% de alteração. Vale lembrar que o hematoma e o edema podem enganar fraturas.

SEMIOLOGIA OSTEOMUSCULAR- PROF. BRUNO- 04/10- PARTE 2

Exames laboratoriais: hemograma – casos de anemia ou a presença de células muito jovens na corrente sanguínea pode predispor a alguma alteração na medula óssea. Se está tendo uma produção exacerbada de células ou está com uma dor inespecífica, o hemograma pode ajudar – hipótese de leucemia (hiperprodução da série branca, uma alteração na parte medular do osso) excluídas outras situações de leucocitose. Uma leucocitose de leucemia não é igual de uma amigdalite ou infecção urinária, pois é uma leucose maior. Para fazer a diferenciação: história clínica (existem casos de leucemia assintomáticos).

Prova de atividade inflamatória: velocidade de hemossedimentação – são marcadores inflamatórios. As vezes numa artrite reumatoide, lúpus, situações de processo inflamatório crônico, seja em articulação ou osso, situação de tumor ósseo, é importante para auxiliar, subsidiar junto com os outros elementos (anamnese e exame físico).

Dosagem do cálcio sérico e urinário do fósforo: as vezes tem cálcio sérico dentro dos parâmetros normais mesmo em casos de lesão óssea, osteoporose ou desgaste. O equilíbrio do cálcio se dá pela função renal – se está com cálcio urinário elevado, mas ainda não tem lesão óssea, pode ser insuficiência renal, diabético ou hipertenso de longa data ou até doença policística renal. Se tem alteração do parênquima renal pode-se ter um cálcio urinário elevado.

Fosfatase alcalina e ácida: fosfatase alcalina é produzida por cartilagem e ossos em crescimento, além do fígado. Muitas vezes um paciente com uma colecistite, se tiver com um processo inflamatório no fígado, entre outras enzimas, vai estar com a fosfatase alcalina elevada. Pede-se entre outras enzimas (gama GP por exemplo), a fosfatase alcalina pode estar elevada. Uma pessoa em fase de crescimento pode ter fosfatase alcalina aumentada sem ser patológico. Um adolescente em franco crescimento, modelação óssea, tem fosfatase aumentada. Fora isso se tiver aumentada indica lesão óssea, tumor, reação inflamatória, lesão hepática. Obs – placenta tem F. alcalina.

Biopsia óssea, mielograma: feita do osso do quadril, esterno ou costela p/ verificar o padrão de celularidade da medula óssea em casos de leucemia ou linfoma que se iniciam nos ossos ou que estão invadindo-os.

Doenças ósseas: diversas etiologias, como displasias ósseas, malformações ósseas, umas que já se iniciam intrautero, algumas tão graves a ponto de impossibilitar a vida intrauterina (só o balanço habitual da mãe as vezes já é o suficiente para causar fraturas no concepto e ser incompatível com a vida tamanha a hemorragia e lesão orgânica). Cabe ao clínico geral saber das displasias ósseas e se é agudo, crônico, genético ou não para encaminhar.

Displasias ósseas tem-se

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