AS PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA
Por: Evandro.2016 • 21/12/2018 • 2.072 Palavras (9 Páginas) • 543 Visualizações
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METODOLOGIA
Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica sistematizada, no mês de Outubro de 2016, tendo caráter qualitativo-descritivo. Na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador. São exemplos de pesquisa descritiva as pesquisas mercadológicas e de opinião8. A pesquisa foi realizada com busca eletrônica da produção científica relacionada à leucemia na base de dados LILACS, referente ao período de 2010 a 2016. Para acessar o banco de dados foram utilizados os seguintes descritores: leucemia, enfermagem e cuidados, pediatria. Na busca, foram detectados 6 artigos relacionados ao tema nesta base de dados. Após esta etapa foi executada a leitura dos resultados e, foram analisadas e selecionadas as pesquisas de interesse para este estudo, conforme a apresentação do enfoque temático, período de publicação e país de publicação. Este estudo originou as seguintes categorias temáticas: comportamento dos pais em relação à doença; o cuidado da enfermagem em relação ao paciente; o tratamento da doença.
DESENVOLVIMENTO
Causas da Leucemia Linfoide Aguda
Muitas pessoas diagnosticadas com LLA o que elas poderiam ter feito para provocar sua doença. Ninguém sabe exatamente o que causa a LLA. Igual a outros cânceres, sabe-se que a LLA é o resultado de uma série de mudanças em proteínas especiais chamadas genes, que normalmente controlam o crescimento e a divisão das células. A causa das alterações genéticas nos linfócitos em desenvolvimento permanece não clara. Há fatores que podem colocar algumas pessoas em um risco maior de desenvolver esta doença como as infecções, existem alguns estudos que sugerem que as infecções possam ter um papel no desenvolvimento da LLA em algumas crianças. A exposição tardia às infecções comuns da infância ou uma resposta anormal pelo sistema imunológico da criança a estas infecções, podem estar envolvidas, radiação ionizante é dado como outro fator, pessoas expostas a altas doses de radiação ionizante antes de nascerem ou nos primeiros anos de vida, podem estar mais expostas ao risco de desenvolverem leucemias como a LLA. Inclue-se os sobreviventes das bombas nucleares lançadas no Japão e aqueles sobreviventes do desastre da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Outro fator é a exposição a altos níveis de benzeno e outros solventes industriais durante um longo período de tempo pode aumentar o risco de desenvolver a doença. Nos últimos anos tem tido uma grande controvérsia sobre os efeitos na saúde de quem mora perto de torres de telefonia móvel e telefones celulares. Mas os resultados de vários estudos internacionais, revelam que não há nenhuma evidência clara que valide a ligação entre LLA infantil e a exposição a níveis toleráveis de radiação eletromagnética. Embora a LLA não seja herdada, os fatores genéticos podem ter um papel importante no seu desenvolvimento. Crianças com certas doenças congênitas, como a Síndrome de Down e anemia de Fanconi, correm um risco maior de desenvolver LLA10.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz entende-se que diversos fatores ambientais e sua interação com fatores genéticos é pertinente investigar a gestação sendo que se os pais fizerem o uso de tabaco e álcool bem como das exposições ocupacionais paternas e maternas durante o período gestacional e o desenvolvimento dos leucêmicos agudos em menores de 2 anos11.
O diagnóstico da Leucemia Linfoide Aguda
O primeiro passo para diagnosticar a LLA requer um exame de sangue (hemograma). Caso apresente células blásticas leucêmicas no sangue, será pedido para o paciente um novo exame para confirmar, é feito uma biópsia da medula óssea do paciente.10
Impacto familiar nas diferentes fases da Leucemia infantil
O diagnostico de leucemia provoca uma grande mudança na vida dos pais, que passa pelos novos recursos e pelas exigências em seu papel, pela forma como eles percepcionam o seu papel, a doença em si e as possibilidades de futuro. O Câncer infantil causa um desequilíbrio emocional muito grande em toda família, mas principalmente na mãe, pelo fato de haver o risco de morte do filho. Essas reações emocionais podem variar em cada estágio da doença, como uma esperança de cura, como a progressão da doença ou até mesmo a perda da criança. “Medo de recaídas, ansiedade, administração de informações recebidas, cuidados com os filhos saudáveis, tentativas de reaproximar-se de uma nova condição, cuidados com efeitos colaterais, atenção a intercorrências, entre outras, que prejudicam a qualidade de vida da família” Desta forma, é impossível falar sobre uma criança com câncer, sem levar em conta que neste caso, não é apenas a criança que adoece e precisa de cuidados, mas sim toda a sua família Logo o estado emocional dos pais se reflete na criança e a reação daqueles, bem como a sua presença constante ao lado dela, são fundamentais no seu restabelecimento global9.
O cuidado de enfermagem em relação ao paciente
De acordo com Lima et. Al, a hospitalização de uma criança com câncer é diferente das demais unidades de internação, pois a existe a possibilidade de um mau prognostico, a doença se tornar crônica, as reinternações frequentes, a duração de uma internação, os traumas físicos e psicológicos, o tratamento agressivo, alteração da auto-imagem, a alta mortalidade. Por isso a assistência de enfermagem a um paciente pediátrico com câncer é indispensável para sua recuperação, esses cuidados ajudam no tratamento, dando motivação para o paciente continuar o tratamento.
Acreditava-se que a assistência de enfermagem prestadas a crianças, eram técnicas referentes a higiene, alimentação, colheita de material para exames e analgesia. Mas esses cuidados atendem apenas o aspecto do corpo biológico. Logo, essa assistência não determina o verdadeiro papel da enfermagem, pois o profissional da saúde não deve tratar somente o corpo mas também o psicológico.
BIBLIOGRAFIA
- Normas ABNT, Apresentação Gráfica nas Normas ABNT. Disponível em:
http://www.normasabnt.net/>. Acesso em 07 de Outubro de 2016.
- COSTA. J. C, LIMA. R. A. G. Crianças/adolescentes em quimioterapia ambulatorial: implicações para a enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem, 2002.
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