Leucemia Mielóide Aguda (LMA) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC)
Por: Juliana2017 • 21/11/2017 • 2.877 Palavras (12 Páginas) • 522 Visualizações
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2 OBJETIVO
Estudar a Leucemia Mielóide Aguda e Crônica, para obtermos conhecimentos quanto aos fatores de riscos, diagnósticos e tratamento destas doenças.
3 LEUCEMIA MIELÓIDE
Estão classificadas em doenças proliferativa da linhagem Mielóide. Sob esta denominação se enquadra patologias diferentes, que têm como denominador comum à proliferação anormal das células mielóides ou granulocíticas. A anomalia de proliferação pode manifestar-se de modo muito evidente desde o inicio da doença, encontrando-se então no sangue circulante um número elevado de células muito indiferenciadas, jovens, denominadas blastos mielóides. Nesses casos, o mielograma também revela a presença dessa célula. Outras vezes a proliferação dos granulócitos também é muito evidente, porém no sangue e na medula óssea são encontradas células maduras, havendo raras formas blásticas em circulação.
O primeiro caso corresponde à Leucemia Mielóide Aguda (LMA) e o segundo, à Leucemia Mielóide Crônica (LMC). Sendo assim, as leucemias Mielóide se classificam em:
LMA- quando há crescimento exagerado e acúmulo de blastos na corrente sanguínea.
LMC- quando há crescimento exagerado e acúmulo de células maduras na corrente sanguínea.
4 LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA
É uma doença de natureza maligna, caracterizada pela proliferação anômala dos precursores granulocíticos da medula óssea. No processo de diferenciação das células pluripotentes (stem-cells) da medula óssea ocorre parada ou dificuldade de maturação, de modo que se acumulam células jovens que chegam a amadurecimento completo. Como a parada de maturação pode ocorrem pode ocorrer em qualquer etapa granulocitogênese, as células resultantes podem ter aspectos variados, desde formas muito indiferenciada (blastos), até aspectos bem mais diferenciados. Essa variação serve de base para a classificação morfológica dos vários tipos de LMA. Os blastos na LMA correspondem a células incapazes de evoluir até o estágio de maturação completa. O processo de multiplicação e diferenciação normal está alterado em virtude da falha no mecanismo genético regulador do ciclo celular. Os genes responsáveis pela síntese dos fatores de crescimento e de seus receptores celulares (proto-oncogenes) podem sofrer mutações, e isto vai afetar os sinais que devem ser transmitidos ao DNA dos precursores medular.
Há muito tempo tem sido usado critério de classificação das várias formas de LMA o aspecto morfológico das células que predominam nos esfregaços. Na LMA, a parada de maturação da granulocitogênese se dá em etapas deferentes, que variam de um paciente para outro. As células que se acumulam numa determinada fase da granulocitogênese (células predominantes) darão a característica morfológica, que serve de base para classificação.
As características dessas classificações estão resumidas no quadro.
Tipos Características Morfológicas e Citoquímicas principais nas células predominantes.
M1 Blastos indiferenciados em alta%. Bastonetes de Auer. +ou -. Peroxidase e Sudanblack+ em >3% dos blastos. Cloreacetatoesterase + nas células mais maduras.
M2 Blastos indiferenciados e diferenciação até promielócito que contém granulações primárias abundantes. Bastonetes de Auer são frequentes. Peroxidase e Sudanblack+ em >3% dos blastos. Cloreacetatoesterase como em M1.
M3 Grande % de promielócitoshipergranulares, com ou sem bastonetes de Auer. Grande quantidade de grãos soltos por ruptura de células jovens. Sudanblack e Peroxidase fortemente +. Cloreacetatoesterase como M2. Naftolacetatoesterase, inibida pelo fluoreto.
M4 Diferencia-se de M2 por ter >20% de células monocíticas na medula óssea e/ou sangue. Diferencia-se de M5por ter >20% de Pmc e Mb na medula óssea e/ou sangue. Sudanblack e Peroxidase e esterase como M3. Alfanaftilesterase + nas células monocíticas.
M5a Blastos grandes, com citoplasma abundante, levemente basófilo e com projeção citoplasmática. Diferenciação monocítica. Sudanblack e Peroxidase -. Bastonetes de Auer raros. Alfanaftilesterase + nas células monociticas. >80% das células são monoblastos. Naftolacetatoesterase +, inibida pelo fluoreto.
M5b >80% das células do sangue são monócitos ou promonócitos. Na medula óssea, as células são mais indiferenciadas. <20% das células são cloracetatoesterase +. Alfanaftilesterase + nas células monocíticas.
M6 >30% de blastos mielóides de (Mb e Pmc) e 50% de blastos da serie vermelha (eritoblastos). Muitas vezes há >30% de magaloblastos, formas bizarras. PAS fortemente + nas células eritoblásticas e megaloblásticas
M7 O diagnóstico citológico é suspeito quando há células indiferenciadas (>30%), pequenas semelhantes àlinfoblasto no sangue.Sudanblack e Peroxidase -. Para firmar o diagnóstico, há necessidade de exames histopatológico da medula óssea. Este revela fibrose, megacariócitos pequenos em números aumentados ou megacarioblastos. Diagnósticos de certeza: Imunofenotipagem.
A LMA é uma doença que acomete indivíduos de todas as idades e raças. Está presente no sexo masculino como o feminino. Entretanto, temos verificado que, em nosso meio, a incidência da LMA também aumenta progressivamente com a idade, encontrando-se um número acima de 50% de casos acima de 55 anos. Quando à raça, verifica-se o predomínio na raça branca e, quanto ao sexo, é sido mais frequente no masculino (60%). Estes dados são de acordo com relatos de vários países, segundo a organização mundial de saúde.
4.1 Diagnóstico para LMA
Diagnóstico Clínico.
Suspeita-se de leucemia aguda sempre que um paciente apresenta sintomas de palidez cutaneomucosa, febre com quadro de tipo infeccioso e hemorragias. Além dessa tríade de sintomas, podem está presente adenomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, alterações da pele (vários tipos), sintomas neurológicos, dores ósseas, derrame pleural, sinais de insuficiência respiratória e infiltrados de tipo tumoral em qualquer tecido ou órgão.
Na forma de LMA tipo M4, e variante M5a e M5b, costuma ocorrer crescimento de mucosa gengival com perda de dentes.
Na LMA tipo M3 é frequente o aparecimento de hemorragias severas, devidas a distúrbios da coagulação. A causa principal das hemorragias seria o aumento de fibrinólise, e não a presença de coagulação intravascular
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