ANÁLISE DE CASOS CASOS PROPOSTOS NA SÉRIE PRIVATE PRACTICE

...

sem sua permissão. Porém, o jovem, em conversas com o médico, afirma que em breve terá relações sexuais com sua namorada, e coloca este em uma situação complexa: deve o médico contar ao garoto sobre sua doença, contar aos pais sobre as pretensões do filho, ou não se envolver nessa questão? Ele decide então contar para os pais do jovem que o mesmo pretende manter relações sexuais com a namorada e deixa que os pais contem para o garoto. A questão que permeia o fato é a quebra de sigilo pelo médico ao contar sobre suas conversas com o menino.

Análise:

O médico, nesse problema, utiliza-se do modelo Principialista, na medida em que se vale de sua autonomia para decidir contar para os pais sobre o desejo do garoto de transar com a namorada, assumindo as consequências que seus atos podem trazer; além de usar o princípio da não maleficência, ao tentar evitar que a garota tenha sua saúde prejudicada, e o da justiça, ao induzir os pais a contarem para o filho sobre sua condição soropositiva. Porém, mesmo que tenha sido para ajudar, o médico acabou por quebrar o sigilo que ele se compromete a ter com os pacientes, o que é eticamente injustificável, caracterizando o modelo Contratualista.

Caso 5:

Os médicos da clínica em questão são amigos de faculdade, e estabelecem entre si relações mais próximas do que as que deveriam ser admitidas em ambiente de trabalho, o que os leva a contar uns aos outros sobre os casos dos pacientes, que também configura quebra de sigilo, e a tratarem, nesse ambiente profissional, questões pessoais.

Análise:

O caso em questão trata do modelo Subjetivista, pelo fato de os profissionais se valerem de sua autonomia e liberdade para se relacionarem como quisessem, sem assumirem relações mais condizentes com um local de trabalho, visto que muitas questões pessoais eram levadas para aquele ambiente, além de uma questão ética de comentarem sobre casos sem a permissão dos pacientes.