A ECOCARDIOGRAFIA EM FELINO COM CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA - RELATO DE CASO

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Palavras-Chave: Hipertrofia concêntrica, hipertensão arterial sistêmica secundária, doença renal crônica, remodelamento cardíaco, gatos.

SUMÁRIO

RESUMO 7

ABSTRACT 8

INTRODUÇÃO 8

RELATO DE CASO 10

DISCUSSÃO 11

CONCLUSÃO 14

REFERÊNCIAS 14

ANEXO 16

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Ecocardiografia em felino com cardiomiopatia hipertrófica – relato de caso.

Feline echocardiography with hypertrophic cardiomyopathy - case report.

Camila Martins Magalhães¹

Laura Monteiro de Castro Conti²

¹ Aluna da graduação de Medicina Veterinária da UVV, Vila Velha, ES/Brasil. E-mail: caamilamagalhaes@hotmail.com

² Médica Veterinária, Mestra em Ciência Animal, Universidade Vila Velha, Vila Velha, ES/Brasil.

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MAGALHAES CM., CONTI LMC. Arquivo brasileiro de medicina veterinária e zootecnia, 2017.[pic 4][pic 5]

RESUMO

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma das afecções cardíacas mais importantes nos felinos, apresentando alta mortalidade e letalidade, pois pode se associar ao aparecimento de insuficiência cardíaca, tromboembolismo e morte súbita. É caracterizada pela hipertrofia concêntrica dos músculos papilares, septo interventricular e/ou da parede ventricular esquerda, sem dilatação ventricular, porém podendo cursar com aumento atrial esquerdo, estase sanguínea e trombo intracavitário. A CMH pode ser de causa genética ou secundária à diversas enfermidades que cursam com hipertensão. Foi atendida por um serviço de cardiologia um felino, fêmea, 17 anos de idade, Persa, com histórico de doença renal crônica, encaminhada por colega veterinário para avaliação cardiológica. O paciente era assintomático, porém pode-se contatar ao exame eletrocardiográfico a presença de bloqueio atrioventricular completo, além de, ao exame ecodopplercardiográfico, presença de hipertrofia concêntrica de ventrículo esquerdo do tipo assimétrica (septo interventricular), aumento atrial esquerdo discreto, sem sinais de smoke ou trombo e insuficiência valvar mitral moderada. O tratamento para a CMH é preconizado apenas quando o paciente apresenta sinais de insuficiência cardíaca congestiva, portanto, ainda não sendo instituída a terapia. Os achados ecodopplercardiográficos nesta cardiomiopatia são variados e estes podem auxiliar na escolha do protocolo terapêutico, assim como no prognóstico do paciente diante da doença cardíaca constatada.

Palavras-Chave: Hipertrofia concêntrica, hipertensão arterial sistêmica secundária, doença renal crônica, remodelamento cardíaco, gatos.

ABSTRACT

Hypertrophic cardiomyopathy (HCM) is one of the most important cardiac conditions in cats, presenting high mortality and lethality, as it may be associated with the onset of heart failure, thromboembolism and sudden death. It is characterized by concentric hypertrophy of the papillary muscles, interventricular septum and / or left ventricular wall, without ventricular dilatation, but may present with left atrial enlargement, blood stasis and intracavitary thrombus. HCM may be of genetic cause or secondary to several diseases that occur with hypertension. A feline, female, 17-year-old female Persian, with a history of chronic kidney disease, was referred by a cardiology department, referred by a veterinary colleague for cardiac evaluation. The patient was asymptomatic; however, the presence of complete atrioventricular block and the presence of left ventricle concentric hypertrophy of the asymmetric type (interventricular septum), a discrete left atrial enlargement, with no signs of smoke or thrombus, and moderate mitral valve insufficiency. Treatment for HCM is recommended only when the patient has signs of congestive heart failure, therefore, therapy is not yet instituted. The Doppler echocardiographic findings in this cardiomyopathy are varied and may help in the choice of the therapeutic protocol, as well as in the prognosis of the patient in face of the confirmed heart disease.

Keywords: Concentric hypertrophy, secondary systemic arterial hypertension, chronic kidney disease, cardiac remodeling, cats.

INTRODUÇÃO

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é o distúrbio cardíaco mais comum em gatos domésticos, sendo caracterizada pela hipertrofia concêntrica da parede do ventrículo esquerdo podendo ser simétrica ou assimétrica, cursando com a diminuição da cavidade, arritmias, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e/ou morte súbita (Payne et al., 2010).

Sabe-se que o desenvolvimento da CMH apresenta um fundo genético, sendo caracterizado pelo padrão autossômico dominante que pode ser encontrado em determinadas raças e seus cruzamentos e, as causas secundárias que, geralmente estão relacionadas com o desenvolvimento de hipertensão arterial sistêmica, como no hipertireoidismo, doença renal crônica, diabetes melittus, hipertensão arterial sistêmica idiopática, estenose sub-aórtica, acromegalia ou infiltrações inflamatórias e tumorais (Ware, 2015).

O termo ecocardiograma foi proposto pelo American Institute of Ultrasound in Medicine para designar o exame de ultrassom do coração (Soares e Larsson, 2015) e, é considerado o melhor método para distinguir a CMH das outras cardiopatias em felinos, pois é um método não invasivo e de fácil acesso atualmente (Ware, 2015).

No exame ecocardiográfico é possível avaliar a anatomia e a função cardíaca, mensurando o tamanho das câmaras cardíacas, espessura das paredes, movimento das paredes, configuração e movimento das valvas e os grandes vasos. Também é possível observar presença de fluidos no pericárdio ou na pleura, massas no coração ou próximo dele (Ware, 2015).

Existem quatro modalidades de ecocardiografia,

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